"Haddad no JN: massacre expõe a cara-de-pau sem limites!, por RODRIGO CONSTANTINO

Publicado em 15/09/2018 12:39
na GAZETA DO POVO

Fernando Haddad foi o entrevistado pelo Jornal Nacional nesta sexta, o último candidato a presidente, já que Lula não pode ser o candidato pois está condenado e preso por corrupção.

Logo na primeira pergunta, Renata Vasconcellos apertou Haddad sobre os escândalos de corrupção durante a gestão do PT. Haddad saiu pela tangente, claro, e comprova que petistas são mesmo incapazes de reconhecer qualquer desvio de conduta.

O motivo é simples: para eles, roubar não é desvio de conduta, mas sim um meio aceitável e legítimo para seus “nobres fins”. Haddad teve a cara de pau de falar que o PT foi o que mais fortaleceu as instituições, sendo que toda a campanha petista se baseia justamente em cuspir nas instituições, a começar no Judiciário, que condenou Lula em duas instâncias e o manteve preso na última, o STF.

PT e corrupção são como dois lados da mesma moeda: não existem isolados, um sem o outro. William Bonner entrou em campo pressionando o entrevistado, e citou vários petistas condenados, presos ou investigados. Haddad citou a “presidenta” Dilma, que não foi condenada. E aproveitou para jogar para a plateia: “A Globo julga antecipadamente”. Depois atacou os delatores, ou seja, o mensageiro.

Haddad estava ali numa missão impossível de fazer Ethan Hunt morrer de inveja. Tinha que defender o indefensável: uma quadrilha disfarçada de partido político, que já foi pega com a boca na botija inúmeras vezes. Enganar analfabetos desesperados no Nordeste é mais fácil do que convencer um público minimamente instruído. Claro, se for “muito” instruído, um “intelectual”, aí tem chances de cair na ladainha petista.

Tudo ligado a petistas significa fuga, mentira, transferir responsabilidades. Quando perguntaram sobre a derrota no primeiro turno para a reeleição da Prefeitura de SP, Haddad disse que o eleitor foi “induzido ao erro”. É sempre assim. PT não tem ideia do que sejam virtudes. Ao contrário: transforma vícios em virtudes e despreza as verdadeiras virtudes.

Eis algumas reações à entrevista no Twitter:

O alerta de Holiday é válido: Haddad é fake, é petista, vive da mentira, da enganação, e foi exposto, massacrado pelos apresentadores do JN. Mas isso não quer dizer que deva ser subestimado. Muita gente ignorante ainda pensa em Lula como um grande líder, e associa seu nome à era de bonança econômica, que foi fruto de um cenário externo favorável.

Todo cuidado é pouco com essa turma. O objetivo dos eleitores deve ser um só: impedir a volta da extrema-esquerda ao poder! E sendo sincero, parece existir um só nome capaz disso no momento…

Rodrigo Constantino

Em Minas governo do PT passa a mão no consignado do servidor e cria a Pedalada 2.0 (por FERNANDO JASPER, na GAZETA DO POVO)

O crédito consignado e as pedaladas fiscais estão entre as grandes invenções do PT em suas gestões no governo federal*. Pois Fernando Pimentel, governador de Minas Gerais, conseguiu unir as duas.

Resumidamente, o governo mineiro – hoje o mais importante do partido – descontou quase R$ 1 bilhão dos salários de funcionários e, em vez de entregar o dinheiro aos bancos públicos e privados que concederam os empréstimos consignados, preferiu usá-lo para tapar buracos do orçamento.

Uma espécie de “Pedalada 2.0”, agora com o requinte da apropriação de grana do funcionalismo. A gestão Pimentel só quitou a fatura dias atrás, quando o estrago na vida dos servidores já estava feito.

No crédito consignado, você sabe, as parcelas do empréstimo são descontadas diretamente do contracheque do trabalhador ou aposentado. Cabe ao empregador ou ao INSS, conforme o caso, repassar o dinheiro à instituição financeira.

A modalidade foi criada em 2003, no começo do governo Lula. É bom negócio para o banco, porque a chance de calote diminui muito, e para o cliente, que desfruta de um crédito bem mais barato**. 

Não por acaso, o consignado colaborou para a forte expansão do crédito ocorrida entre 2004 e 2015. Ele responde, hoje, por 37% de toda a carteira de empréstimos com recursos livres*** para pessoas físicas.

O governo de Minas Gerais, no entanto, desvirtuou o processo. Como não repassou aos bancos os valores que pegou dos servidores, essas pessoas acabaram inscritas em SPCs e Serasas da vida.

Estranhando o alto número de ações em que funcionários públicos pediam a exclusão de seus nomes desses cadastros, um magistrado mineiro pediu um levantamento à Febraban. Descobriu que o estado de Minas deixou de repassar às instituições financeiras pouco mais de R$ 924 milhões referentes a empréstimos consignados. Quem revelou a história foi o jornal “O Tempo”.

