Celso de Mello rejeita novo Habeas Corpus para livrar Lula (em O Antagonista)

Publicado em 20/07/2018 09:46 e atualizado em 20/07/2018 10:41
Poder 360 + O Antagonista

Celso de Mello não conheceu –rejeitou a tramitação– de habeas corpus por meio do qual um cidadão pedia a soltura de Lula, registra Fausto Macedo.

O decano do STF explicou que, além de não caber ao Supremo analisar diretamente HC contra o órgão apontado como coator –o TRF-4–, o pedido não foi formulado pela defesa constituída do hóspede da PF em Curitiba.

Paulo Roberto Costa diz não ter dinheiro para ir a Curitiba

Os advogados de Paulo Roberto Costa pediram hoje a Sergio Moro que o juiz aceite colher o depoimento dele por meio de videoconferência, informa o G1.

Argumentaram com a “grave dificuldade econômica” em que toda a família do ex-diretor da Petrobras, segundo eles, se encontra.

Paulo Roberto Costa é testemunha de defesa de dois diretores da Alusa Engenharia. Moro marcou a data de 9 de agosto para ouvi-lo e determinou que ele fosse pessoalmente à 13ª Vara Federal de Curitiba.

A defesa do ex-diretor da Petrobras diz que parte de sua aposentadoria está bloqueada pelo TCU e ele não tem condições de se deslocar até a capital paranaense.

O programa do PT tem o enterro da Lava Jato e a censura à imprensa

Fernando Haddad apresentou nesta sexta-feira os cinco pontos básicos do programa do PT.

O partido defende “a reforma do sistema de Justiça” e a “democratização dos meios de comunicação em massa”.

Traduzindo: o PT promete enterrar a Lava Jato e censurar a imprensa.

Lula é Centrão

A turma que governou com o PT está toda lá: Valdemar Costa Neto, Roberto Jefferson, Gilberto Kassab, Eduardo Paes, Josué Alencar.

A primeira coisa que eles devem fazer no governo é enterrar a Lava Jato.

Os 15%

Jair Bolsonaro tem um piso de 15%. O candidato de Lula deve chegar aos 15%. Geraldo Alckmin aposta que a propaganda na TV vai levá-lo aos 15%. Marina Silva tenta recuperar os 15%.

Esses são os cálculos dos marqueteiros.

“A fome do governo com a vontade de comer do Centrão”

Beto Mansur, vice-líder do governo de Michel Temer, disse a O Antagonista que o apoio do Centrão a Geraldo Alckmin “juntou a fome do governo com a vontade de comer [do Centrão]”.

O Planalto — leia-se, Temer –, como dissemos, comemora o isolamento político de Ciro Gomes.

“Cada um colhe o que planta. Ciro não plantou laços políticos e agora está colhendo ervas daninha”, acrescentou o deputado.

Mansur quis ponderar que “o tempo de televisão não é determinante e que o Geraldo vai precisar cair na graça do eleitorado”.

 

“Pode haver uma surpresa enorme”, diz Miro

O deputado Miro Teixeira, que já havia alertado para a esdrúxula movimentação do Centrão, voltou a criticar “essa entidade que se reúne e dita as ordens” da política brasileira.

“A realidade que estamos vivendo é estranha, exótica, excêntrica: o que está determinando quase que um favoritismo eleitoral é a reunião desses partidos para discutir tempo de televisão e divisão de dinheiro público.”

O parlamentar da Rede, partido de Marina Silva, prefere acreditar, porém, que “o povo já descobriu que não é letra morta aquela história de que todo poder emana do próprio povo”.

“Pode haver uma surpresa enorme.”

Cláudia Cruz é condenada na Lava Jato por não declarar dinheiro na Suíça (no Poder360)

A jornalista Cláudia Cruz foi condenada a 2 anos e 6 meses de reclusão por manter depósitos não declarados no exterior. O início da pena deve ser cumprido em regime aberto.

