Incerteza eleitoral eleva volatilidade na Bovespa em setembro, veem estrategistas

Publicado em 03/09/2018 11:10

Por Paula Arend Laier

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SÃO PAULO (Reuters) - O mês de setembro deve ser marcado por forte volatilidade para as ações brasileiras, dado o cenário eleitoral no país ainda sem visibilidade quanto a seu desfecho, bem como a continuidade de turbulências nos mercados emergentes, conforme carteiras recomendadas compiladas pela Reuters.

"Setembro será um mês de foco total nas eleições", afirmou a equipe da XP Investimentos, capitaneada por Karel Luketic.

Pesquisas eleitorais e os reflexos dos programas eleitorais em rádio e televisão, além dos efeitos das mídias sociais e debates entre candidatos, previstos para os próximos dias devem dominar os holofotes diante do primeiro turno da eleição marcado para 7 de outubro.

Em relatório a clientes, os analistas e estrategistas do grupo XP reiteraram que o seu cenário-base para o Ibovespa é de 90 mil pontos até o final do ano, mas optaram por nomes considerados defensivos para o mês a fim de aumentar a proteção no caso de um potencial cenário adverso.

"No cenário adverso, no qual um candidato menos comprometido com reformas é eleito, a bolsa pode rapidamente cair 10-15 por cento para 65.000-70.000", afirmaram, destacando que reformas estruturais, principalmente a da Previdência, são essenciais para evitar a piora do ambiente econômico.

A equipe do BTG Pactual afirma que está confiante em um resultado eleitoral positivo, apesar da volatilidade esperada até as eleições em outubro. "...a relação risco-retorno de 'estar investido' parece atrativa", afirmaram os estrategistas Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira, em relatório.

Ainda assim, a estratégia do BTG conhecida como 10SIM para o mês mantém algumas companhias consideradas defensivas combinadas com empresas vistas pelos analistas do banco como de elevada qualidade. "Sem ser muito agressivo, vemos o nosso '10SIM' bem posicionado para surfar uma melhora no mercado."

Para a equipe da BB Investimentos, a volatilidade deve reduzir somente após a definição eleitoral, mas avalia que até o momento os investidores estrangeiros não estão percebendo risco adicional para a bolsa em função do cenário eleitoral.

Eles citam entre os argumentos a correlação entre o Ibovespa e o índice MSCI de mercados emergentes em agosto e o saldo positivo de estrangeiros no segmento Bovespa no mês passado de 3,5 bilhões de reais até o dia 29.

Do exterior, além das permanentes tensões relacionadas a disputas comerciais envolvendo Estados Unidos, o foco também estará no amplamente esperado novo aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve, o banco central norte-americano, assim como sinalização de mais uma alta em dezembro, conforme destacou a equipe da Lerosa Investimentos.

A XP Investimentos também ressaltou que a intensificação das crises turca e argentina que levou a uma forte depreciação de suas moedas também gera preocupação de contágio e volatilidade.

Veja abaixo cinco carteiras de ações para setembro compiladas pela Reuters:

BB Investimentos

BRMalls

B2W

Itaú Unibanco PN

Lojas Renner

MRV

Grupo Pão de Açúcar PN

Suzano

Taesa

Tupy

Vale

BTG Pactual

Itaú Unibanco PN

Localiza

MRV

IRB

TIM

B3

Taesa

Rumo

Oi

Gerdau PN

Terra Investimentos

Petrobras PN

Sabesp

Cemig PN

Valid

Natura

Banco do Brasil

Cosan

XP Investimentos

Banco do Brasil

Engie

B2W

Petrobras PN

Klabin Unit

Equatorial

Gerdau PN

Localiza

B3

Vale

Lerosa Investimentos

Ambev

BB Seguridade

CVC Brasil

Hypera

IRB

Lojas Renner

Grupo Pão de Açúcar PN

Localiza

Vale

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Fonte:
Reuters

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