Panorama do Feijão-preto, Caupi e o Carioca, será que vai a R$ 120?
Publicado em 06/08/2018 15:30
Feijão-carioca – Mais uma vez dominou o cenário a região do vale do Araguaia, em Goiás. A área vem ganhando notoriedade nos últimos anos por colher exatamente entre o momento em que a segunda safra já está encerrando a colheita e a região do cerrado de Minas Gerais, e mesmo de Goiás, inicia a colheita da terceira safra. Com vendas entre R$ 90/95 por saca de 60 quilos, a maioria dos produtores ali afirma que consegue rentabilidade suficiente para justificar o investimento na cultura. O noroeste de Minas já caminha para a última semana de colheita mais intensa. Após isso, consumiremos o estoque remanescente do Vale do Araguaia, do cerrado goiano, mineiro, mato-grossense e baiano. No ano passado, este estoque foi suficiente para manter os preços durante o mês de agosto ao redor de R$ 130, sendo que em julho de 2017 estava R$ 160. Os produtores têm como buscar os R$ 120. Não se trata de exorbitar, mas, sim, dentro da lógica, dar segurança aos compradores, que fluirão melhor às compras caso percebam que há limite junto aos produtores.
Feijão-preto – Os empacotadores começaram, com o dólar em patamares mais razoáveis, a buscar aqui e ali a importação de alguns lotes de Feijão da Argentina. Os importadores têm pagado entre US$ 475 e US$ 520 na fronteira de Foz do Iguaçu. Os principais empacotadores continuam chamando a atenção para o fato que o Feijão-carioca abundante e com preços nas gôndolas abaixo do valor do quilo de Feijão-preto faz com que o consumidor, de economia combalida, compre pelo menor preço e não pela variedade de sua preferência. No Paraná, pequeno volume de negócios entre R$ 125 e R$ 130.
Feijão-caupi – Os exportadores não estão tendo como trabalhar. De um lado, um mercado que não entusiasma na Índia, no Paquistão, no Egito e na Ásia oriental e, de outro, o dólar ao redor de R$ 3,70 não permite pagar acima de R$ 30/35 ao produtor. Por sua vez, o produtor do Mato Grosso, ao colocar o Feijão em big bags e expurgar, perde a pressa de vender. Mas outro fator é extremamente importante. Com os preços da soja ao redor de R$ 70 o saco de 60 quilos, silenciosamente até 20% do Feijão-caupi pode ser triturado e adicionado à soja. Para a indústria que destina a soja para farelo, ao que tudo indica, até agora, não faz diferença e, assim, desaparecem milhares de sacas de Feijão-caupi, evitando prejuízos dos produtores.
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Fonte:
IBRAFE
1 comentário
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jakson scherer Unai - MG
Esse ano não se fala nada da safra da Bahia na região de Euclides da Cunha, Ribeiro do pombal , Fátima e entorno..., parece que este ano o feijão não vai produzir por falta de chuvas , mas só lembram dessa região quando o feijão lá está bom e vai produzir , e esse ano ninguém fala nada ! Kd os 2 milhões de sacas que sempre produzem lá ? Esse ano não tem ? Estão colhendo ? Já colheram ?