Milho: À espera das novas projeções do USDA, mercado encerra pregão desta 4ª próximo da estabilidade
O pregão desta quarta-feira (27) foi de estabilidade aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity até esboçaram ganhos maiores ao longo do dia, mas no término da sessão apenas o setembro/18 exibiu leve alta, de 0,50 pontos, cotado a US$ 3,61 por bushel. As demais posições permaneceram inalteradas.
"Os preços do milho encerraram a sessão desta quarta-feira próximos da estabilidade, com os participantes do mercado fazendo ajustes antes dos próximos relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)", reportou o site internacional Farm Futures.
Na próxima sexta-feira (29), o departamento americano reporta suas novas estimativas para a área plantada nos EUA e os estoques trimestrais de milho. A perspectiva é que o departamento indique a área plantada com o cereal em 35,84 milhões de hectares, ligeiramente acima do último reporte, de 35,72 milhões de hectares.
"A menos que tenhamos um grande acordo comercial com a China, o relatório do USDA de área na sexta-feira é o centro das atenções", destacou a Al Kluis, Kluis Advisors ao Agriculture.com.
A tensão entre as duas maiores potências mundiais, EUA e China, tem influenciado o andamento dos negócios nas últimas semanas. A preocupação dos traders é que esse cenário afete as exportações norte-americanas.
Fundamentalmente, o foco é o desenvolvimento da safra nos EUA. "Chuvas fortes no Meio-Oeste aumentaram as perspectivas de rendimento nesta temporada", informou a Reuters. No início da semana, o USDA reduziu em 1%, para 77%, o índice de lavouras em boas ou excelentes condições no país.
Mercado interno
No mercado doméstico, a quarta-feira também foi de estabilidade aos preços do milho. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apenas no Oeste da Bahia, a saca do cereal subiu 0,78%, cotada a R$ 32,50. No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em agosto/18, terminou o dia inalterada, em R$ 38,00.
O avanço da colheita da safrinha e as incertezas deixadas pelo tabelamento do preço mínimo do frete ainda deixam as negociações lentas. Em muitas localidades, o frete curto, das propriedades até os armazéns e cooperativas está sendo realizado já balizado pela nova tabela da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Por outro lado, os produtores têm encontrado dificuldades para conseguir os fretes mais longos, normalmente até os portos brasileiros. Além disso, também há uma preocupação com a estocagem desse milho, uma vez que, em muitos silos a soja ainda precisa ser retirada.
Ainda hoje, os vendedores até se animaram com a valorização cambial, porém, os compradores recuaram. A moeda norte-americana finalizou o dia com alta de 2,04%, negociada a R$ 3,8755 na venda. O câmbio atingiu o maior nível desde 7 junho, quando finalizou a sessão a R$ 3,9258.
"O dólar foi puxado pela cena externa com elevada aversão ao risco e menor volume de negócios, apesar de o Banco Central ter atuado mais fortemente no mercado cambial", reportou a agência Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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