Tem luz no final, mas qual é o tamanho deste túnel?
Uma má notícia a quem só restou torcer contra minha saúde e recuperação: Nunca me senti tão feliz e bem! Estamos voltando para, juntos, fazermos do Brasil uma grande nação! 🇧🇷 pic.twitter.com/HIQXfQ1gJN
— Jair Bolsonaro 1️⃣7️⃣ (@jairbolsonaro) 21 de setembro de 2018
Os preços praticados nestes últimos dias nas lavouras de Feijão-carioca dão maior peso e sentido para notícias como a que segue, reproduzida em parte, nas próximas linhas. Se de um lado começamos a discutir a cada dia mais a queda de consumo de alimentos básicos, por outro lado podemos ver luz no fim do túnel. Semana passada, a revista Exame trouxe o artigo “Estes são os motores da epidemia de obesidade no Brasil”. O artigo destacou que a prevalência de obesidade no Brasil se intensificou nos anos 2000 e mudanças na alimentação contribuem para a escalada do problema. Se o ritmo atual de crescimento da obesidade no Brasil for mantido, o país poderá apresentar, em 2020, uma tendência de prevalência semelhante à dos Estados Unidos e do México, com excesso de peso em 35% da população. “Os produtos alimentícios ultraprocessados não são alimentos industrializados, mas formulações industriais. Eles passam por uma série de processos que fazem com que não seja possível identificar sua matriz alimentar e contribuem mais para o aumento do consumo de açúcar e gorduras, saturadas e trans”, disse Patricia Constante Jaime, professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP).
Os produtos alimentícios ultraprocessados, segundo a pesquisadora, são hiperpalatáveis – concentram sabores que são agradáveis e os tornam irresistíveis –, promovem a adição de consumo de ingredientes como o açúcar e alteram o processo natural de controle da saciedade. “Há estudos que mostram que essas formulações industriais causam alterações nos mecanismos neurológicos relacionados à saciedade”, disse. Isso significa que há seguidos sinais de que as políticas públicas vão passar a colaborar com setores como o dos Pulses, incluindo aí o nosso Feijão. Portanto, o setor pode aproveitar o momento para dar destaque aos Feijões. O produtor se vê obrigado, por falta de política pública e organização privada, a vender Feijão abaixo do custo. Então, que se aproveite para alinhar o setor em busca de melhores dias para comercialização. Quão rápido isso vai acontecer só depende do apoio que o IBRAFE e o CPFP – Conselho Brasileiro do Feijão e Pulses – receberem de produtores e empacotadores. Precisamos e podemos deixar para trás períodos como estes, em que os produtores vibram ao vender, como ontem, ainda abaixo do custo, mas com menor prejuízo, Feijão por R$ 110/115, em Minas Gerais. No Mato Grosso, Feijão-carioca foi vendido no norte do estado por R$ 90/95. Total absurdo, mas tem luz no fim do túnel. O tamanho deste túnel para pegarmos o próximo trem depende de cada um de nós fazer a sua parte.
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