‘Morte passou a dois milímetros de mim’, diz Jair Bolsonaro (na VEJA)

Publicado em 08/09/2018 08:54
Declaração do candidato, esfaqueado no abdômen em ato de campanha em Juiz de Fora (MG), foi dada durante visita do pastor Silas Malafaia a hospital (por João Pedroso de Campos, da redação de VEJA)

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira, 7, que a morte passou “a dois milímetros” dele. A declaração do presidenciável, esfaqueado no abdômen em um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), aparece em um vídeo gravado e divulgado pelo pastor evangélico Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus, durante uma visita no hospital Albert Einstein, em São Paulo, para onde o candidato foi transferido na manhã de ontem.

“Se é que a gente pode falar em distância, a morte esteve distante dois milímetros de mim. A faca passou dois milímetros da minha [veia] cava, eu perdi dois litros de sangue que foram drenados. Se fosse mais três minutos o atendimento, o pessoal diz que eu tinha morrido, é um milagre”, disse Bolsonaro, com dificuldades de falar, ao lado de Malafaia (veja abaixo, a partir de 41 segundos).

Na visita ao candidato do PSL à Presidência, acompanhada também pelo senador Magno Malta (PR-ES) e filhos de Bolsonaro, Silas Malafaia fez orações pelo candidato e disse que “não vai ser essa cambada aí que é contra valores de família, bem-estar da nação que vai destruir o nosso país não”.

O cirurgião Luiz Henrique Borsato, da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, que conduziu a operação de cerca de quatro horas, apontou que a facada desferida por Adelio Bispo de Oliveira em Bolsonaro causou uma “volumosa hemorragia interna”, deixou três perfurações no intestino delgado do presidenciável, que foram suturadas, e uma “lesão grave” no cólon transverso, uma porção do intestino grosso. Neste caso, não houve pontos, mas um procedimento conhecido como colostomia, que consiste na exteriorização de parte do intestino em uma bolsa, onde são excretados fezes e gases.

Segundo o cirurgião, Bolsonaro deve ficar cerca de dois meses com a bolsa da colostomia e, então, será operado novamente para reverter o procedimento. Como o prazo terminaria depois das eleições, o médico foi questionado sobre se a colostomia impediria o candidato de fazer campanha. Ele respondeu que há pacientes que convivem com a bolsa permanentemente, com “qualidade de vida”.

Silas Malafaia posta vídeo nas redes sociais após visitar Jair Bolsonaro no Hospital Albert Einstein - 07/09/2018 (YouTube/Reprodução)

Menos de 24 horas depois de ter sofrido o atentado, ele recorreu à internet para tranquilizar seguidores: "Estou bem e me recuperando!", escreveu. "Agradeço do fundo do meu coração a Deus, minha esposa e filhos, que estão ao meu lado, aos médicos que cuidam de mim e que são essenciais para que eu pudesse continuar com vocês aqui na Terra, e a todos pelo apoio e orações!"

Com grande número de seguidores, que ultrapassam 1 milhão, em questão de segundos as postagens receberam centenas de replicações e respostas.

Como a internação pode durar pelo menos dez dias, outros assumirão a dianteira nos atos de rua. Já foram escalados para a função dois de seus filhos, o candidato ao Senado Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que disputa reeleição. O vice da chapa, general Hamilton Mourão (PRTB), também deve assumir algumas das agendas.

Nesta sexta (7), mais disposto, o presidenciável disse aos aliados que “acharam que iam tirar o pangaré velho da disputa, mas não conseguiram”.

Jair Bolsonaro, antes de sofrer o atentado, gravou vídeos sobre seu programa de governo.

Os filmes serão divulgados a partir da próxima segunda-feira, publica a Folha.

Bolsonaro segue na UTI em boas condições e ataca no Twitter os que tentam "roubar nossa liberdade"

SÃO PAULO (Reuters) - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, tuitou neste sábado que a corrupção é tão grave como "tentar roubar a nossa liberdade", dois dias depois de ter sido esfaqueado em evento de campanha em Juiz de Fora (MG).

"Novamente gostaria de agradecer as orações e votos de apoio, carinho e consideração! O momento nos une e fortalece. Estamos em boas mãos. Aproveito para lembrar que tão grave quanto a corrupção, é tentar roubar a nossa liberdade", disse Bolsonaro em sua conta no Twitter.

