China busca aumentar confiança após crescimento econômico atingir ritmo mais fraco desde 2009

Publicado em 19/10/2018 07:15

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Por Kevin Yao e Elias Glenn

PEQUIM (Reuters) - O crescimento econômico da China desacelerou para o ritmo trimestral mais fraco desde a crise financeira global no terceiro trimestre, com reguladores agindo rapidamente para acalmar os nervos dos investidores conforme a campanha de um ano para lidar com os riscos da dívida e a guerra comercial com os Estados Unidos começam a impactar.

A economia cresceu 6,5 por cento no terceiro trimestre em comparação com o ano anterior, abaixo da expectativa de 6,6 por cento e contra 6,7 por cento no segundo trimestre, informou a Agência Nacional de Estatísticas nesta sexta-feira.

Este foi o crescimento trimestral do PIB mais fraco na comparação anual desde o primeiro trimestre de 2009, no pico da crise financeira global.

"A tendência de desaceleração está se fortalecendo apesar da promessa das autoridades chinesas de encorajar o investimento doméstico para sustentar a economia. A demanda doméstica está mais fraca do que as exportações inesperadamente sólidas", disse Kota Hirayama, economista sênior de mercados emergentes do SMBC Nikko Securities.

Após mais uma grande queda das ações chinesas na quinta-feira, as autoridades lançaram uma tentativa coordenada de acalmar os mercados, com o presidente do banco central, Yi Gang, afirmando que as valorizações das ações não estão em linha com os fundamentos econômicos.

Pequim já vem aumentando o suporte nos últimos meses para impulsionar o crescimento.

O crescimento no terceiro trimestre foi afetado pela produção industrial mais fraca desde fevereiro de 2016 em setembro, com as montadoras reduzindo a produção em mais de 10 por cento em meio ao enfraquecimento das vendas.

"A fraqueza está vindo da indústria secundária, mas destacadamente da manufatura. Podemos revisar nossas estimativas para o quarto trimestre", disse Betty Wang, economista sênior do ANZ.

Na comparação trimestral, o crescimento desacelerou para 1,6 por cento de 1,7 por cento no segundo trimestre, igualando as expectativas.

Mas a expansão no segundo trimestre foi revisada para baixo de 1,8 por cento informado anteriormente, sugerindo que a economia entrou com menos força no segundo semestre do que muitos analistas esperavam.

Antes da divulgação dos dados, economistas esperavam que o crescimento da China no ano chegasse a 6,6 por cento, atingindo confortavelmente a meta do governo de 6,5 por cento, e fosse a 6,3 por cento em 2019.

Mas agora alguns dizem que a expansão pode enfraquecer ainda mais no próximo ano.

"Olhando à frente, o cenário econômico não é otimista com as exportações enfrentando mais obstáculos com as tarifas dos EUA e a demanda de países emergentes caindo. O crescimento do PIB deve desacelerar a 6,0-6,2 por cento no próximo ano", disse Nie Wen, analista do Hwabao Trust Shanghai.

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Fonte:
Reuters

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