Soja, por AgResource Mercosul: EUA continua sentindo frio intenso e solos secos antes do plantio

O Mercado nesta terça-feira (18) trouxe um volume de operações mediano em uma tentativa de achar o equilíbrio entre as atuais condições climáticas para os Estados Unidos e a retórica comercial dos Estados Unidos e a China. Os importadores chineses evitam novas compras expressivas da soja de origem estadunidense, continuando a adição de contratos de exportação para a oleaginosa brasileira e, até mesmo, alguns cargueiros provenientes do Canadá. No estado de Illinois, nos EUA, a primeira quinzena de abril deste ano foi recordada como a segunda mais fria da história, só ficando atrás de 1881. O cenário semelhante ao inverno perdura sobre as principais regiões sojicultoras norte-americanas. Temperaturas gélidas, tempestades de neve e solos secos consistem sobre o Cinturão Agrícola e a região do Delta norte-americano. Ainda é prematuro afirmar qualquer perda de safra, entretanto o plantio já se encontra atrasado. A permanência deste padrão climático para maio será extremamente prejudicial ao país.

Clima na América do Sul

Uma retração das chuvas é observada sobre as regiões do MATOPI- BA, Sudeste e Centro do Brasil, nestes próximos 5 dias. Para o Centro e Nordeste do país, tal recuo das precipitações é tido como benéfico, principalmente para o progresso da colheita nas regiões do MATOPI- BA. No entanto, os estados do Paraná, São Paulo e o sul do Mato Grosso do Sul sofrem com a falta de chuvas expressivas e com um padrão árido (precipitações irregulares) desde meados de março. Produtores do Paraná já relatam perdas de produtividade na safrinha por falta de umidade no solo. Na Argentina, com pleno progresso de colheita da soja e do milho, as chuvas voltam a se regularizarem e com uma constância ideal para o progresso do plantio do trigo. No entanto, os relatos de produtividade das culturas em colheita são decepcionantes.