CNC: 21 agentes assinam contratos para operar recursos do Funcafé
Na segunda-feira, 6 de agosto, a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou, no Diário Oficial da União (DOU), 21 extratos de contratos para a operação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).
Segundo o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, a assinatura dos contratos por parte do ministro Blairo Maggi é resultado do trabalho realizado pela entidade junto ao Governo Federal ao longo dos últimos meses.
"Mantivemos reuniões com o Mapa, em especial com o Departamento do Café, para darmos celeridade na liberação dos recursos. Desde o começo desta semana, essas 21 instituições financeiras já podem disponibilizar o dinheiro aos cafeicultores e a nossas cooperativas de produção", informa.
O valor total do repasse até o momento é de R$ 3 bilhões e foi feito para os agentes ABC Brasil, Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo, BBM, BMG, Bradesco, China Construction Bank, Citibank, Bancoob, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, Fibra, Itaú Unibanco, Original, RaboBank, Ribeirão Preto, Votorantim, Sicoob Credialp, Sicoob Credicarmo, Sicoob Agrocredi, Sicoob Credivar, Sicoob Coopacredi e Sicoob Credinter.
"Para este ano, o Funcafé conta com R$ 4,9 bilhões. O restante do orçamento deve ser repassado muito em breve a outros 16 agentes credenciados, conforme nos comunicou o Governo Federal", revela Brasileiro.
O presidente do CNC orienta para que produtores e cooperativas contatem suas instituições para fazer a tomada do crédito. "É hora de ter capital em mãos para não nos vermos obrigados a vender a safra atual, que está em colheita, a cotações pressionadas. Com os recursos do Funcafé podemos nos programar e diluir as vendas, aproveitando os picos do mercado", explica.
Do total liberado, R$ 1,86 bilhão foi destinado à linha de Estocagem; R$ 1,1 bilhão para Custeio; R$ 1 bilhão para FAC; R$ 425,2 milhões para Capital de Giro às Cooperativas de Produção, R$ 300 milhões para torrefações e R$ 200 milhões de giro para indústrias de café solúvel; e R$ 10 milhões para recuperação de cafezais danificados.
Para a safra 2018, os juros do Funcafé foram reduzidos para 7% ao ano no caso de Custeio, Estocagem e FAC Cooperativas e para 9,5% nas linhas de Capital de Giro e FAC (com exceção às cooperativas). “A partir deste ano, o Governo ajustou o prazo de contratação dos recursos, que passa a ter ciclo de 12 meses para todas as linhas, respeitando o período de 1º de julho a 30 de junho do ano seguinte”, conclui o presidente do CNC.
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