Jungmann diz que equipe dará o máximo para ajudar trabalho do Moro
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta quinta-feira que a pasta que comanda está disposta a dar o "máximo" para ajudar no trabalho do futuro ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PSL), o juiz federal Sérgio Moro, com quem já marcou de conversar na próxima semana.
Jungmann disse ter telefonado nesta quinta para Moro --com quem frisou conversar com "regularidade por conta das nossas atribuições"-- após a escolha do nome dele.
"Liguei hoje para ele para dar os parabéns", disse Jungmann, em entrevista coletiva sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
Para o ministro da Segurança Pública, o juiz federal tem todas as condições para ser ministro de Estado. Jungmann defendeu a continuidade da pasta da Segurança Pública, que foi separada do Ministério da Justiça pelo presidente Michel Temer. Bolsonaro indicou Moro para a pasta da Justiça "turbinada", que vai ter, além da Segurança Pública, outros órgãos de fiscalização e controle.
Segundo Jungmann, a pasta da Segurança Pública conseguiu estruturar em oito meses uma política nacional para o setor, o que não haveria antes.
"Acho que a experiência foi positiva (do Ministério da Segurança Pública)", disse, ao ressalvar que o governo eleito tem "legitimidade democrática" para fazer as mudanças que bem entender. "Eu gostaria que o ministério continuasse existindo, até para que ele não seja conhecido como o primeiro e único", acrescentou.
Jungmann disse que vai aplaudir o empenho do presidente eleito de realizar uma forte atuação no combate à corrupção e ao crime organizado. "Quanto à cruzada contra a corrupção e o crime, é tudo o que eu quero", destacou.
Principal símbolo da operação Lava Jato, Moro foi escolhido por Bolsonaro na manhã desta quinta-feira e, aos 46 anos, terá de deixar a magistratura para assumir o cargo de ministro de Estado.
(Reportagem de Ricardo Brito)
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