Investigar a sensibilidade de raízes aos solos ácidos pode aumentar a produtividade
Um estudo desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Fisiologia e Bioquímica de Plantas, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ), identificou componentes das células de raízes sensíveis à acidez no solo. “No Brasil ocorrem cerca de 500 milhões de hectares de solos ácidos. Sob condições de acidez, o crescimento de raízes, principalmente em culturas como milho ou soja, são fortemente reprimidos”, aponta o autor da tese, Jonathas Pereira das Graças.
Segundo o pesquisador, uma estratégia agrícola utilizada nesses solos é a aplicação de cálcio, que visa reduzir a acidez, tornando o solo favorável ao cultivo de plantas. “Todavia, além dos custos envolvidos, tal estratégia é limitada apenas a uma camada superficial de solo e pode não ser uniforme, restando gradientes de acidez nos solos para plantio. Um menor crescimento radicular, além de reduzir a produtividade, pode ocasionar maior susceptibilidade à seca. Tal fato é relevante especialmente para cultivos sem irrigação, os quais representam uma prática comum em nossa agricultura”, explica Jonathas.
Solos ácidos
Para controle das condições de observações científicas, a pesquisa foi conduzida em laboratório simulando condições de solos ácidos e utilizando-se Arabidopsis, uma planta modelo para estudos no sistema radicular. “O foco foi identificar componentes das células de raízes sensíveis à acidez e que provavelmente estariam ligados no desencadear da morte das células sob condições de acidez”. Além disso, elaboraram-se técnicas para examinar o papel de compostos como hormônios que podem prevenir essa morte celular, auxiliando a compreensão de como as células tornam-se sensíveis à acidez.
Leia a notícia na íntegra no site SFAgro.
0 comentário
Em defesa dos produtores rurais, CNA vai adotar medidas contra Carrefour e empresas francesas
Portos no BR não estão preparados para receber navios maiores e mais modernos, podendo haver colapso logístico no médio a longo prazo
Ministério da Agricultura e Pecuária apoia PL da Reciprocidade
Aprovação do Mercado de Carbono: o que muda para o agro?
Agricultura brasileira emite, em média, 60% menos carbono do que dados internacionais
Sérgio Souza sobre bioinsumos: “Dialogamos com todos os envolvidos e consolidamos um texto robusto”