A mulher do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, foi condenada depois de julgamento de apelação pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), em Porto Alegre. O Tribunal também suspendeu o confisco dos recursos da jornalista depositados na conta no exterior.

A decisão foi tomada na sessão da Corte nesta 4ª feira (18.jul.2018). A defesa da jornalista ainda pode recorrer. Cláudia não deverá ser presa. Na mesma decisão, o colegiado a absolveu da acusação de lavagem de dinheiro.

Para o advogado de Cláudia Cruz, Pierpaolo Bottini, a condenação à pena restritiva de direitos por evasão de divisas não foi unânime e a defesa deve questionar com os recursos cabíveis. Sobre a absolvição do crime de lavagem de dinheiro, disse ser positiva por manter os mesmos termos da sentença do juiz Sérgio Moro.

Além da jornalista, o processo tinha outros 3 réus. O empresário português Idalécio de Castro Rodrigues Oliveira também foi inocentado. O lobista João Augusto Rezende Henriques e o ex-diretor da estatal Jorge Luiz Zelada foram condenados.

De acordo com as investigações da força-tarefa da Lava Jato, Cláudia Cruz foi favorecida de parte de propina de cerca de US$ 1,5 milhão recebida pelo marido. O dinheiro era mantido em contas na Suíça e teria origem em contrato da Petrobras para exploração de petróleo em Benin, na África.

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e a sua mulher, a jornalista Claudia Cruz 

Rico e preso X pobre e livre (por FERNANDO SILVA, na GAZETA DO POVO)

Qual das combinações colocadas no título desse texto você prefere? Ao menos uma pessoa no Brasil estava com esse impasse em sua cabeça nos últimos meses.

Trata-se de Cláudia Cruz, mulher do ex-deputado Eduardo Cunha, e dona da conta na Suiça que comportava mais de 1 milhão de francos suíços que financiavam seus gostos caros. 

Nesta quarta-feira, Cláudia Cruz foi condenada pelo TRF-4 a dois anos e 6 meses de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, pela Operação Lava Jato. 

A mulher de Eduardo Cunha é acusada de lavagem de dinheiro, e havia sido absolvida pelo juiz federal Sergio Moro, em julgamento de primeira instância. 

Segundo sua defesa, por não ter sido condenada por unanimidade, Cláudia ainda tem direito a recursos – os famigerados embargos infringentes e de declaração – e pode aguardá-los em liberdade, já que o STF entende que a execução da pena só pode ser feita depois de exauridos os apelos em segunda instância. 

O dinheiro, correspondente a US$ 1,5 milhão, seria propina recebida pelo marido para ajudar no contrato de aquisição pela Petrobras dos direitos de participação na exploração de campo de petróleo no Benin, na África.

Defesa comemora 

Para o advogado de Claudia Cruz, Pierpaolo Bottini, a decisão é positiva porque manteve a absolvição da acusação de lavagem de dinheiro, como havia decidido o juiz Sergio Moro. 

Além disso, a condenação a pena restritiva de direitos por evasão de divisas não foi unânime, cabendo recurso para tal.

Mas, embora a condenação tenha vindo, essa quarta-feira trouxe gosto de vitória ao casal Cruz-Cunha. O advogado de Claudia Cruz, destacou que o TRF-4 suspendeu o confisco dos recursos da cliente depositados em sua conta no exterior, conforme pedido da defesa.

Assim, há quem concorde que dois anos de prisão, mas com a conta assegurada é bem melhor que a liberdade e a dureza de encarar uma bolada apreendida pela Justiça.

No Brasil é assim: que sejamos sempre francos… de preferência francos suíços… 

 

Jair seria o "retrocesso civilizatório", segundo a Folha. Culpa de Lula...

 

A Folha de S. Paulo, em editorial, reconhece que a ORCRIM petista jogou o eleitorado no colo de Jair Bolsonaro: 

 

“A saturação com os discursos e os métodos da esquerda populista, depois da catástrofe do governo Dilma Rousseff e da derrocada ética do PT, naturalmente favorece quem se apresentar como seu adversário mais radical e intransigente.

