Frete tabelado já está saindo do baixo saldo da safra de cana e no MS/GO, com pouco retorno, custo de insumos chega a 70%
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Entrevista com Amaury Pekelman - Presidente da Udop sobre o Impacto do tabelamento do frete na agroenergia
DownloadOs efeitos do tabelamento dos fretes já começam impactar o setor sucroenergético, principalmente nas usinas dos estados do Mato Grosso do Sul e no Goiás que teve um aumento em torno de 80% nos fretes de fertilizantes.
Segundo o presidente da União dos Produtores de Bionergia (Udop), Amaury Pekelman, após a greve dos caminhoneiros o governo tomou atitudes equivocadas que comprometeu os custos de produção dos produtores rurais. “Nós fizemos alguns estudos internamente em que vamos ter um prejuízo no setor estimado em R$ 1,2 bilhões com os transportes de insumos”, destaca.
Segundo o levantamento realizado pela a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), os preços mínimos para os fretes vão causar um prejuízo de R$ 2,1 bilhões com as exportações de açúcar. “O Brasil é o maior exportador de açúcar do mundo e precisamos do transporte rodoviário para levar até os portos”, explica.
Até o momento, a instituição não pretende entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade pelo fato de já existir três ações em andamento. “Nós estamos fazendo um movimento buscando a opinião pública que o aumento de custo dos produtores rurais vai ser repassado para a população e pode gerar um impacto inflacionário”, ressalta.
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