Ainda não me convenci de que devo ser candidato, diz Joaquim Barbosa (na Reuters)

Publicado em 19/04/2018 17:46

BRASÍLIA (Reuters) - O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa disse nesta quinta-feira que ainda não convenceu a si mesmo de que deve ser candidato à Presidência da República na eleição de outubro e que ainda não sabe se quer ser presidente.

Em entrevista a jornalistas após reunião com lideranças do PSB, partido ao qual se filiou recentemente, Barbosa disse que o encontro serviu para que ele conhecesse esses líderes e que ainda existem dificuldades dos dois lados para definir a candidatura.

O ex-ministro chegou pouco depois das 14h30. Foi aplaudido por integrantes do movimento negro do PSB. Mas não parou para falar com eles. Trocou apenas uma frase completa com a imprensa. Mas já deu a dica: não falará muito.

Pesquisas de intenção de voto divulgadas nessa semana deram um ânimo novo aos correligionários e apoiadores que só conhecem o Joaquim Barbosa ministro, advogado, polêmico, relator do mensalão. Ele aparece com 9% a 10% das intenções de voto no último Datafolha, divulgado no domingo (15). “Olha... para quem não frequenta ambientes públicos, órgãos públicos, quem não dá entrevista, quem leva uma vida pacata, está muito bom né”, afirmou ele ao chegar.

Na última pesquisa antes de morrer, em agosto de 2014 – esta realizada pelo instituto Sensus – o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos aparecia com 9,2% das intenções de voto. Esses números são vistos no partido como uma vantagem do ex-ministro. “Todos o conhecem. Já é uma dificuldade a menos para uma campanha”, é a avaliação geral.

Um teste para Barbosa, avesso à imprensa (em O Antagonista)

Lideranças do PSB dizem que a reunião de hoje na sede do partido em Brasília foi um teste para Joaquim Barbosa, avesso à imprensa.

Havia dezenas de jornalistas no local. Barbosa acabou sendo convencido a dar algumas palavrinhas para as câmeras.

Enquanto tentava descer as escadas do prédio para ir embora, ele repetia: “Tá bom, tá bom…”

O ex-presidente do STF não esconde que não gosta do contato com jornalistas e tem dito também que não gostaria de voltar a andar acompanhado de seguranças.

PSB contra ‘avanço da extrema direita’

Carlos Siqueira, presidente do PSB, diz que o partido ainda tem tempo para construir a candidatura de Joaquim Barbosa e acabar com “o clima de nós contra eles” e com “o avanço da extrema direita, que não é bom para ninguém”.

O PSB, Barbosa e Shimon Peres

Os ensinamentos de Shimon Peres estão afixados no corredor que dá acesso à sala onde Joaquim Barbosa está reunido com a cúpula do PSB, em Brasília.

URGENTE: TOFFOLI NEGA LIMINAR A DIRCEU

Dias Toffoli acaba de indeferir o pedido de liminar com que José Dirceu tentava evitar a sua volta à cadeia.

A defesa de Dirceu ainda poderá apresentar embargos de declaração ao TRF-4 antes de ele ser preso.

A íntegra da decisão de Toffoli

Ao indeferir o pedido de liminar de José Dirceu, Dias Toffoli ressaltou seu entendimento a favor da execução da pena somente após decisão do STJ.

Ele disse, porém, que respeita a jurisprudência do colegiado e negou a reclamação, pois não seria o instrumento jurídico adequado para evitar a prisão.

Como mostramos mais cedo, Dias Toffoli nem deveria poder relatar recurso de Dirceu.

Confira a íntegra.

Confira a íntegra

Marco Aurélio pede inclusão de ação sobre prisão em 2ª instância na pauta do STF, decisão cabe à presidente

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu na tarde desta quinta-feira a inclusão na pauta do plenário da corte a ação movida pelo PCdoB que defende a revisão da execução da pena após a condenação e o fim dos recursos em segunda instância.

O partido apresentou a ação na terça-feira e usou como argumento o caso envolvendo a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Caberá à presidente do STF, Cármen Lúcia, decidir quando fará a inclusão do processo na pauta.

Essa é a terceira ação declaratória de constitucionalidade (ADC) que busca rediscutir o entendimento firmado pela corte, em 2016, sobre a possibilidade de se executar pena após o fim dos recursos em segunda instância.

As duas outras, também relatadas por Marco Aurélio, foram apresentadas pelo Partido Ecológico Nacional (PEN) e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e esperam a inclusão na pauta do plenário desde dezembro.

A presidente do Supremo tem resistido a pautar esse tipo de ação por entender que não há motivos para a corte reavaliar um assunto dois anos depois de ter firmado um entendimento.

O xeque-mate na Lava Jato

O STF usou o debate sobre o habeas corpus de Paulo Maluf para emplacar a tese de que são possíveis embargos infringentes nas turmas, com no mínimo dois votos divergentes.

Emparedado com a possibilidade de ser impedido nos julgamentos da Lava Jato, por causa do HC de Dias Toffoli que cassou sua decisão, Edson Fachin abraçou a tese.

Considerando que Toffoli ressaltou ontem que não pretendia cassar a decisão de Fachin, é possível concluir que os ministros entraram em acordo nos bastidores.

É uma saída honrosa para Fachin, mas a admissibilidade dos embargos vai protelar as condenações de criminosos de colarinho branco, que ganham mais uma instância recursal no STF.

A Lava Jato perde.

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Fonte:
Reuters

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1 comentário

  • Carlos Eduardo Senju Araguari - MG

    O potencial ele tem, mas para ser mais um político corrupto, arrogante e demagogo... lembram-se de quem o indicou para o STF e para que? taxar os aposentados e pensionistas na reforma da previdência do Lula..., ele disse que era para "o bem comum da nação", só que antes não ganhavam bem, e, hoje, ganham menos ainda pela culpa deste maledito... fora outras coisas... mais uma porcaria na política brasileira. Por isso ... BOLSONARO 2018!

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