Mais cedo, boletim médico da equipe que cuida do candidato no hospital Albert Einstein, em São Paulo, informou que ele permanece "consciente e em boas condições clínicas" e que seu quadro não havia apresentado "nenhuma intercorrência nas últimas 24 horas".

O boletim médico explicou que Bolsonaro permanecia internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

"Os exames de imagem e laboratoriais realizados durante avaliação médica mostraram resultados estáveis. Encontra-se em boas condições cardiovascular e pulmonar, sem febre ou outros sinais de infecção. Mantém jejum oral, recebendo nutrientes por via endovenosa", descreve o boletim, assinado pela equipe médica do hospital.

De acordo com o hospital, seria dada continuidade ao tratamento clínico, "sem necessidade de procedimento no momento", com expectativa de que Bolsonaro fosse movimentado do leito para a poltrona neste sábado. Mais tarde, foto publicada pelo seu filho Flavio Bolsonaro no Twitter mostra o candidato sentado em uma poltrona no hospital, fazendo sua característica imitação de armas com as mãos.

Líder na corrida presidencial, Bolsonaro sofreu lesões nos intestinos grosso e delgado e em uma veia abdominal, em decorrência de um único, porém profundo, golpe de faca durante ato de campanha na cidade mineira quinta-feira.

Paulo Guedes: “Ninguém vai recuar”

Paulo Guedes, o coordenador econômico de Jair Bolsonaro, deu uma entrevista a O Antagonista neste sábado depois de ir ao hospital Albert Einstein para se encontrar com a família de Jair Bolsonaro.

“A família está consternada mas está com a moral fortalecida porque eles são todos muito fortes. Eles sabem que é uma operação difícil, de muitos riscos. Mas os médicos disseram que ele [Bolsonaro] está se recuperando bem, que ele está indo muito bem desde o início”.

O economista de Bolsonaro disse também que, depois do atentado, a campanha está mais unida e que ninguém vai recuar.

“O time da campanha está mais unido. Ninguém vai recuar por uma brutalidade, por uma violência, por um ataque à democracia”.

Em sua entrevista a O Antagonista, Paulo Guedes, o economista de Jair Bolsonaro, disse que vê com otimismo as mudanças que aconteceram nos últimos anos no país:

“Está surgindo uma aliança política de centro-direita, antes só existia a centro-esquerda. O Brasil era um Saci Pererê, só pulava com a perninha esquerda. Aí de repente aparece alguém que não é de esquerda e as pessoas se assustam. Qual é o medo? De onde vem esse receio? Porque nós tivemos que conviver com a social-democracia por 30 anos e eles não podem viver 4 anos com a liberal-democracia, que é um pouco diferente. Eu chamo de bolha esse aprisionamento cognitivo.

Filho publica foto de Bolsonaro sentado

Flávio Bolsonaro, um dos filhos de Jair Bolsonaro, acabou de publicar no Twitter uma foto do presidenciável do PSL sentado em uma poltrona no quarto do hospital Albert Einstein.

“Meu pai segue evoluindo e começou agora a fisioterapia.”

 

Meu pai segue evoluindo e começou agora a fisioterapia.
Muito obrigado a todos pela força e pelas orações!
Pessoal do Rio de Janeiro, amanhã (domingo), às 11:00, no posto 6, tem ato pela vida de Bolsonaro, em Copacabana.
Em breve mais detalhes, tá ok?!

Médico diz que Bolsonaro segue estável, sem infecção (O Antagonista)

O médico Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo diz, em áudio enviado a auxiliares de Jair Bolsonaro, que o estado de saúde do presidenciável do PSL segue estável, sem infecção, mas que continua com abdômen inflamado.

Exclusivodo BR18/ESTADÃO: Em gravação, médico diz que Bolsonaro já vai tirar sonda ((ouça a gravação abaixo).)

Em mensagem gravada, recebida pelo BR18 por WhastApp de um integrante da equipe de campanha de Bolsonaro, o cirurgião Antonio Luiz Vasconcellos Macedo, chefe da equipe médica que cuida do  candidato no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, diz que ele está bem e deve sentar na poltrona do quarto e tirar a sonda da bexiga neste sábado 

“O paciente está melhor, está estável, ainda está com abdômen distendido, um pouco inflamado, mas está melhorando. Hoje já vai sentar na poltrona, já vamos tirar a sonda da bexiga”, diz o Dr. Macedo. “Essa parte do abdômen distendido é muito comum nessas facadas, nesses grandes traumas, mas, se a incisão do abdômen aguentar bem, não tem problema. Às vezes, pode haver uma pequena cutura da parede, tudo isso é contornável. Ele está bem, consciente, não tem infecção, o pulmão está bem, ele está indo muito bem.” / José Fucs

Bolsonaro permanece na UTI e apresenta boas condições clínicas, diz boletim médico

SÃO PAULO (Reuters) - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, permanece "consciente e em boas condições clínicas" após ter sido esfaqueado na quinta-feira e seu quadro não apresentou "nenhuma intercorrência nas últimas 24 horas", informou o hospital Albert Einstein em boletim médico na manhã deste sábado.

