Maia diz que Câmara vai incluir redução de PIS/Cofins para diesel em texto da reoneração

Publicado em 23/05/2018 08:03

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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na noite de terça-feira que a Casa vai incluir uma redução de PIS/Cofins para o óleo diesel até o fim do ano no texto do projeto de lei da reoneração da folha de pagamento, como forma de reduzir os preços do combustível após dois dias de protestos de caminhoneiros por todo país.

A medida se soma ao anúncio feito pelo governo na terça-feira de que fechou um acordo com o Congresso para usar os recursos obtidos com a reoneração da folha de pagamento de alguns setores da economia para zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o diesel.

Segundo Maia, o projeto de lei da reoneração será votado na próxima terça-feira, já com a inclusão da redução de PIS/Cofins.

"Na terça feira de manhã, a gente vai votar reoneração, incluindo redução do PIS-Cofins, pelo menos para o diesel. O que a gente espera é que não apenas o PIS/Cofins, mas a Cide seja zerada como já está prometido, e nós vamos incluir o PIS/Cofins no texto da reoneração porque entendemos que o impacto para o contribuinte, para o caminhoneiro, precisa ser maior do que apenas zerar a Cide combustível", disse Maia a repórteres ao deixar a Câmara.

Maia disse que inicialmente a redução de PIS/Cofins será apenas sobre o óleo diesel, mas afirmou que deseja estender a medida para a gasolina. Segundo o presidente da Câmara, essa possibilidade será tratada nas discussões da medida provisória que extinguiu o fundo soberano.

"Queremos ampliar para gasolina, mas temos que fazer as contas antes para não errar. A gente não quer fazer nada de forma irresponsável", afirmou.

A redução de PIS/Cofins era uma demanda da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), que representa mais de 40 mil postos no Brasil.

A paralisação dos caminhoneiros, iniciada na segunda-feira, provocou transtornos e prejuízos na produção de carnes de aves e suína e de automóveis no país, de acordo com empresas. Para o governo, os impactos são pontuais, mas já afetam liberação de cargas de querosene de aviação, por exemplo.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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Fonte:
Reuters

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