Café: Bolsa de NY recua cerca de 100 pts nesta 4ª com câmbio e fundamentos e renova perdas dos últimos dias
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quarta-feira (09) com queda próxima de 100 pontos. O mercado externo do grão segue pressionado pela quarta sessão seguida com informações fundamentais sobre a safra e câmbio. O vencimento julho/18 já trabalha abaixo de US$ 1,20 por libra-peso.
O vencimento julho/18 registrou na sessão 118,75 cents/lb com queda de 85 pontos e o setembro/18 anotou 121,10 cents/lb com recuo de 90 pontos. Já o contrato dezembro/18 fechou o dia com 124,55 cents/lb e desvalorização de 85 pontos e o março/19, mais distante, caiu 85 pontos, fechando a 128,05 cents/lb.
Informações sobre a safra brasileira têm execercido forte impacto sobre o mercado do arábica nos últimos dias. Mais uma vez, nesta quarta-feira, o tempo seco no Brasil também pesou nos preços, disse Donald Keeney, da Radiant Solutions para a Reuters internacional. A condição tende a favorecer a colheita e maturação dos grãos.
"As chuvas continuam a desaparecer das previsões a longo prazo para o centro e norte do Brasil. Essa região deve continuar na seca", acrescentou o analista. A colheita do café já começou em algumas áreas do Sul de Minas Gerais e segue a expectativa de alta produção no campo. Os trabalhos ainda estão no início e devem ganhar força nas próximas semanas.
A colheita do café já começou em algumas áreas do Sul de Minas Gerais e segue a expectativa de alta produção no campo. Os trabalhos ainda estão no início e devem ganhar força nas próximas semanas. "Este período de estiagem beneficia a colheita, porque não se tem umidade e proliferação de fungos, mas ao mesmo tempo o solo entra em déficit", afirma o engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, em Franca (SP), Marcelo Jordão Filho.
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O real mais fraco também contribui para os recuos externos no mercado, já que estimula a vendas das commodities negociadas em dólar. O câmbio avançou 0,74% na sessão, fechando a R$ 3,5954 na venda, maior nível desde 31 de maio de 2016. O mercado ainda repercute informações externas diante de temores de juros maiores e tensões entre os Estados Unidos e o Irã.
Mercado interno
O mercado brasileiro segue com negócios isolados nesta semana depois de aquecimento recente e picos de alta nos preços internos nos últimos dias. Apesar dos trabalhos de colheita já terem se iniciado no país, o volume de café novo que chega ao mercado ainda é pequeno, disse em nota o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 493,00 – estável. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Lajinha (MG) com alta de 2,17% e saca a R$ 470,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 475,00 e avanço de 1,06%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com queda de 1,09% e saca a R$ 455,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) (estável) e Guaxupé (MG) (estável), ambas com saca a R$ 460,00. A maior oscilação ocorreu em Lajinha (MG) com avanço de 4,65% e saca R$ 450,00.
Na terça-feira (08), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 447,24 e avanço de 0,43%.
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