Milho: Mercado testa nova alta nesta 3ª na BM&F com foco no clima no Brasil e na valorização cambial

Publicado em 08/05/2018 13:31

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As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa dão continuidade ao movimento positivo no pregão desta terça-feira (8). As principais posições da commodity exibiam ganhos entre 1,20% e 3,69%, por volta das 12h01 (horário de Brasília). O maio/18 era cotado a R$ 42,30 a saca e o julho/18 operava a R$ 42,12 a saca.

O mercado continua sendo impulsionado pelas preocupações com o clima no Brasil e a perda no potencial produtivo das lavouras de milho safrinha em algumas regiões. Porém, os modelos estendidos de institutos meteorológicos nacionais e internacionais voltaram a indicar chuvas mais volumosas em muitas regiões produtoras a partir da próxima semana.

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É consenso entre os especialistas de que o retorno das chuvas pode trazer alívio para as plantações em muitas localidades. Contudo, em outras regiões, as perdas são irreversíveis, conforme explicam os produtores rurais.

Ainda nesta segunda-feira, a AgRural reduziu a perspectiva para a safrinha do Brasil para 57,2 milhões de toneladas devido à falta de chuvas. Anteriormente, a projeção era de 59,9 milhões de toneladas.

Além do clima, o comportamento cambial também direciona os preços na bolsa brasileira. A moeda norte-americana era cotada a R$ 3,5849 na venda, com alta de 0,90%, perto das 11h57 (horário de Brasília).

"O câmbio opera em alta nesta terça-feira diante da maior tensão nos mercados externos com a possibilidade de os Estados Unidos deixarem o acordo nuclear com o Irã, aumentando os riscos geopolíticos e que podem influenciar o fluxo de capital no mundo", informou a Reuters.

Bolsa de Chicago

No mercado internacional, as cotações do cereal continuam a exibir ligeiras altas nesta terça-feira. As cotações futuras do milho subiam mais de 2 pontos, perto das 13h13 (horário de Brasília). O maio/18 era cotado a US$ 3,95 por bushel, enquanto o julho/18 trabalhava a US$ 4,02 por bushel.

Os preços ainda esboçam uma recuperação frente às perdas recentes. Os investidores seguem focados no andamento do plantio da nova safra nos Estados Unidos.

Depois de um início mais lento, os trabalhos nos campos norte-americanos começam a ganhar ritmo e até o último domingo cerca de 39% da área foi semeada com o milho. Os participantes do mercado estimavam o plantio entre 30% e 31%. Na semana anterior, em torno de 17% da área havia sido cultivada. As informações são do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Outro fator que também é observado pelos traders é o clima seco no Brasil e os efeitos sobre a safrinha de milho. Nas principais regiões produtoras, a falta de chuvas já afetou o potencial produtivo das lavouras.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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