Vitol, Glencore e Shell disputam ativos nigerianos da Petrobras

Publicado em 17/05/2018 12:10

LOGO REUTERS

Por Julia Payne

LONDRES (Reuters) - Os três maiores negociadores de petróleo do mundo estão disputando a compra do braço africano da Petrobras, que detém participações em dois grandes blocos, disseram pessoas da indústria e bancos nigerianos com conhecimento do assunto, após apresentarem lances no início deste mês.

Em novembro passado, a estatal colocou a venda 100 por cento da Petrobras Oil & Gas como parte do plano da empresa altamente endividada de obter 21 bilhões de dólares em ativos até o final de 2018.

A Petrobras detém metade das ações da empresa, enquanto 40 por cento pertencem a uma subsidiária do Grupo BTG Pactual e 10 por cento a Helios Investment Partners.

Os banqueiros estimaram que o valor do empreendimento seria de cerca de 2 bilhões de dólares.

A unidade tem participações em dois blocos offshore que contêm dois campos de produção, Agbami, que é operado por uma afiliada local da Chevron, e o campo de Akpo, operado pela Total.

A venda atraiu as principais tradings que estão sempre em busca de suprimentos de petróleo de longo prazo. Mercuria e BP também tinham seu potencial.

A Vitol fez uma oferta em conjunto com a Delonex, subsidiária petrolífera da empresa norte-americana de private equity Warburg Pincus, e a canadense Africa Oil, uma empresa de exploração de petróleo e gás que faz parte do sueco Lundin Group.

A Glencore se uniu à empresa nigeriana Seplat e à francesa Maurel & Prom, que é majoritariamente do governo indonésio. A estatal petrolífera da Indonésia, Pertamina, também apoia a Maurel & Prom e detém uma participação de 20 por cento na Seplat.

O terceiro licitante foi a Famfa Oil, empresa privada, juntamente com a Royal Dutch Shell.

A Famfa Oil é uma das concessionárias da operadora do campo de Agbami, juntamente com a Chevron, a Statoil e a Petrobras. A Chevron detém a participação majoritária.

Vitol, Glencore, Shell, Africa Oil não comentaram o assunto, enquanto Maurel, Famfa e Seplat não responderam aos pedidos de comentários.

A Petrobras deve tomar uma decisão até o final de maio. Mas as fontes disseram que isso poderia ser adiado, já que ainda havia uma possibilidade de que as ofertas pudessem ser divididas entre os dois blocos.

O Agbami produz cerca de 240 mil barris por dia, enquanto o campo Akpo produz quase 130 mil barris diariamente, e um terceiro campo Egina deve entrar em operação no mesmo bloco no final deste ano.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário