Milho fecha em alta nesta 6ª feira em Chicago frente à clima preocupante no Corn Belt

Publicado em 03/08/2018 18:20

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A sessão desta sexta-feira (3) foi positiva para os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago, que terminaram o último pregão da semana com altas de 3 a 3,50 pontos entre os principais contratos. O dezembro/18, que é atualmente o mais negociado, fechou os negócios com US$ 3,84 por bushel. 

O mercado internacional se mantém focado na questão climática norte-americana, onde as condições preocupam por conta das chuvas mais escassas nestas duas primeiras semanas de agosto. 

"Os preços conseguiram se manter firmes com as expectativas de que o clima quente e seco no Meio-Oeste americano limite o potencial produtivo das lavouras dos EUA", disseram analistas ouvidos pela Reuters Internacional. 

Segundo Brian Hoops, presidente da Midwest Marketing Solutions, "as boas condições de desenvolvimento atuais têm levado muita gente a acreditar em uma produtividade nos EUA de algo entre 179 a 180 bushels por acre, mas esse pode não ser o caso". 

O cenário climático atual dos Estados Unidos é bastante favorável, especialmente por conta de níveis de umidade do solo adequados que os norte-americanos observam no atual momento. Todavia, os mapas climáticos atualizados para as duas primeiras semanas de agosto não trazem a permanência deste cenário, segundo mostram informações apuradas pela consultoria internacional AgResource Mercosul (ARC). 

Uma massa de ar quente de alta pressão chega ao centro dos EUA, impedindo a formação e chegada de chuvas expressivas, além de elevar as temperaturas médias para o mesmo período, informa a empresa. 

Mercado Brasileiro

No mercado futuro brasileiro, os preços do milho também fecharam o pregao desta sexta-feira em alta, apesar da baixa forte do dólar. Os ganhos entre as posições mais negociadas foram de 0,27% a 1,83%, com o setembro/18 fechando com R$ 41,39 por saca. 

A exceção ficou por conta do março/19, que cedeu 0,28%, para R$ 42,78. 

Entre os preços do mercado físico, apenas algumas praças de comercialização terminaram o dia com variações, enquanto a maioria terminou os negócios desta sexta com establidade. Nos portos, a situação foi semelhante, e o terminal de Paranaguá conseguiu manter os R$ 40,00 por saca no disponível. 

 A moeda norte-americana perdeu mais de 1% para fechar com R$ 3,70 e acumular, na semana, uma baixa de 0,29%. 

A cena política local e dados da economia norte-americana, além de algumas expectativas sobre os juros nos EUA deram força a esse movimento, como explicaram analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters. 

Leia mais:

>> Dólar cai e volta a R$ 3,70 com expectativa sobre juros nos EUA e cena política local

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • carlo meloni sao paulo - SP

    Olhar para a bolsa de Chicago no caso do milho e' a maior aberraçao... Porque lá o mercado pode estar normal, enquanto no Brasil vai faltar milho... Aqui vai faltar muito milho... e, para importar, tem os custos de importaçao, que nao e' pouca coisa... Ouviram???

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    • elcio sakai vianópolis - GO

      Por mais que a tendência de milho seja de alta, não estou acreditando que vá evoluir muito mais. Temos grandes gargalhos neste nosso país... essa demora do STF em julgar esta nova tabela de fretes está prejudicando seriamente este comercio do milho. Muitos produtores estão estocando grandes quantidades de milho..., se boa parte vender numa mesma época, este mercado de milho vai cair. Independente de cair ou subir, acredito que o mercado de milho será muito viável a qualquer produtor nos próximos 10 meses. A única lógica de comercialização é fazer uma média de vendas..., participe do mercado e não deixe esta boa oportunidade passar.

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