Milho: Com correção técnica e queda no índice de lavouras em boas condições, mercado fecha 3ª com leve alta
Os preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta terça-feira (26) com ligeiras altas, impulsionadas por compras técnicas e uma redução no índice de lavouras em boas ou excelentes condições nos EUA. Os vencimentos da commodity acumularam ganhos entre 1,25 e 2,00 pontos.
Dessa forma, o vencimento julho/18 fechou o dia a US$ 3,52 por bushel. Já o setembro/18 era negociado a US$ 3,61 por bushel, enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,73 por bushel. O março/19 encerrou o dia a US$ 3,82 por bushel.
Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou que 77% das lavouras de milho apresentam boas ou excelentes condições. Na semana anterior, o número era de 78%.
Apesar do ligeiro ajuste, a safra americana tem apresentado bom desenvolvimento. "As tempestades atravessaram o cinturão de produção nos EUA na semana passada e as previsões indicam mais chuveiros esta semana. A umidade é geralmente benéfica para as culturas, embora as chuvas tenham sido excessivas em algumas áreas do norte", reportou a agência Reuters.
Outro fator que segue no radar dos participantes do mercado é a crescente tensão entre EUA e China. O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse nesta segunda-feira que as restrições de investimentos futuros não seriam específicas a China, mas se aplicariam a "todos os países que estão tentando roubar nossa tecnologia", ainda conforme divulgado pela Reuters internacional.
Paralelamente, os investidores já se preparam para os boletins do USDA, que serão reportados na próxima sexta-feira, de estoques trimestrais e área plantada no país. "Analistas pesquisados pela Reuters, esperam que o governo aumente suas estimativas de plantio de milho e soja", destacou a Reuters.
Mercado brasileiro
No mercado brasileiro, o dia foi de poucas movimentações aos preços do milho. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Brasília, o preço caiu 3,45%, com a saca do cereal a R$ 28,00. Na região de Castro (PR), a saca caiu 2,78% e finalizou o dia a R$ 35,00.
Na localidade de Campo Grande (MS), o recuo ficou em 1,79%, com a saca a R$ 27,50. No Porto de Paranaguá, a saca futura do milho, para entrega em agosto/18, caiu 2,56% e terminou o dia a R$ 38,00.
Segundo os analistas, as cotações permanecem pressionadas negativamente diante do avanço da colheita do milho safrinha no país. Além disso, a dificuldade em escoar os grãos e a armazenagem, em meio ao impasse do tabelamento do preço mínimo do frete, também ajudam na configuração no cenário negativo.
Dólar
A moeda norte-americana terminou o dia a R$ 3,7980 na venda, com alta de 0,53%. "O dólar segue de olho na trajetória da moeda norte-americana ante outras divisas de países emergentes e ligadas a commodities no exterior e tendo como pano de fundo a fiscalização do Banco Central, que pode atuar a qualquer momento no mercado de câmbio", indicou a Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:
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