USDA anuncia venda de 671,934 mil t de soja para o México; mas China ainda preocupa
O USDA (Departamento de Agricultura doa Estados Unidos) anunciou, nesta quarta-feira (26), uma nova e grande venda de soja para o México. Foram 671,934 mil toneladas e todo o volume refere-se à safra 2018/19.
As vendas feitas no mesmo dia, para o mesmo destino e com volume igual ou maior do que 100 mil toneladas devem ser sempre informadas ao departamento.
Os preços baixos da soja nos Estados Unidos em função da continuidade da guerra comercial com a China e a colheita de uma safra recorde no país - perto de 128 milhões de toneladas - têm atraído muitos compradores para o país neste momento.
Mesmo sem a nação asiática, as vendas norte-americanas caminham de forma bastante satisfatória, tal qual os embarques do ano comercial 2018/19.
Um recente comunicado divulgado pelo Comissão Europeia mostrou que os Estados Unidos se tornaram o principal fornecedor de soja da Europa, alcançando 52% do total adquirido pelo continente. Há um ano, esse percentual era de 25%. De julho ao meio de setembro, as importações de soja americana pelos europeus aumentaram 133% em relação ao mesmo período de 2017.
Apesar desse aumento de participação em outros mercados, a relação China x EUA ainda preocupa e os produtores americanos, que estão em plena colheita, temem que a nação asiática não volte a comprar nos EUA tão cedo ou na mesma proporção de anos anteriores nas próximas temporadas.
"Há uma severa preocupação no curto prazo entre muitos produtores de que não será possível, este ano, cumprir com seus custos e necessidades de fluxo financeiro por conta desse cenário", diz Ron Heck, sojicultor em Iowa à FOX Business.
Um estudo da Iowa State University mostra que somente o estado poderia perder cerca de US$ 2,2 bilhões na medida em que a disputa comercial continue. Somente os produtores de soja poderiam perder cerca de US$ 520 milhões.
Também à FOX, deu entrevista o representante do Conselho de Exportação de Soja dos EUA na China que afirmou que a "os chineses têm trabalhado arduamente, desde o começo de março quando do início da guerra comercial, para não comprar soja dos EUA até que as disputas estejam resolvidas. Eles fizeram todos os esforços para comprar até o último grão de soja do Brasil e, assim, têm condições de passr por novembro e, talvez, até dezembro".
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