Café: Cotações do arábica fecham sessão desta 3ª com leve baixa na Bolsa de NY e revertem ganhos da véspera
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta terça-feira (20) com queda de cerca de 50 pontos. Depois de alta técnica na véspera de mais de 100 pontos, o mercado externo do arábica voltou a repercutir as recentes informações de alta produção global na safra 2018/19 e também sentiu pressão do câmbio e indicadores técnicos.
O vencimento maio/18 anotou 118,95 cents/lb com queda de 40 pontos. O contrato julho/18 fechou o dia a 121,05 cents/lb com desvalorização de 40 pontos e setembro/18, mais distante, fechou a sessão a 123,20 cents/lb com 40 pontos de perdas.
O mercado externo do arábica teve um dia de queda e estendeu as perdas acumuladas da semana passada de mais de 2%, apesar de alta na véspera. As cotações seguem com pressão do câmbio, informações mais otimistas com a produção global do grão e fatores técnicos. "O que estamos sentindo é que as cotações não têm 'forças' para trabalharem acima dos 120,00 cents/lb", disse em relatório o analista da Origem Corretora, Anilton Machado.
O dólar comercial encerrou a sessão desta terça com alta de 0,73%, cotado a R$ 3,3084 na venda, maior patamar desde 28 de dezembro (R$ 3,3144), com cautela à espera da decisão do Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, sobre as taxas de juros. A divisa mais alta tende a encorajar as exportações.
Um dos principais fatores de pressão no mercado na última semana e que segue dando pressão ao mercado é a divulgação do Rabobank. O banco elevou de 1,5 milhão de sacas para 2,6 milhões sua estimativa de superávit mundial na safra de 2017/18 e também atualizou de 900 mil para 3,2 milhões de sacas sua previsão de superávit na próxima temporada. A mudança reflete esperanças de melhora na colheita de países como a Etiópia e Nicarágua.
Para o Escritório Carvalhaes, esses dados mostram aumentos inexpressivos, dentro da margem de erro de qualquer estimativa mundial que seja feita, mas foi o suficiente para inverter a sinalização de mercado em Nova York.
Mercado interno
O mercado físico brasileiro segue com negócios isolados nas principais praças de comercialização do Brasil. Segundo o Escritório Carvalhaes, no final da semana passada, a queda na Bolsa de Nova York acabou paralisando as transações. Produtores devem voltar aos negócios com a necessidade de caixa para a colheita nas próximas semanas.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 479,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com recuo de 1,11% e saca a R$ 445,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 469,00 – estável. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Franca (SP) com alta de 2,22% e saca a R$ 460,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 447,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Franca (SP) com valorização de 2,27% e saca a R$ 450,00.
Na segunda-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 427,36 e alta de 0,06%.
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