Concentração da oferta pressiona preços da saca da batata

Publicado em 18/04/2018 12:23
João Paulo Deleo - Pesquisador do CEPEA
No atacado paulistano, saca caiu até 18% e terminou a última semana a R$ 59,14. Preços aos produtores estão em patamares ainda mais baixos e próximos aos custos de produção. Além da oferta, menor qualidade da batata também ajuda a pressionar negativamente os preços. Com fim da colheita da safra das águas, perspectiva é que as cotações possam apresentar altas nas próximas semanas.

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Acompanhamento de safra da batata com João Paulo Deleo - Pesquisador do CEPEA

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As cotações da batata estão pressionadas devido à concentração de oferta, sendo que possivelmente os produtores optaram por fazer o plantio na mesma época. Contudo, a qualidade da bata também é menor em função das adversidades climáticas.

De acordo com o pesquisador do Cepea, João Paulo Deleo, as referências podem ter uma leve alta com o fim da safra das águas que se aproxima do fim. “Como nós estamos no final da safra, é por isso que tem essas expectativas que dentro de pouco tempo os preços voltem a ter uma alta”, afirma.

As principais regiões que mais tem a concentração da oferta os municípios no sul do país como, Guarapuava/PR e Água Doce/SC e no Cerrado de Minas Gerais.  “Na última semana, nós observamos que as regiões sul tinham o produto com qualidade melhor e teve uma queda. Então, pode ser mais um fator que pode ter contribuído para a desvalorização”, diz.

Em relação à qualidade, o pesquisador destaca que é comum ter perda devido ao período de verão, já que a cultura se desenvolve melhor em climas temperados. “A batata tem um desenvolvimento muito melhor durante o inverno e a irrigação é controlada. Já no período de verão, temos mais calor e mais chuvas e acaba sendo mais comum ter esses problemas”, explica.

Em anos normais, a produtividade em determinadas regiões fica na média de 30 a 40 toneladas por hectare. Na semana passada, as sacas da batata de 50 kg tiveram um recuo de 18% e as referências no atacado paulistano girava em torno de R$ 59,14. “Os preços ao produtor estão muito próximos aos custos de produção. Quem teve lucros vai conseguir saldar as dividas e se restabelecer parcialmente, mas mesmo para quem está tendo lucro à margem está ajustada”, finaliza.

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Por:
Fernanda Custódio e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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