“Não se trata de mera infração administrativa promovida pelas autoridades competentes, mas, sim, de verdadeira conduta ilícita penal, que deverá ser prontamente investigada”, escreveu o desembargador Luiz Artur Hilário. Ele acionou as procuradorias gerais da República e da Justiça para apurar se o governador e seu secretário da Fazenda cometeram crime.

Entrevistado pela “Folha de S.Paulo”, o advogado-geral do estado disse que o governo já fechou o acordo com os bancos e que os servidores não estão mais negativados. Por isso, alega, a causa perdeu objeto. A conferir.

Pedaladas em série

Esse negócio de atrasar pagamentos devidos a bancos, você lembra, ganhou o apelido de “pedalada fiscal” no governo de Dilma Rousseff, que segurava repasses para camuflar a situação das contas públicas. Foi prática corriqueira até que, no último dia útil de 2015, sob pressão do Tribunal de Contas da União, o Tesouro desembolsou R$ 72 bilhões para quitar os débitos de uma só vez. Quase 77% desse total era referente a pendências de anos anteriores.

O governo de Minas não pedalou só o consignado. Também está atrasando os repasses constitucionais a prefeituras, a quem deve R$ 8 bilhões, dinheiro que deveria estar custeando saúde, educação e transporte escolar nos municípios. Deposita salários em prestações desde 2016, e mesmo essas parcelas têm sido pagas com atraso.

Fernando Pimentel não é o único responsável pelo descalabro financeiro em Minas, que é esforço coletivo, construção paulatina de várias gestões, incluindo as do rival PSDB. E Minas não é o único estado em apuros. Entre as semelhanças que guarda com outros grandes encrencados, como o Rio de Janeiro, está o gasto elevado com a aposentadoria de servidores, que consome uma fatia crescente do orçamento público. Em Minas, metade do gasto com pessoal é para pagar os inativos, fração inferior apenas à do recordista Rio Grande do Sul, onde aposentadorias consomem quase 60% da despesa com o funcionalismo.

O caos que vemos em estados e municípios só não chegou à União porque o governo federal pode imprimir dinheiro e se financiar com a emissão de títulos públicos. Assim, se dá ao luxo de completar meia década de déficit primário e prever mais alguns anos de saldo negativo pela frente. O que ninguém sabe é até quando haverá gente disposta a financiar um devedor tão perdulário.

Mas, se não é o único culpado pela catástrofe das contas públicas de Minas e do país, o PT de Pimentel também não parece fazer parte da solução. Refuta reformas na estrutura do Estado, do funcionalismo e das aposentadorias. E sustenta que tudo pode ser resolvido com mais recursos do contribuinte, como se vê no plano de governo que Fernando Haddad entregou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nessa toada, faz de conta que protege os servidores, mas, como se vê em Minas, em algum momento eles próprios acabam sendo vítimas da irresponsabilidade.

*O PT argumenta que as pedaladas fiscais – a prática de atrasar repasses devidos a bancos públicos, para manter mais dinheiro em caixa e melhorar o resultado fiscal – também ocorreram em governos anteriores. No de Fernando Henrique Cardoso, por exemplo. Ocorre que foi na gestão Dilma que o “fenômeno” ganhou escala digna de nota. Nela, a frequência e a duração dos atrasos, bem como os valores envolvidos, foram incomparavelmente maiores. É mais ou menos o que o próprio PT diz sobre o Bolsa Família, inspirado no tucano Bolsa Escola: o programa, que alcançava uma fração minúscula da população nos tempos de PSDB, só ganhou relevância depois de ser ampliado pelo então presidente Lula.

**Enquanto o crédito pessoal não consignado tem juros médios de 6,73% ao mês, no consignado a taxa é de 1,87%, em média, segundo dados do Banco Central referentes a julho (1,75% para servidor público, 1,91% para aposentado do INSS e 2,79% para empregado do setor privado). O mau uso do consignado, no entanto, pode resultar em superendividamento. Muitos aposentados, usados por familiares para fazer esse tipo de empréstimo, acabaram com os nomes incluídos em serviços de proteção ao crédito.

***Dinheiro que pode ser emprestado livremente pelo banco."

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/blogs/fernando-jasper
 

"Se Haddad for eleito, cela de Lula pode virar gabinete avançado da Presidência?"

Por Débora Álvares e Evandro Éboli, da sucrusal de Brasília da GAZETA DO POVO
 

"Quando Dilma Rousseff (PT) subiu a rampa do Palácio do Planalto pela primeira vez, em 2010, e recebeu de Lula a faixa presidencial, o que todos diziam é que seu padrinho político praticamente continuava presidente. Só não precisava estar em Brasília sempre, se submeter às burocracias e exigências típicas do cargo e nem se chatear com outras tantas demandas exigidas de um chefe de Estado. E, de fato, Lula estava sempre lá, mas agindo nos bastidores.