 

O fraco desempenho nas pesquisas de outros possíveis representantes do sentimento antipetista faz com que, no momento, as flâmulas bolsonarianas adquiram uma notoriedade que não é proporcional a seu embasamento partidário, ao espectro de suas propostas e mesmo à sua capacidade de se articular como candidato. 

 

Não se mostra unívoca, de todo modo, a avaliação do postulante na indústria. Para Horácio Lafer Piva, ex-presidente da Fiesp, ele representaria um retrocesso civilizatório pelo que defende na área dos costumes e da segurança pública.” 

 

Se Lula conseguisse eleger seu poste, o retrocesso civilizatório seria ainda maior. 

 

Enquanto houver esse risco, a popularidade de Jair Bolsonaro não vai diminuir. 

 

“A crise do petismo”

O custo do petismo foi ainda mais alto do que se imaginava.

 

Diz Míriam Leitão:

“O PIB per capita vai demorar nove anos para voltar ao pico de antes da crise, estima o economista Samuel Pessôa, do Ibre/FGV. Trata-se da retomada mais lenta em 100 anos de história, pior até mesmo que a crise da dívida externa, em 1981, que custou ao país seis anos. O que Pessoa define como a ‘crise do petismo’, iniciada em 2014, provocou uma verdadeira década perdida. A recuperação pode ser ainda mais demorada se o próximo presidente e o Congresso não encararem a questão fiscal.”  

 

Lula ganha tempo no TSE 

 

“O TSE deve dar a Lula o prazo regulamentar para que ele defenda a própria candidatura presidencial, depois do pedido de registro, no dia 15 de agosto”, diz a Folha de S. Paulo.

“A ideia de negar liminarmente o registro começa a ser descartada mesmo por magistrados que chegaram a defendê-la”.

Quem? Luiz Fux? Admar Gonzaga? A candidatura do presidiário não era “irregistrável”?

Lula quer comer pelas bordas

O plano B de Lula é a prisão domiciliar.

Eugênio Aragão explicou para a Folha de S. Paulo:

“A estratégia do ministro Sepúlveda Pertence foi o de comer pelas bordas e aos poucos ir liberando o regime dele. Acho perfeitamente legítimo. O advogado deve pensar nisso. É o interesse do cliente dele”.

De seu apartamento, Lula pode tentar eleger um poste e garantir seu indulto:

“Na medida que Lula ficasse numa prisão domiciliar, ele teria condições de dar entrevista, condições de articular, de encontrar os amigos, ele teria mais liberdade do que estando lá naquele espaço”.

 

Para Alckmin, "só falta Temer´", segundo O Globo

O governo de Geraldo Alckmin será um governo de Michel Temer sem Michel Temer.

 

Mas isso pode mudar.

Diz O Globo:

“O acordo com o centrão reforça o vínculo do candidato do PSDB com o governo Temer, do qual ele tentava se distanciar. Agora o tucano terá em seu palanque a maior parte da base aliada no Congresso. Não será surpresa se o MDB desistir de Henrique Meirelles para apoiá-lo.”

Tiririca no circo tucano

Geraldo Alckmin seduziu Valdemar Costa Neto e acabou ganhando um brinde.

Segundo o Estadão, o PR convenceu Tiririca a disputar um novo mandato de deputado federal.

“O primeiro escalão já foi preenchido”

Geraldo Alckmin já está distribuindo cargos para o Centrão.

Um integrante do bloco disse para o Estadão:

“Estão no nível de discutir quem ficará com a Funasa. O primeiro escalão já foi preenchido.”

Só falta combinar com o eleitorado.

TV a cabo

A campanha de Geraldo Alckmin, nesta quinta-feira, ganhou um monte de réus da Lava Jato e um monte de minutos de propaganda na TV.

