Páscoa neozelandesa tem parque de diversão e campeonato de WoolHandling
Nesta Páscoa os neozelandeses têm um motivo a mais pra celebrar: a Associação Agrocultural e Pastoral de Auckland, criada em 1843, está comemorando 175 anos de história com mais um Royal Easter Show.
A festividade conta com um parque de diversão montado no espaço ASB Showgrounds, localizado na região de Greenlane, Auckland. Além da diversão com os brinquedos, a área dedicada à atividade rural, faz sucesso com o público. Dentro do pavilhão os visitantes encontram competições de bovinos, ovinos, alpacas, coelhos, mini-horse e até uma área inteiramente dedicada ao contato com todas as espécies. A entrada é franca, mas para brincar com os animais é preciso fazer uma doação simbólica de 1 dólar, verba que é utilizada para manter os animais.
Mas um dos principais destaques do dia foi o campeonato de WoolHandling, aonde o objetivo é premiar os atletas com maior habilidade para separar, enrolar e limpar a lã que é tosquiada. A prática é muito conhecida na Nova Zelândia e Austrália e tem um calendário de eventos e competições ao longo do ano. O maior campeonato da modalidade é o Golden Shears, que teve início em 1961 e traz dois tipos de categoria: Shears (tosquiar) e WoolHandling (manejo pós tosa).
Na modalidade WoolHandling, algumas etapas são consideradas para garantir pontuação. O participante precisa separar os tufos bons dos ruins, jogar a lã cuidadosamente em uma mesa, retirar as beiradas que estão praticamente soltas, enrolar e ensacar a lã.
Após esse processo, todos os competidores precisam limpar suas bancadas em 1’20’’. Cada parte desse processo conta pontos que são ministrados por juízes que acompanham todas as baterias. Apesar de a agilidade contar ponto, ela não é decisiva. É preciso manter a qualidade durante todo o processo para acumular os pontos necessários.
Quinze competidores participaram do torneio que marca o aniversário da Auckland Agrocultural e a cada fase os melhores pontuados avançavam para a final, que contou com três atletas: Pagan Rimene, Monica Potae e Joel Henare.
Joel começou sua carreira aos 12 anos e em 2017 conquistou o título de campeão mundial de WoolHandling. Hoje, aos 26 anos, ele acredita que “o trabalho é mais mental e psicológico e que é preciso acreditar em si mesmo” para garantir bons resultados.
Apesar do favoritismo de Henare, foi a Pagan Rimene quem levou o primeiro lugar desta vez. “Comecei a tosquiar e a trabalhar como WoolHandling aos 15 anos durante as férias escolares. Foi minha mãe quem me ensinou”, contou a campeã nascida na região de Otago, ilha norte.
Aos 29 anos, Rimene atribui parte do resultado ao colega Joel. “Ele passou os últimos meses me ajudando na preparação para a final e dando varias dicas de como fazer algumas coisas”.
Ao todo 120 ovelhas foram tosquiadas durante a competição. A lã retirada é repassada para a indústria interna têxtil e também exportada para a Austrália.
Os finalistas recebem um prêmio em dinheiro. Pagan ganhou $900, Potae $500 and Henare $250, mas a grande campeã garante que o valor é simbólico. “A gente não vem pelo dinheiro, é o título que conta”.
Fotos: Flávia Previato
0 comentário
CNA discute segurança jurídica no setor agropecuário
Planos de contingência na avicultura precisam ser tratados com a mesma importância que a prevenção das doenças, diz especialista
Em defesa dos produtores rurais, CNA vai adotar medidas contra Carrefour e empresas francesas
Portos no BR não estão preparados para receber navios maiores e mais modernos, podendo haver colapso logístico no médio a longo prazo
Ministério da Agricultura e Pecuária apoia PL da Reciprocidade
Aprovação do Mercado de Carbono: o que muda para o agro?