Presidente da FPA integra comitiva brasileira para certificação da OIE ao Brasil como país livre da febre aftosa
A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) vai declarar oficialmente o Brasil como país livre da febre aftosa com vacinação. A convite do governo brasileiro, a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), integra comitiva nacional, desde o último domingo (20), na abertura da 86ª Sessão da OIE, que acontece em Paris até a próxima sexta-feira (25).
Ao lado do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Blairo Maggi, e de representantes de entidades do setor agropecuário brasileiro, a deputada acompanha a solenidade que garante o título ao Brasil. A Comissão Científica da OIE aprovou a certificação do Brasil em 2017. Os 181 países integrantes da OIE oficializam a decisão na 7ª Sessão Plenária que está marcada para ocorrer nesta quinta-feira (24).
Na avaliação de Tereza Cristina, o novo status sanitário de defesa animal é fundamental para as exportações de carne brasileira a outros países. “Com esta certificação, o Brasil estará, em sua totalidade, livre da febre aftosa com vacinação. Esse cenário é extremamente importante para a comercialização da carne brasileira”, explicou.
A presidente ainda complementou que somente este anúncio da certificação garante que a Coreia do Sul, que já é consumidora de carne suína brasileira, abra mercado para aderir a importação da carne bovina do Brasil. “Isso vai garantir a expansão deste mercado internacional”, reforçou a parlamentar.
A decisão brasileira em melhorar o rebanho e enfrentar os desafios que a febre aftosa trouxe ao país foi destacada no discurso do ministro Blairo Maggi (Mapa). “No início da luta contra a febre aftosa, em que milhares de focos acometiam nossos rebanhos todos os anos, decidiu-se erradicar uma doença da importância e gravidade da febre aftosa e se tornar o maior exportador de carnes do mundo. À época, muitos não acreditavam e diziam que seria impossível. Mas, conseguimos”, disse o ministro. Para ele, a vitória se deve ao esforço conjunto de gerações de técnicos, produtores rurais e gestores pautados por princípios, diretrizes e recomendações da OIE.
Números da pecuária brasileira
Mesmo em meio aos impactos causados com a Operação Carne Fraca, as exportações de carne in natura brasileira, em 2017, apresentaram crescimento. Os números mostram que os embarques de carne bovina, durante os 12 meses do ano passado, somaram 1,21 bilhão de toneladas; 12,4% maior que as 1,08 bilhão de toneladas enviados para outros países em 2016. Já a receita de exportações de 2017 registrou alta de 17% chegando a US$ 5,09 bilhões frente aos US$ 4,35 bilhões alcançados no ano anterior.
De acordo com dados apresentados pelo Mapa na solenidade de certificação, em 2017 somente a pecuária representou um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 175,7 bilhões. No mesmo período, apenas o complexo carnes teve um crescimento nas exportações da ordem de 8,9%, atingindo um volume de US$ 15,5 bilhões. “Ainda temos potencial para crescermos muito mais no mercado internacional, pois exportamos somente uma pequena parte da nossa produção de bovinos e suínos”, considerou o ministro Blairo Maggi.
Na avaliação do Ministério, o crescimento das exportações brasileiras se deve, além da qualidade e competitividade dos produtos, à melhoria da condição sanitária do rebanho nacional.
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