Isso não é garantia de sucesso, diz O Globo:

“Em 1989, Ulysses Guimarães e Aureliano Chaves tiveram as maiores fatias da propaganda na TV. Um terminou a disputa em sétimo lugar. O outro, em nono. E naquele tempo não havia celular, WhatsApp ou Facebook.”

Alckmin na TV

Com o Centrão, Geraldo Alckmin terá 5m11s de cada bloco do programa eleitoral.

É mais da metade do total.

Só para comparar: o candidato do PT terá apenas 1m35s.

Sozinho, PSDB de Alckmin, teria 1 minuto e 13 segundos...

A questão é saber se, mostrando-se na TV, com sua retórica entusiasmante, Geraldo Alckmin vai ganhar ou perder eleitores.

O contrato milionário de Sepúlveda Pertence (O Antagonista)

Sepúlveda Pertence sempre trabalhou grátis para Lula.

Mas o PT rendeu-lhe contratos milionários.

“Só na Caixa, graças à indicação do partido, ele recebe até hoje, por um contrato, 500 mil reais, com bônus de 2 milhões”, diz a Veja.

Ciro nanico

Ciro Gomes estava com um pé no Palácio do Planalto.

Menos de uma semana depois, ele voltou a ser o nanico vulgar que sempre foi.

Ainda bem.

“Força e paixão”

Logo mais o PDT lançará Ciro Gomes como candidato a presidente do Brasil, em Brasília.

Na Nicarágua, o PT na contramão da história

José “Pepe” Mujica, queridinho da esquerda latino-americana que visitou Lula na prisão no mês passado, defendeu no Senado uruguaio a renúncia de Daniel Ortega, registra a Folha.

O motivo, claro, é a repressão violenta exercida pelo regime esquerdista da Nicarágua contra seus opositores, que já matou cerca de 360 pessoas em três meses –muitos deles, estudantes universitários.

“Sinto que algo que foi um sonho se desvia, cai em autocracia. E entendo que aqueles foram revolucionários perderam hoje o senso de que, na vida, há momentos em que devem dizer: ‘Vou embora’”, declarou o ex-presidente do Uruguai, no seu estilo floreado.

Na última terça (17), o Senado uruguaio aprovou por unanimidade moção da Frente Ampla, o partido de Mujica, exigindo de Ortega “o fim imediato da violência contra o povo nicaraguense”.

Enquanto isso, no Brasil, o PT continua dando a maior força à repressão e à morte de opositores, como já faz em relação à Venezuela.

O jogo do 'centrão', editorial do Estadão

O futuro presidente dificilmente conseguirá implementar sua agenda sem se submeter à chantagem

Deveria ser proibido para menores de 18 anos o noticiário sobre as articulações do chamado “centrão” em torno da sucessão presidencial.

Para quem não está familiarizado com o subdialeto do baixo clero do Congresso, “centrão” é o nome que se dá ao ajuntamento de partidos fisiológicos que se mobilizam sempre que existe a oportunidade de aumentar seus ganhos em barganhas que, de tempos em tempos, lhes são oferecidas – ou procuradas, que ninguém é de ferro. Nada ali lembra nem remotamente a política como deve ser, isto é, o embate democrático de ideias em torno dos interesses dos eleitores. Tudo o que importa para esses partidos é defender uma divisão equânime do butim estatal entre seus caciques e agregados, e ninguém ali faz muita questão de esconder esse comportamento obsceno.

Somente os incautos acreditam que “centrão” seja o nome de um bloco político legítimo, com aspirações programáticas ideologicamente discerníveis. O “centrão” é apenas um rótulo para vários partidos nanicos, pequenos e médios que buscam avidamente orbitar o poder para auferir benefícios políticos e pecuniários e sabem que, juntos, ganham maior capacidade de constranger o governo ou outra presa qualquer a atender às suas demandas – que se resumem a facilidades, cargos e verbas.

