Atacado: carne bovina sem osso não sobe no começo do mês
A carne sem osso não acompanhou a retomada dos preços do boi casado, iniciada no começo de julho. O mercado atacadista de cortes desossados segue pressionado, está em queda há quatro semanas.
Quando a oferta de matéria-prima diminui, as negociações spot de carcaça tendem a ganhar força. Além disso, tem o efeito do pagamento de salários, que normalmente melhora o giro de estoque dos varejistas, que são menores, mais enxutos, nos estabelecimentos que compram carne com osso.
Tudo isso somado contribuiu para a alta de 3,3% do boi casado neste mês.
Já a queda de 2,0% para a carne desossada demonstra que açougues e supermercados estão ofertando o que havia estocado (este produto permite mais estocagem) e o fluxo de recompra não é suficiente para puxar os preços de venda na indústria. No acumulado dos últimos sete dias a carne sem osso caiu 1,3%, em média.
O resultado disso para os frigoríficos, que já começaram a pagar mais pela matéria-prima, escassa nesta época, especialmente este ano com a redução do primeiro giro de confinamento, é uma diminuição importante em suas margens, que chegaram a 30% em junho e hoje estão em 23%.
0 comentário
Scot Consultoria: A cotação subiu nas praças paulistas
Suspensão das compras do Carrefour na França vai impactar carne bovina brasileira ou é apenas marketing sem efeito prático
Radar Investimentos: Escalas de abate mais curtas dos frigoríficos vêm sendo fator decisivo para impulsionar os preços
Boi/Cepea: Altas seguem firmes; escalas são ainda menores que em outubro
Scot Consultoria: Alta na categoria de fêmeas em SP
Brangus repudia veto do Carrefour à carne do Mercosul