CNA capacita técnicos de federações de agricultura e pecuária do Nordeste
Técnicos de seis federações da agricultura e pecuária da região Nordeste participaram, em Brasília, do curso para acompanhamento dos dados utilizados em análises mercadológicas do setor agropecuário. O treinamento teve duração de dois dias, quinta (23) e sexta (24), na sede da Faculdade CNA.
Participaram da capacitação profissionais das federações de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
A capacitação foi ministrada por assessores técnicos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) após a Comissão Nacional de Desenvolvimento da Região Nordeste definir a demanda como prioritária para a agenda estratégica de trabalho.
Dividido em cinco módulos, o curso mostrou detalhadamente como e em quais plataformas os profissionais das federações poderão buscar informações sobre o Produto Interno Bruto, produtividade agrícola, números de estabelecimentos rurais.
Também foram abordadas informações sobre dados sobre comércio exterior, importação e exportação agrícola, oferta e demanda mundial por país, além de preços de produtos agropecuários no mercado interno.
De acordo com o coordenador de assuntos estratégicos da Superintendência Técnica da CNA, Joaci Medeiros, foram compartilhadas as informações de setores econômicos do agronegócio.
“Mostramos onde encontrar os dados agropecuários que possibilitam fazermos diversas análises de números divulgados pela Conab, IBGE, Cepea, Banco Central e Mapa. Com dados e informações qualificadas será possível sugerir a criação de políticas públicas para o setor e o fortalecimento das já existentes”.
A análise de dados climatológicos também fez parte na programação da capacitação. O coordenador acrescenta que os produtores rurais do Nordeste serão beneficiados, “pois os técnicos terão embasamento para o desenvolvimento de medidas preventivas com relação aos efeitos climáticos diante de possíveis períodos de seca”, afirma.
Para o assessor da presidência da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco, Henrique Saboya, o curso foi uma oportunidade de nivelar as informações. “Os dados estatísticos no Brasil não são de fácil acesso, quando falamos em Nordeste eles se tornam ainda mais difíceis. Com essa capacitação, vamos falar a mesma linguagem”, declarou.
A grande extensão territorial do Nordeste e peculiaridades das condições de solo e vegetação influenciam na diversificação da produção agrícola. Na Bahia, por exemplo, estão três biomas (Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado).
Diante de tanta diversidade, segundo a assessora técnica do Sistema FAEB/SENAR-BA, Bárbara Cordeiro, a iniciativa da capacitação é relevante. “Apesar de já trabalharmos com alguns dados, esta é uma oportunidade de conhecer outras realidades e dificuldades para nivelar as informações nas federações do Nordeste”, declara.
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