Argentina: greve paralisa portos responsáveis por 80% da exportação agrícola
Trabalhadores do setor de óleos da Argentina iniciaram, na noite de terça-feira (26), uma greve por aumento salarial que irá paralisar várias unidades de moagem e portos que possuem grandes exportadores globais no polo de Rosario.
O protesto, em meio a uma elevada inflação que corrói o poder aquisitivo dos argentinos, afetará instalações da Cargill, da Bunge, da Louis Dreyfus, entre outras empresas, podendo também afetar as exportações de um dos maiores provedores internacionais de grãos e derivados.
A greve afetará o sul da zona portuária de Rosario, mas não a zona principal de San Lorenzo, onde os trabalhadores estão associados a outra agremiação. Em toda a região se embarca 80% dos produtos agrícolas exportados pela Argentina.
"A medida vem sendo tomada porque estão fracassando as negociações salariais com as câmaras empresariais", disse Daniel Yofra, secretário geral da Federação de Trabalhadores do Complexo Industrial Oleaginoso, em conversa com a Reuters.
A greve também irá paralisar as atividades em uma planta da Glencore em Bahía Blanca, onde está localizado outro porto agroexportador do país sul-americano.
Yofra disse que seu sindicato pede por um aumento salarial de 22%, maior do que os 15% que estão sendo oferecidos pelas câmaras que representam as empresas do setor.
O Governo pretende encerrar 2018 com uma inflação de 15%. A Argentina é o maior exportador mundial de farelo e óleo de soja e o terceiro provedor global de grãos de soja e milho.
Tradução: Izadora Pimenta
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