CNC iniciou, em Patrocínio (MG), as oficinas regionais para o planejamento estratégico da cafeicultura brasileira
BALANÇO SEMANAL — 19 a 23/03/2018
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO — Na quarta-feira, 21 de março, o CNC realizou a primeira oficina regional do planejamento estratégico para a cafeicultura brasileira, no Centro de Excelência do Café do Cerrado Mineiro. A anfitriã dessa etapa foi a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, que levou ao encontro oito cooperativas e sete associações afiliadas.
Segundo o presidente executivo do Conselho Nacional do Café, a principal expectativa sobre este planejamento estratégico é alcançar uma participação mais efetiva do setor cooperativo cafeeiro, representado pelo CNC, na formulação, execução e acompanhamento da política nacional e internacional, principalmente trazendo os pequenos produtores para mais próximos da atuação da entidade.
Com a efetiva participação de todos e um melhor direcionamento das ações conforme as orientações de nossa base, entendemos que será possível ter a oportunidade de transformar o Conselho em um centro de inteligência estratégica para a cafeicultura nacional e desenvolver as melhores políticas públicas e privadas no sentido de aprimorar a sustentabilidade em seu tripé ambiental, social e econômico.
Para o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis, a atividade atende ao anseio da base produtora. “Somos o maior país produtor de café do mundo, a cafeicultura distribui riqueza onde está instalada e precisamos valorizar isso. Nós, cafeicultores, buscamos ações que possam garantir a sustentabilidade da cafeicultura e tenho a certeza que esse planejamento do CNC, que contará com a participação efetiva das entidades brasileiras ligadas ao café, trará maior visibilidade a nossa política cafeeira".
É importante salientar, ainda, que a iniciativa tem apoio total da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), através do projeto SomosCoop, uma vez que nossa "entidade mãe" acredita que essa ação fortalecerá a organização setorial das cooperativas cafeeiras, permitindo que a atividade avance em inteligência estratégica no País.
Para saber mais sobre o Movimento SomosCoop, que levanta a bandeira do cooperativismo no Brasil, despertando a consciência das pessoas para a sua importância e gerando orgulho naqueles que abraçam a causa cooperativista, basta acessar o site do projeto: https://somos.coop.br/.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL — Em continuidade às ações desenvolvidas no âmbito do Instituto Pensar Agro, o Conselho Nacional do Café encaminhou, na quinta-feira, 22 de março, uma carta a todos os deputados e senadores manifestando seu posicionamento em relação ao debate sobre a construção de marco legal para o licenciamento ambiental no país.
Entendemos que é urgente a necessidade de readequação e racionalização do licenciamento ambiental para conferir maior eficiência, previsibilidade, agilidade e isenção técnica nas análises, eliminando o excesso de burocracia e a sobreposição de competências institucionais.
Destacamos, também, que precisamos de regras claras, com conceitos e critérios objetivos, que tornem o licenciamento mais rápido e simplificado para todo e qualquer empreendimento ou atividade, em consonância com o disposto na Lei Complementar 140 de 2011, especialmente quanto aos critérios de porte e localização e que assegura o equilíbrio federativo entre União, Estados, municípios e Distrito Federal para o licenciamento ambiental.
Diante deste contexto, solicitamos a todos os parlamentares apoio irrestrito ao texto substitutivo ao PL 3.729/2004, que é de autoria do deputado Mauro Pereira, na Comissão de Finanças e Tributação na Câmara Federal, pois ele melhor atende aos anseios da comunidade brasileira para o aprimoramento do processo de licenciamento ambiental.
CONSELHO DIRETOR
Ainda na quinta-feira, 22, foi realizada a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da nossa associada Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (Cocapec), com a participação de aproximadamente 400 cooperados.
Após aprovação por unanimidade da prestação de contas do exercício de 2017, foi enaltecida a gestão iniciada em 2014, composta pelo coordenador do CNC, Maurício Miarelli (presidente), Carlos Sato (vice-presidente) e Alberto Rocchetti Netto (diretor secretário), que teve como foco principal o atendimento ao cooperado e obteve aprovação de 71% dos associados, conforme pesquisa de satisfação realizada.
Para o ciclo 2018-2022, a direção da Cocapec ficará a cargo de Carlos Sato, diretor presidente; Alberto Rocchetti Netto, diretor vice-presidente; e Saulo de Carvalho Faleiros, diretor secretário. Miarelli deverá assumir, em abril, a presidência do Conselho de Administração da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão da Alta Mogiana (Sicoob Credicocapec).
Ao tempo em que desejamos pleno êxito a ambos à frente de suas tarefas nas respectivas cooperativas e enaltecemos o trabalho desempenhado até então, colocando-nos à disposição para contribuir sempre que necessário, informamos que Carlos Sato será o representante da Cocapec no Conselho Diretor do CNC juntamente com Maurício Miarelli, que segue como coordenador do Conselho.
FEIRA DO CERRADO
Também na quarta-feira, o presidente executivo do CNC prestigiou o primeiro dia da Feira do Cerrado, em Coromandel (MG), realizada pela nossa associada Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Guaxupé (Cooxupé). Trata-se de uma oportunidade ímpar para que os produtores se atualizem sobre as principais novidades técnicas e mercadológicas, além de poder realizar bons negócios através das ferramentas disponíveis, entre as quais o barter, que possibilita o pagamento por meio de sacas de café.
Na oportunidade, Silas Brasileiro expôs que o CNC iniciou um processo de discussão e diagnóstico para reavaliar a atuação da entidade no âmbito da cafeicultura, visando à sua modernização e ao fortalecimento da relação com os pequenos produtores. Entre outras ações, a reestruturação permitirá que seja alcançado um maior número de cafeicultores para alinhar a conduta de trabalho, de forma que os resultados alcançados estejam dentro dos anseios e, principalmente, da realidade da maior parte dos agricultores do Brasil.
MERCADO — O mercado internacional de café viveu nova semana sem oscilações significativas, consolidando-se nos patamares recentes. Em meio à baixa volatilidade, os futuros devem registrar movimentação mais intensa somente diante do surgimento de algum fator fundamental novo.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio/2018 do contrato "C" do café arábica avançou 95 pontos no acumulado semanal, encerrando a sessão de quinta-feira a US$ 1,19 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento maio do café robusta foi cotado, ontem, a US$ 1.742 por tonelada, aferindo leves perdas de US$ 3.
O dólar operou em terreno positivo no agregado da semana, exercendo certa pressão sobre as commodities. No Brasil, a moeda norte-americana avançou com o mercado local ampliando a busca de proteção e com saídas de recursos estrangeiros, que foram motivados pela sinalização do Copom para um novo corte da taxa Selic em maio. Além disso, operadores também apostam em uma nova redução nos juros básicos do País em junho.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que uma frente fria segue avançando lentamente pela costa da Região Sudeste e mantém a expectativa de fortes chuvas na área, em especial no trecho entre Rio de Janeiro, Espírito Santo e parte de Minas Gerais. No Estado capixaba, as precipitações devem gerar um acumulado em torno de 50 mm nos próximos cinco dias, enquanto a faixa da Mogiana paulista ao Sul mineiro registrará redução dos volumes de chuva, que deverá ocorrer de maneira mais isolada nos próximos dias.
No mercado doméstico, os preços também pouco oscilaram e os negócios seguem travados, com os agentes retraídos. Os indicadores dos cafés arábica e robusta calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) permaneceram praticamente estáveis em relação à semana passada, cotados, respectivamente, a R$ 429,91/saca (+0,66%) e a R$ 304,42/saca (+0,02%).
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