Bunge contrata bancos para IPO no Brasil, mas oferta em breve é improvável, dizem fontes
Por Tatiana Bautzer e Carolina Mandl
SÃO PAULO (Reuters) - A companhia global de commodities Bunge contratou bancos para preparar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) para suas usinas brasileiras de cana, mas as chances de um lançamento iminente são pequenas, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto.
As unidades de investimento dos bancos JPMorgan, do Itaú Unibanco e do Santander Brasil estão trabalhando com a empresa no negócio.
O diretor-presidente da Bunge, Soren Schroder, disse na semana passada que a empresa pode fazer um pedido sobre a oferta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já neste mês.
Os bancos estão começando a preparar a empresa para a oferta, mas o interesse dos investidores parece ser pequeno, já que o excesso de açúcar global derrubou os preços e tornou difícil para as usinas obter lucro, acrescentaram as fontes, pedindo anonimato porque as negociações ainda são privadas.
A divisão de açúcar e bioenergia da Bunge continuou a perder dinheiro no primeiro trimestre, levando a empresa a cortar sua previsão para o faturamento da unidade em 2018 em 10 milhões de dólares.
Uma das pessoas disse que a volatilidade do mercado também reduz as chances de uma transação em breve. A Bunge e os bancos não comentaram imediatamente sobre o assunto.
A Bunge tentou vender suas oito usinas brasileiras de açúcar e etanol por quatro anos, mas um processo separado de venda não conseguiu atrair o interesse firme de investidores estratégicos ou financeiros.
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