Soja trabalha em alta na CBOT nesta 3ª feira de olho no dólar e nas condições da safra dos EUA
O mercado da soja na Bolsa de Chicago busca se consolidar do lado positivo da tabela e amplia ligeiramente suas altas no início da tarde desta terça-feira (14). Os futuros da oleaginosa, por volta de 12h45 (horário de Brasília), subiam entre 5,75 e 8,75 pontos nos principais vencimentos. O novembro,que é a referência dos negócios neste momento, era cotado a US$ 8,77 por bushel.
Em partes, o mercado recebe suporte de uma nova redução no índice de lavouras de soja em boas/excelentes condições nos EUA. De acordo com números do USDA (Departameno de Agricultura dos Estados Unidos), até o último domingo (12), 66% dos campos de soja se mostravam em bom ou excelente estado, contra 67% da semana anterior. Em condições regulares estavam 24% das lavouras e 10% em condições ruins ou muito ruins.
"Os traders não se surpreenderam com os dados mais recentes sobre o progresso da safra, já que ficaram dentro do esperado. Estimativas de rendimento privado e resultados de safra estão começando a circular no mercado, o que pode adicionar alguma volatilidade aos movimentos", diz o reporte da Allendale, Inc.
Além disso, os preços passam ainda por um movimento de ajuste e correção depois das perdas expressivas da última sexta-feira (10), que passaram dos 4% após o boletim mensal de oferta e demanda do USDA.
Paralelamente, como explica o analista sênior do portal Farm Futures, Bryce Knorr, a baixa do dólar frente a uma cesta de outras moedas também dá espaço para os ganhos da soja na CBOT.
"Nada mudou, substancialmente, no mundo, desde a crise na Turquia às batalhas tarifárias. Mas, depois de fugirem para ativos mais seguros ontem, com uma forte aversão ao risco, os traders parecem ter uma memória curta e voltaram à ponta compradora do mercado agora. Isso ajudou a aliviar um pouco da pressão do USDA de sexta-feira", diz Knorr.
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