Em circunstâncias normais, candidatos de partidos tradicionais, com compromissos mais sólidos com seus eleitores, rejeitariam de pronto o apoio do “centrão” em suas campanhas, por tudo de nefasto o que esse bloco representa. Afinal, o que esperar de um governo formado a partir da associação com notórios oportunistas? Mas o sistema político-eleitoral brasileiro infelizmente é talhado para produzir aberrações que praticamente inviabilizam a formação de candidaturas competitivas sem coligação com partidos explicitamente fisiológicos.

Assim, o País tem assistido nos últimos dias ao leilão do “centrão” entre diversos candidatos a presidente, de todos os matizes ideológicos. A adesão do bloco, é óbvio, não será definida conforme o posicionamento dos candidatos acerca de questões fundamentais, como tamanho e formato do Estado, modelos de desenvolvimento, políticas sociais e inserção internacional. Termos tradicionais da política como “esquerda”, “centro” e “direita” são, portanto, irrelevantes – é por isso que a expressão “centrão” deve ser lida como uma ironia, pois de centro, naturalmente, esse bloco nada tem. Somente à luz disso é possível entender, por exemplo, a declaração do líder do PR na Câmara, José Rocha (BA), segundo a qual a bancada de seu partido “está meio a meio, há deputados que preferem Jair Bolsonaro e outros que são favoráveis a apoiar Lula”. Afinal, Lula e Bolsonaro só se igualam na geleia geral.

Enquanto o gelatinoso “centrão” não se decide, quase todos os candidatos mais competitivos guardam lugar em suas chapas para um candidato a vice-presidente indicado pelo bloco. Tudo isso na expectativa de adicionar precioso tempo de TV às suas campanhas, algo que, para muitos analistas, pode ser decisivo.

É espantoso, mas ao mesmo tempo revelador dos tempos esquisitos que o País vive, que o apoio do “centrão” seja mesmo considerado o fiel da balança nesta eleição. Depois de todo o movimento em prol do saneamento da política, que tem mobilizado a opinião pública desde a eclosão da Lava Jato, a eleição presidencial mais importante dos últimos tempos pode ser decidida justamente por alguns dos partidos e caciques mais identificados com as baixarias que aviltam a política.

Assim, um governo formado a partir de uma aliança com o “centrão” não augura coisa boa. Por melhores que possam ser as intenções do vencedor da eleição, na hipótese de ser alguém comprometido com as reformas de que o País tão urgentemente necessita, o futuro presidente dificilmente conseguirá implementar sua agenda sem se submeter à costumeira chantagem do “centrão”. E os estragos causados por essa turma na atual legislatura, inviabilizando votações cruciais e aprovando projetos que sabotam o esforço fiscal mesmo depois de arrancar dedos e anéis do governo, deveriam ser suficientes para mostrar que o preço de um punhado de segundos a mais na propaganda eleitoral pode ser alto demais para o País.

Quem é Janaina Paschoal, a algoz de Dilma, candidata a vice de Bolsonaro (na GAZETA DO POVO)

Eram pouco mais de 11 horas da manhã de quarta-feira (18) quando a advogada Janaina Paschoal usou sua conta no Twitter para tentar acalmar os boatos de que será candidata à vice-presidência da República na chapa de Jair Bolsonaro (PSL). “Pelo enorme respeito que tenho para com a imprensa e pelo número elevado de telefonemas e pedidos de entrevista que estou recebendo, informo a todos que não há nada a informar. Estou num dia normal de trabalho, como todo brasileiro honesto”, disse ela, famosa por ter atuado no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Janaina é filiada ao PSL desde abril deste ano.

“Se essa dupla [Bolsonaro e Janaina] não consegue mudar o Brasil, ninguém consegue, são duas pessoas de personalidade muito forte. Não conheço ninguém que ame mais o Brasil do que eu. Para o país seria algo significativo”, disse ela, em entrevista à Rádio Eldorado. Janaina afirmou que não tinha recebido, pelo menos até o momento, nenhum convite formal para integrar a chapa de Bolsonaro. “Não tenho como responder (se aceita ou não ser vice na chapa de Bolsonaro) porque nada me foi perguntado”, disse.

