"...pelo amor de Deus, parem de jogar pedras nos agricultores", diz John Landers
John Landers, pioneiro no desenvolvimento do sistema de plantio direto na palha, conversou com o Notícias Agrícolas a respeito da produção de alimentos no Cerrado brasileiro, bem como a importância dos agricultores para a conservação ambiental.
Ele destaca que as pesquisas básicas para produzir alimentos no Cerrado começaram em desvendar os problemas da infertilidade do solo, que logo foram detectados: falta de alumínio, micronutrientes e fósforo. Quando esses problemas foram identificados, a Embrapa começou a realizar um trabalho a partir da década de 1970, que trouxe aos resultados que são vistos hoje.
O primeiro ponto de aceitação do plantio direto, segundo Landers, era o de eliminar a erosão. Se não fosse o plantio direto, ele acredita que o Cerrado seria um "desastre ecológico".
O produtor não defende a expansão de áreas no Cerrado. Por outro lado, ele defende a intensificação do uso da terra para aumentar a produtividade e uma compensação aos agricultores pelos serviços ambientais feitos em não expandir desmatando.
Landers ainda pede por uma maior aceitabilidade dos produtos transgênicos, já que as tecnologias como Bt evitam o uso de pesticidas.
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Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
Ernesto Laclau escreveu a "Teoria do Discurso". Nessa teoria ele diz que a a verdade e a realidade não existem, o que existe é a narrativa... Dessa forma é que dizem que ambos os lados de duas posições antagônicas podem estar certos. Isso não é verdade, como bem o demonstrou Robert Musil ao afirmar que a verdade possui um único vestido, enquanto a mentira possui vários. E mais, a mentira pode "roubar" a roupa da verdade e andar por aí revestida com a roupa da verdade.... Vamos agora ao ponto onde quero chegar, e vou usar o discurso da agropecuária como motor da economia. Se formos usar a analogia bastante comum de que o setor é o motor de uma locomotiva, facilmente chegamos à conclusão de que isso é bastante errado. Vou usar de alegoria para tentar ser entendido..., peguemos então o caso de uma pequena locomotiva, e pensemos se ela poderia ser movimentada sem um motor, sem dúvida podemos imaginar que com o uso de animais ela poderia ser movida, os antigos elevaram pedras de milhares de toneladas a alguns metros do chão sem motor algum. Então uma locomotiva pode ser movimentada sem um motor, de forma de que sem o que ela não pode ser movimentada de jeito nenhum? A meu ver, sem o trilhos ela não pode ser movimentada. E o que representa o trilho? Não é por acaso o trilho que dá o caminho, a direção? Da mesma forma podemos raciocinar com relação à "base", ou o discurso de que a agropecuária é a base da economia, de forma que se ela fosse o motor não poderia ser a base, pois na economia a base comporta vários motores, quanto maior e mais forte, tanto mais motores suporta... A agropecuária então é base da economia porque suporta os motores que fornecerão os produtos básicos à população. E isso não significa que ela é a única base econômica que pode ser construída..., o exemplo mais clássico é o Japão... Nós somos então, de certa forma, a base que garante o consumo para diversas nações do mundo, incluindo aí o consumo dos brasileiros... Assim também podemos raciocinar em cima da afirmação de que "a população joga pedras nos produtores brasileiros".., não é verdade.., o que existe são grupos organizados politicamente e que tem interesses políticos, econômicos e financeiros nessas questões, incluindo aí a própria bancada ruralista, que é quem deveria representar o poder políticos de todos os produtores brasileiros, o que não acontece por que são socialistas, para eles o estado controlador funciona muito bem... Ao afirmar que jogam pedras nos produtores fazem analogia com o pecado da prostituta absolvida por Nosso Senhor Jesus Cristo. Nós seriamos na estória a prostituta que pecou e precisa de absolvição. Portanto, é uma má analogia, um discurso errado e que não atinge o âmago da questão... Nesses casos a melhor defesa é o ataque, e uma atitude reativa só dá razão aos nossos inimigos políticos. Sim amigos, nossos inimigos são os políticos e suas organizações e não o povo brasileiro. E isso não é discutido porque chegaríamos com esse tipo de debate, sem apelação, à uma discussão sobre um novo pacto federativo, um novo sistema eleitoral, uma nova Constituição, e claro, no sentido de reformar para conservar e não para destruir tudo o que existe (como querem os esquerdistas). É uma questão politica e estamos muito mal representados, levados a usar armas inofensivas contra os inimigos por que, discípulos de Laclau, querem nos fazer crer, como eles, de que a verdade não existe.
E quem disse que o FALA PRODUTOR fala só de culturas, como soja, milho, algodão, trigo. ... ... Ouso afirmar, depois de ler e reler o comentário acima, que : O FALA PRODUTOR É CULTURA! ... ... PARABÉNS SR. RODRIGO...