Sucesso, inovação e conhecimento marcaram a 23ª edição da Fenicafé
Foi encerrada na tarde desta quinta-feira, em Araguari, no Triangulo Mineiro, mais uma edição da Fenicafé – Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura. O evento, já tradicional no setor cafeeiro, atrai todos os anos produtores, estudantes e pesquisadores. O assunto em pauta é a irrigação em cafeicultura é tempo de irrigar com consciência.
“Além de conhecimento, a feira é o primeiro contato entre empresários e produtores. É a grande oportunidade para fechamento de negócios futuros. Além das empresas de máquinas, implementos e serviços temos também os bancos e cooperativas de crédito que oferecem taxas especiais para os produtos adquiridos durante os dias da Fenicafé”, avalia superintende da Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA), Maria Cecília, que coordena a Fenicafé. Segundo ela, a previsão de volume de negócios é a melhor possível. “Esses números serão fechados durante os próximos dias, mas como a experiência que temos os negócios fechados este ano serão melhores que o do ano passado”.
O número de empresas expositoras mais uma vez surpreendeu a organização. Mais de 80 empresas ocuparam 100 estandes em uma estrutura montada em uma área de 5 mil metros quadrados no Pica Pau Country Club. “Como se sabe todos os anos vem aumentando a presença de grandes empresas para feira, e isso é de suma importância para a realização do evento. Houve uma procura tão grande nos últimos dias, que se tivesse mais espaço este número com certeza seria muito maior”, garante Maria Cecília, superintende da ACA.
Outro fator de grande importância e que contribui para o crescimento do evento são os anuários e as pesquisas realizados pela ACA no Campo Experimental Izidoro Bronze, que são divulgadas durante o evento. Somando-se todos os anos o número de artigos passa de 600, envolvendo assuntos como genética, nutrição, tratos culturais fitossanitários, irrigação e manejo de irrigação na cafeicultura do cerrado. Segundo o pesquisador André Fernandes, pró-reitor da Uniub, a Fenicafé mais uma vez conseguiu mostrar o uso racional da água e de energia, na cafeicultura irrigada. “Renomados palestrantes mostraram pesquisas que podem melhorar o dia a dia dos cafeicultores irrigantes”, detalha.
O presidente da ACA, Claudio Morales Garcia, disse que a associação só tem a comemorar. “Possuímos uma feira, que ao longo dos anos evoluiu, buscando ficar, ano após ano, mais atrativa e principalmente dando oportunidade à cafeicultura irrigada com resultados de satisfação aos expositores e aos visitantes”. Para ele, a água é o insumo mais precioso para qualquer cultura, referindo do tema do evento em 2018: “É tempo de irrigar com consciência”.
Claudio Garcia explica que a feira termina, mas o trabalho da ACA é realizado durante o ano todo. “A ACA oferece muitos benefícios a seus associados, entre eles de assessoria, agronomia e advogados. Portanto, não só comemoramos o resultado positivo de mais uma Fenicafé, mas também aproveitamos para convidar os que não fazem parte da ACA a se associarem e se beneficiarem também destes serviços”, adianta Garcia, sem deixar de agradecer todos os colaboradores que participaram desta edição.
O público médio registrado foi de 16 mil pessoas durante os três dias de evento.
Discursos de abertura - Também presente na Fenicafé, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC) Deputado Silas Brasileiro, foi categórico em afirmar que a cafeicultura precisa da ciência e da tecnologia para avançar, referindo-se a participação do produtor rural em eventos como este.
Já o secretário executivo do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), Eumar Roberto Novacki, participou pela primeira vez da Fenicafé e gostou do que viu. No evento, ele também falou sobre a importância da agricultura e pecuária e destacou sua evolução durante os últimos anos. “Devemos lembrar sempre que um em cada três empregos são gerados no campo. Sem contar que a agricultura brasileira alimenta 1,4 bilhões de pessoas no mundo”, informa.
O vice-governador Antônio Andrade destacou a coragem da ACA em promover uma feira como a Fenicafé. “Em tempo de crise vemos a grandeza de um evento como este. Que, além de apresentar as mais novas tecnologias de irrigação, ainda demostra preocupação com os recursos hídricos”, diz referindo-se ao tema da 23ª edição da Fenicafé – “É tempo de irrigar com consciência”.
Preservação do meio ambiente - O pesquisador da Embrapa Territorial, Evaristo Miranda, apresentou na Fenicafé gráficos mostrando a atribuição, ocupação e uso das terras do território brasileiro, incluindo dados do CAR – Cadastro Ambiental Rural. Ele mostrou no evento o papel do produtor rural na preservação do meio ambiente “Cerca de 30% de todo território nacional é preservado”, afirma, dizendo que o Brasil se destaca entre os países que mais preserva o seu território no mundo. O pesquisador fez questão de apresentar o papel do produtor rural na preservação ambiental. Segundo o pesquisador, não há, no Brasil, nenhuma categoria profissional que preserve tanto o meio ambiente como os agricultores.
Ao finalizar Claudio Garcia, afirma que a feira é um aprendizado constante. “Buscamos a excelência. Terminamos um e já pensamos no próximo. Com certeza em 2019 iremos surpreender ainda mais”, finaliza
Fenicafé - A Feira reúne especialistas, estudantes e produtores de café em um mesmo espaço. É uma grande oportunidade para discussão de aspectos relevantes da cafeicultura irrigada e tem contribuído para o crescente cultivo dessa modalidade no Brasil. A Fenicafé é dividida em três partes: o Encontro Nacional de Irrigação da Cafeicultura do Cerrado, a Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura e o Simpósio de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada. É organizada pela Associação dos Cafeicultores de Araguari, em parceria com a Camda - Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina, Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores, com patrocínio do Sicoob Aracred, Coocacer Araguari, Sankhya – Gestão de Negócios. Aconteceu de 13 a 15 de março de 2018, no Pica Pau Contry Club.
1 comentário
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Carlos Rodrigues
Este ano, pelo caminho que segue, vai ser um dos anos mais amargos para os produtores de café caso não montem uma estratégia para contornar os problemas de preço.
A sugestão é reter a safra porem é especulação. Não ha nada no horizonte a não ser risco macroeconômico que faça o preço subir. Se tem algum caminho pra alta na cotação seria o dólar explodir. Por que os fundamentos estão horríveis esse ano.
Nossa!!! agora se proteger do prejuizo virou especulaçao ??
Carlo Meloni, especula-se partir do momento que passa a não mais ter o preço mercado físico ou mesmo o spot . Preço futuro é especulação a não ser em operações de hedge.