LEIA TAMBÉM: Veja informações sobre as eleições 2018, com resultados de pesquisas e lista de pré-candidatos

Os rumores de que o deputado poderia convidá-la para ser sua vice ganharam força depois que os dois nomes mais cotados recusaram esse papel. No dia 11 de julho o senador Magno Malta (PR-ES), que era a primeira opção de Bolsonaro, declinou do convite. Uma semana depois foi a vez do plano B também falhar. O PRP vetou o nome do general Augusto Heleno, filiado do partido, para compor a chapa do pré-candidato. Foi então que Janaina ressurgiu como uma possibilidade.

Personalidade forte

Janaina Paschoal não era muito conhecida do grande público até 2015. Naquele ano ela foi um dos autores do pedido de impeachment da presidente Dilma, ao lado de Miguel Reale Jr. e Hélio Bicudo. Desde então, ganhou atenção da mídia e se tornou figura cativa nas redes sociais – para o bem e para o mal.

Entre as pessoas que convivem com ela há mais tempo, é conhecida por ter personalidade forte. Quando participou da banca para professora titular da USP, em 2017, a Gazeta do Povo publicou reportagem que trazia o seguinte trecho: “ela sempre foi uma pessoa impetuosa, mas piorou durante o governo petista. Em 2006, em um seminário em que o Márcio Tomaz Bastos [então ministro da Justiça] era o convidado da abertura, ela ficou em pé no meio da palestra e começou a gritar: ‘E o Francenildo? E o Francenildo?’ [em referência à quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo, que levou à queda do então ministro da Fazenda Antonio Palocci, em 2006]”. A declaração foi dada por um professor do Departamento de Direito Penal da USP, do qual Janaina faz parte.

 

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Em 2010, quando Dilma venceu as eleições para Presidência pela primeira vez, Mayara Petruso, então estudante de Direito daquela universidade, publicou no Twitter a declaração: “Nordestino não é gente, faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!”. Dias mais tarde, Janaina publicou um texto na seção de opinião da Folha de São Paulo defendendo Mayara. “Quanto a Mayara, entendo que errou, mas não parece justo que seja demonizada como paulista racista, quando o mote dado na campanha eleitoral foi justamente o da oposição entre as regiões”, escreveu. A estudante foi condenada em 2012 a prestar serviços comunitários e pagar uma multa de R$ 500 por discriminação.

Também em 2012 Janaina publicou outro artigo de opinião na Folha. Intitulado “Cuba é uma grande Guantánamo”. O texto dizia que “a tolerância do Itamaraty com a falta de direitos humanos em Cuba é totalmente coerente com a história do PT e tem amplo apoio nas universidades”.

Com atuação sempre afiada na área do Direito Penal, a jurista sempre tratou de temas relacionados a ele, como a questão da maioridade penal, inclusive em programas de televisão. Mas foi mesmo depois de 2015, com o pedido de impeachment, que ela ganhou notoriedade de vez. Em outubro daquele ano, publicou na Gazeta do Povo um artigo defendendo o impeachment. Nele, afirmou que “o PT, tal qual uma nuvem de gafanhotos, vem paulatinamente corroendo nossas instituições por dentro”.

Em abril do ano seguinte protagonizou uma das cenas mais marcantes de todo o processo de impedimento de Dilma. Discursando em um evento contra a corrupção na sede da faculdade de direito da USP, Janaina se exaltou e começou a girar uma bandeira do Brasil enquanto gritava que “o Brasil não é a República da Cobra!”. O episódio ficou famoso e ela virou meme na internet. Em maio, ao entrar em uma sala de aula, encontrou um cartaz escrito “golpista” pendurado pelos estudantes. No mês seguinte discutiu com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) em plena comissão do impeachment.

