EUA e China iniciam negociações comerciais; papel de Navarro é reduzido, dizem autoridades

Publicado em 17/05/2018 07:19

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Por David Lawder e Steve Holland

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos e a China iniciarão negociações comerciais nesta quinta-feira em uma tentativa de evitar uma guerra comercial, com o maior crítico da China na Casa Branca relegado a um papel secundário, disseram na quarta-feira autoridades do governo norte-americano.

Peter Navarro, assessor de indústria e comércio da Casa Branca, não terá um papel principal na equipe dos EUA, disseram duas autoriddes. Em vez disso, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin; o secretário do Comércio, Wilbur Ross; e o Representante de Comércio, Robert Lighthizer, vão liderar a delegação norte-americana nas negociações com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, principal assessor econômico do presidente Xi Jinping.

Navarro participou de uma rodada inicial de negociações há duas semanas em Pequim que levou a apresentações de uma série de exigências comerciais de cada lado. A mudança na posição de Navarro acontece em meio a uma crescente divergência em relação à política comercial com Mnuchin, que é a favor de acordos mais viáveis para abrir a economia da China a empresas dos EUA e aliviar ameaças tarifárias.

Navarro e Mnuchin tiveram uma discussão acalorada na viagem a Pequim e o relacionamento ficou tão abalado que alguns participantes chegaram a questionar abertamente como eles se relacionariam dentro do mesmo avião no longo voo entre os EUA e a China, disse uma pessoa familiarizada com o episódio.

As negociações começarão no momento em que os EUA encerram as audiências públicas sobre a primeira série de tarifas norte-americanas sobre 50 bilhões de dólares em bens chineses propostos como punição sobre supostas violações de direitos intelectuais dos EUA.

As tarifas, que visam peças elétricas e de maquinários, automóveis e TVs de tela plana chineses, podem entrar em vigor no início de junho. Elas podem ser seguidas de uma rodada adicional de mais 100 bilhões de dólares sobre bens chineses ainda a serem identificados.

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Fonte:
Reuters

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