Se era assim com Dilma, já existe quem se pergunte: e como será se Fernando Haddad (PT) vencer? Lula conversava com a ex-presidente por telefone todos os dias. Quando em Brasília, estava com ela, aliados e demais interessados no assunto do momento no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República.

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Houve poucas vezes em que Dilma se rebelou contra o padrinho. Não topou, por exemplo, colocar o atual presidenciável do MDB, Henrique Meirelles – “queridinho” de Lula –, no comando da economia. A principal revolta, e talvez mais custosa ao PT, foi não ceder a candidatura para Lula disputar a eleição de 2014, tendo batido pé para também ter direito à reeleição, contrariando o líder petista. Se Lula tivesse concorrido e vencido a última eleição, a história para o PT poderia ser um pouco diferente.

O peso que Lula ainda tem para o PT

Esses últimos meses na campanha do PT reforçaram o peso de Lula e a ascendência que ainda tem sob o partido. Os marqueteiros usaram, e vão continuar usando, a imagem do ex-presidente até o limite para tentar eleger Fernando Haddad. Mais do que isso, o PT e seus aliados vivem ao mesmo tempo uma dependência e uma submissão em relação ao líder petista maior.

É de se imaginar o que acontecerá se Haddad e Manuela D´Ávila (PCdoB) forem eleitos. Imaginem como será a montagem dos ministérios? Quem vai presidir a Petrobras? O corpo diplomático será escolhido como? Difícil que qualquer uma dessas e de outras definições importantes não passem pela cela especial da Polícia Federal, em Curitiba. Lula vai continuar mandando e desmandando. 

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Não à toa, o ex-ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República e de relação umbilical com o ex-presidente, disse que, se Haddad ganhar, quem vai governar é Lula. "Ele vai sair direto da Polícia Federal para o Palácio do Planalto", afirmou Carvalho à Gazeta do Povo há algumas semanas. 

Curitiba nova sede do governo?

Como Lula não sairá assim tão cedo da Polícia Federal, a julgar pelo tamanho da condenação que levou (12 meses e um ano de prisão) – e ainda tem mais julgamento pela frente, resta o Palácio do Planalto ir até Lula. Mais fácil transferir a sede do governo federal para Curitiba. 

Galhofa à parte, fato é que as viagens a Curitiba, se Haddad virar presidente, vão se intensificar. Só que Lula não vai despachar somente com ele, mas também com integrantes de seu governo. Se Haddad vier a ser eleito, é de se imaginar que cargo Gleisi Hoffmann, atual presidente do PT e de uma fidelidade inigualável a Lula, assumirá.

Por que Haddad vai ceder a Lula? 

Fernando Haddad é, como Dilma, uma criação de Lula. Tornou-se prefeito de São Paulo pelas mãos do ex-presidente que, no embalo do escândalo do mensalão, precisava de novas lideranças para o partido. Lula enfrentou resistências internas ao pupilo, mas o elegeu em 2012. Porém, não conseguiu reconduzí-lo em 2016 e o viu ser derrotado para o novato João Doria (PSDB) no primeiro turno. 

Depois disso, Haddad retomou a vida acadêmica e muito pouco se preocupou com o próprio partido. Até ser mais uma vez procurado por Lula. Sempre ele. A cabeça, o cérebro, os braços do PT. É quem manda e era quem executava.

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Haddad, então, começou a viajar o país em carreata com Lula até o ex-presidente ser preso e, então, virou uma das alternativas para liderar a chapa petista à Presidência. Sabe que nunca foi a opção predileta do ex-presidente. Lula preferia Jaques Wagner, considerado, assim como o líder petista, um político experiente, robusto, nato e eloquente. Porém, para alguns, um pouco menos preparado.

Ciente de que Wagner preferia manter a opção mais segura e garantir para si o foro privilegiado, lançando-se ao Senado pelo estado da Bahia, Haddad entrou numa batalha para ampliar seu contato pessoal com o ex-presidente, sem precisar ser intermediado por Gleisi Hoffmann ou pelos advogados de Lula. 

Assim, renovou sua carteirinha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), passou a defender o padrinho político, assumiu a coordenação do plano de governo e driblou intermediários. Ao mesmo tempo que mantinha esse contato, se aproximava da vida partidária, militante, diária do PT. 

É considerado no partido mais um intelectual que um político. De conversa educada, polida, muitas vezes com palavras robustas e rebuscadas. Poucas vezes levanta a voz e entra em embates, especialmente com algum dirigente partidário – apesar de ter encarado Gleisi Hoffmann. 

Nesse contexto, se Dilma foi lançada ao poder pelas mãos de Lula, os petistas não esperam nada menos de Haddad. E lá se vão muitas milhas aéreas e visitas à PF."

(Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2018).

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Fonte:
Blog Rodrigo Constantino

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1 comentário

  • Aloisio Mortari Lopes Londrina - PR

    Esse Haddad assim como o seu partido o PT, são uma farsa, uma mentira... O chefe está preso, por corrupção e o resto se submete a ele... É de dar nojo...

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