17 semanas de firmeza no mercado de reposição
Na média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados e estados pesquisados pela Scot Consultoria, as cotações fecharam a semana sem alterações.
Essa estabilidade nas cotações pode ser considerada normal, uma vez que o mercado do boi gordo atravessa um período de pressão de baixa.
O que chama atenção é que mesmo com essa pressão, as referências no mercado de reposição estão se “segurando”.
Aliás, já são dezessete semanas consecutivas sem ajustes negativos na média das cotações.
Esse cenário de firmeza do mercado pode ser explicado pela soma de alguns fatores.
O primeiro é que de junho até aqui a relação de troca tem melhorado para o recriador e invernista e, consequetemnete, há maior estímulo para os negócios.
Tomando como base São Paulo, em junho eram necessárias 8,21 arrobas de boi gordo para a compra de um bezerro desmamado, anelorado, de 6@.
De lá para cá, a cotação média do boi gordo subiu 8,0% enquanto a do bezerro de desmama valorizou 4,8%. Ou seja, o poder de compra do recriador e invernista melhorou neste período e atualmente são necessárias 7,97 arrobas de boi gordo para a compra do mesmo bezerro.
Além do maior poder de compra, no Centro-Sul as chuvas chegaram esse ano dentro da normalidade na comparação com 2017, quando houve atrasos. Isso tem adiantado a recuperação das pastagens e gera mais um fator de procura por negócios de reposição.
As chuvas também, em algumas regiões adiantaram a saída de animais do cocho e anteciparam a troca, aumentando a demanda e dando ritmo ao mercado.
Para o curto prazo o cenário tende a ser de manutenção a altas para as referências, uma vez que com a virada de mês se aproximando, o mercado do boi gordo deve recuperar a firmeza e dar ainda mais ânimo para recriadores e invernistas investirem na reposição.
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