Soja sobe forte em Chicago com boas perspectivas sobre encontro entre China e EUA
Os ganhos se intensificaram na Bolsa de Chicago e, por volta de 12h (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa subiam entre 11 e 14,50 pontos nos principais contratos no pregão desta segunda-feira (14). Os próximos dias serão de informações importantes para o mercado, o que já faz com que os traders se preparem e se ajustem, atuando com cautela nesta sessão.
"O mercado opera baseado em um cenário otimista para os encontros em Washington nesta semana entre líderes chineses e americanos. O vice premier da China chega para o encontro na Casa Branca na tarde desta terça-feira (15) e as especulações são de que, pelo menos, a imposição tarifária dos US$ 50 bilhões - que seria implementada no fim de maio - seja postergada", diz o analista de mercado Matheus Pereira, da AgResource Mercosul (ARC).
Além das negociações comerciais que acontecem nesta semana - e que também envolvem o futuro do Nafta - o avanço da nova safra norte-americana tem sido acompanhado também de perto pelo mercado, tal qual o cenário climático no Corn Belt.
As expectativas para a semeadura da soja são de algo entre 30% e 32% completa até o último domingo (13). O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz os números em um reporte semanal às 17h (Brasília), após o fechamento do mercado em Chicago.
Embora não em uma área generalizada, o fim de semana foi de tempo mais frio e úmido em partes do cinturão e também chama atenção.
"Chuvas excessivas e temperaturas mais frias estão atrasando o progresso do plantio no norte do Cinturão Agrícola. Nas regiões de Wisconsin, Missouri e sul de Minnesota serão necessários, pelo menos, de 5 a 7 dias de estiagem e temperaturas altas para firmar o solo argiloso e permitir a entrada de maquinário pesado", mostram informações apuradas pela ARC.
No Brasil
No Brasil, os preços, mais uma vez, encontram uma boa conjunção de ganhos expressivos e do dólar, que nesta segunda-feira volta a subir de forma expressiva depois dos resultados da pesquisa de intenção de voto CNT/MDA.
"O mercado não gostou da pesquisa. Ciro cresceu... Marina está em segundo lugar", afirmou o gestor de derivativos de uma corretora local à agência de notícias Reuters.
Assim, perto de 12h30 (Brasília), a divisa subia 0,60% e já batia nos R$ 3,62. Os preços nos portos do Brasil, portanto, testavam, novamente, os R$ 86,00 por saca, buscando uma correção depois dos ajustes da última semana.
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