O documento explica que Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) depois de ter sofrido o atentado num evento de campanha e passar por uma delicada cirurgia de emergência em Juiz de Fora (MG).

"Os exames de imagem e laboratoriais realizados durante avaliação médica mostraram resultados estáveis. Encontra-se em boas condições cardiovascular e pulmonar, sem febre ou outros sinais de infecção. Mantém jejum oral, recebendo nutrientes por via endovenosa", descreve o boletim, assinado pela equipe médica do hospital.

De acordo com o hospital, será dada continuidade ao tratamento clínico, "sem necessidade de procedimento no momento", com expectativa de que Bolsonaro seja movimentado do leito para a poltrona neste sábado.

Líder na corrida presidencial, Bolsonaro sofreu lesões nos intestinos grosso e delgado e em uma veia abdominal, em decorrência de um único, porém profundo, golpe de faca durante ato de campanha em Juiz de Fora.

Campanha de Marina vê Bolsonaro no 2º turno

Os principais coordenadores da campanha de Marina Silva reuniram-se hoje e disseram acreditar que o atentado a Jair Bolsonaro colocará o deputado mais perto do segundo turno presidencial, informa a Folha.

Com isso, prevê a equipe de Marina, ela precisará se preparar para uma disputa mais dura contra Ciro Gomes e Fernando Haddad pela segunda vaga.

O nome de Geraldo Alckmin nem sequer é cogitado na reportagem.

Maioria não vê horário eleitoral estadual

Mais da metade dos eleitores no Distrito Federal e em Minas, Rio, São Paulo e Pernambuco não assiste aos horários eleitorais e evita as propagandas em inserções na TV e no rádio, diz o Datafolha.

Em nenhum dos lugares pesquisados o número de eleitores que disseram ter assistido ao horário eleitoral superou 40%. Minas e Pernambuco têm o maioer percentual de eleitores que fogem do horário gratuito: 66%.

“Tomem vergonha na cara!”

Em entrevista a jornalistas na porta do hospital Albert Einstein, Flávio Bolsonaro, um dos filhos de Jair Bolsonaro, pediu para a imprensa parar de “rotular” seu pai:

“Ficam insistindo com essa mentira que ele é homofóbico, que ele é racista, que ele não gosta de mulher. Tomem vergonha na cara! Ele não é nada disso! Vocês podem estar influenciando pessoas a praticarem esse tipo de ato contra ele. Ninguém aguenta mais essa palhaçada, pô! Vamos agir com isenção, publiquem a notícia, não fiquem falando como se fossem torcedor contra ele. Não tem necessidade disso! Parem para refletir um pouco vocês também, tá?”

As reações do atentado contra Jair Bolsonaro (por Rodrigo Constantino)

Jair Bolsonaro leva uma facada de um sujeito que foi filiado ao PSOL por vários anos, tinha “Lula Livre” em sua página na rede social e ligação com a causa palestina, e que aparentemente contou com ao menos dois cúmplices no atentado terrorista à nossa democracia (Bolsonaro é o líder das pesquisas). Mas a mídia evita falar da ligação do criminoso com o PSOL e prefere insinuar que se trata de um “maluco”, um “lobo solitário”. Não vai colar.

O povo sabe do que nossa extrema-esquerda é capaz. A população lembra de Celso Daniel e várias testemunhas que também morreram, suspeita da queda do avião de Eduardo Campos e do avião de Teori Zavascki, e está ciente do modus operandi dessa turma que defende até o modelo venezuelano. Ninguém que acompanha política de perto fica surpreso com suspeitas de envolvimento de gente do PT ou do PSOL em crimes.