Terminadas as banca para professor titular da USP, em 2017, ela ficou em último lugar entre os candidatos e alegou ter sido vítima de perseguição. Disse que já esperava a reprovação por questões ideológicas.

Trajetória

Formada em Direito pela USP, Janaina entrou no curso em 1992. Coincidentemente, naquele ano, a política brasileira foi abalada pelo impeachment do então presidente Fernando Collor. Antes, porém, de começar a atuar na área jurídica, entre 1993 e 1996, ela deu aulas de inglês.

Em 1995, paralelamente ao emprego de professora, entrou na Podval Advocacia Criminal, escritório de Roberto Podval que, anos depois, viria a ser advogado de defesa de José Dirceu. No ano seguinte, 1996, deixou a escola de idiomas. Em 1999 voltaria a exercer a docência, naquela ocasião já na Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), onde ministrava a disciplina de Direito Processual Penal e ficou até 2001.

Quando se desligou da Unicid, Janaina já havia deixado a Podval um ano antes, em 2000. Entre 2001 e 2004 teve várias ocupações diferentes. Foi assessora na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo durante o governo de Geraldo Alckmin (PSDB); lecionou na Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), na Faculdades Integradas Toledo (FIT) e na Universidade São Judas Tadeu (USJT); foi consultora de segurança pública na Fundação Instituto de Administração (FIA) da USP e assessora especial do ministro da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). 

A partir de 2003 assumiu como professora na USP e, de 2004 a 2005, também foi professora do Centro de Altos Estudos de Segurança (Caes) da Polícia Militar de São Paulo.

| Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O retrocesso civilizatório

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os 15%


 

 

 

Jair Bolsonaro tem um piso de 15%. O candidato de Lula deve chegar aos 15%. Geraldo Alckmin aposta que a propaganda na TV vai levá-lo aos 15%. Marina Silva tenta recuperar os 15%.

Esses são os cálculos dos marqueteiros.

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Fonte:
O Antagonista

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1 comentário

  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

    Engraçado todos os políticos cantam em verso e proza o nosso poder em elegê-los.

    Eu repudio esse direito e, exijo o "direito de deseleger". Só assim, seremos respeitados, pois teremos o poder de tirá-los de lá.

    Quero deixar claro que não é "esperando" a próxima eleição, mas sim criando um sistema em uso em países desenvolvidos, chamado "recall". Que pode ser acionado com a coleta de assinaturas de um pequeno percentual dos eleitores, solicitando uma nova avaliação desse representante.

    Enfim, são mudanças que nunca são colocadas para serem debatidas, como mudar o voto de obrigatório para facultativo.

    Por que não se toca no assunto?

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Sr. Rensi, a adoção do voto distrital puro resolveria isso. Muita gente acha que, por votar em Bolsonaro, qualquer pessoa é um fanático..., essa é a idéia que a esquerda quer colar nos eleitores (vejam bem, não é um argumento é uma rotulação).... Quando dizem por exemplo, os eleitores de Bolsonaro acreditam em um salvador da pátria, o que estão na verdade a dizer? Que o problema da violência não tem solução, que o problema dos roubos não tem solução, enfim, todos os graves problemas nacionais não tem solução, a não ser eles, os "moderados" no poder... Acontece que tudo na vida tem solução e aquilo que não tem, solucionado está... Quando Bolsonaro diz que vai cortar o dinheiro da rede globo, quando diz que vai cortar o dinheiro das ONGs, que vai cortar o dinheiro da lei Rouanet, acreditamos que vai, é um compromisso que ele tem com os eleitores e com a própria palavra. Pedem, portanto, para que acreditemos em quem sempre falseou e falseia não só o sentido das palavras, como também a própria ação, em desfavor de quem pode sim eventualmente estar equivocado, mas tem retidão no falar e no agir..., ou seja, o Bolsonaro é uma pessoa verdadeira, queiram ou não os seus detratores.

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