Agora resta torcer para a recuperação rápida de Jair Bolsonaro, que já gravou um vídeo do hospital agradecendo pelo apoio de todos, aos médicos e enfermeiros, a Deus por estar vivo, dizendo que nunca fez mal a ninguém. O tom adotado nessa primeira aparição pública mostra alguém grato por ter sobrevivido, que quer estar com a família antes de tudo.

Seguindo essa toada, Bolsonaro tem tudo para se mostrar um estadista capaz de unir a nação, evitando o clima de revanchismo e vingança. Claro, ele e sua família, assim como seus fãs e todos nós, temos total direito de cobrar justiça, e demandar uma investigação até o fim para saber de onde veio a ordem do crime. Mas o Brasil precisa, agora, superar esse ambiente de guerra em que nossa política se transformou. E isso só será possível se as lideranças se colocarem acima desse desejo por sangue e vingança.

Quem culpa a “intolerância” do próprio Bolsonaro pelo ocorrido está sendo oportunista e desonesto. “Não é possível recorrer ao clima de polarização para racionalizar uma tentativa de assassinato”, resumiu o editorial da Gazeta do Povo. A ex-presidente Dilma tentou ir por esse caminho, assim como o jornalista Ricardo Noblat. Insinuaram que Bolsonaro, a vítima, teria alguma responsabilidade pelo crime que sofreu, e que quase o matou. Balela! 

“Ele está mais forte do que nunca, consciente, conversando, bem humorado. Um recado para esses bandidos que tentaram arruinar a vida de um cara que é um pai de família, que é esperança para todos os brasileiros: vocês acabaram de eleger o presidente, vai ser no primeiro turno”, disse Flávio Bolsonaro.

Outro filho do presidenciável, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) disse que a faca “entrou 12 centímetros dentro dele”. “Foi por um milagre que ele tá vivo. Se ele demorasse mais cinco minutos para chegar no hospital, ele teria morrido”, disse Eduardo, que acrescentou que a primeira equipe de atendimento foi responsável por salvá-lo.

Nas redes sociais, vimos muita comoção, assim como em frente ao hospital o povo foi lá prestar sua homenagem, cantar o hino nacional, já que o crime aconteceu na véspera do feriado de 7 de setembro, e lembrando que Bolsonaro é o candidato mais associado ao patriotismo.

Há também as reações que não vimos, num silêncio ensurdecedor. Ana Paula do Vôlei apontou para uma delas: “Passei pra ler a nota de repúdio do Comitê de Direitos Humanos da ONU ao atentado contra um candidato à Presidência no Brasil e onde também expressam preocupação com essa violência contra nossa democracia. Ainda não encontrei”.

Não resta dúvida de que muito disso é o fígado agindo mais do que o cérebro, e é compreensível. No momento em que vemos as imagens da facada, de Bolsonaro quase morrendo pelas mãos de um esquerdista, isso gera uma revolta enorme que cega todo o restante.

Sim, talvez seja o caso mesmo de uma guerra aberta em que aquele com mais firmeza no combate aos inimigos mereça ganhar, como única chance de reação aos bandidos comunistas. Mas o núcleo duro que cerca Bolsonaro terá que respirar fundo para evitar excessos produzidos pela bile nessa hora. Como já disse, o tom de revanchismo pode canalizar emoções no primeiro momento, mas tende a se dissipar. Falas como a de Mourão, de que os “profissionais da violência” são eles, os militares, soa desastrosa do ponto de vista estratégico.

Luciano Trigo resumiu bem com quem estamos lidando: “Eleitores do PT comemoram; militantes do PSOL comemoram; estudantes formados na escola com partido comemoram; a reação dessa gente mostra o que seria a volta do PT ao poder: um governo no qual assassinatos de adversários políticos seriam comemorados. o ambiente para isso já está criado”. Reagir a isso com total firmeza é uma obrigação de todos nós, brasileiros decentes e patriotas. Mas com um mínimo de calma e reflexão também.

Se, afinal, a resposta for intensificar o grau de raiva e violência “do lado de cá”, então os comunistas já terão vencido, pois o Brasil se tornará um país inviável. Agora, se o resultado for a percepção de que a verdadeira ameaça fascista vem da esquerda, que petistas e psolistas são incompatíveis com nossa democracia, que a mídia faz um jogo sujo para proteger comunistas, e que Bolsonaro pode efetivamente sair mais forte dessa, propondo uma união nacional em prol de um projeto de país, então teremos alguma chance.

Rodrigo Constantino

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Fonte:
VEJA + Folha + O Antagonista

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