USDA corta safra da Argentina abaixo da média esperada e exportações dos EUA
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) chegou com seus novos números do boletim de oferta e demanda de março surpreendendo de um lado e mostrando seu conservadorismo de outro. Em linhas gerais, portanto, veio dentro do esperado pelo mercado.
Para a soja, entre os números da América do Sul, a safra da Argentina foi reduzida para 47 milhões de toneladas, contra 54 milhões projetadas em fevereiro. A média das expectativas do mercado era de 48,1 milhões, com números variando entre 43 e 53,5 milhões.
Ainda sobre a Argentina, o USDA revisou para baixo também os números dos estoques finais para 31,2 milhões de toneladas e as exportações para 6,8 milhões de toneladas.
No caso da produção brasileira, o novo dado é de 113 milhões de toneladas - número que veio em linha com o trazido pela Conab também nesta quinta-feira - e mais alto do que as 112 milhões do boletim anterior. As projeções do mercado variavam de 112 a 116 milhões de toneladas.
Os estoques brasileiros foram estimados agora em 21,67 milhões de toneladas, menores do que a projeção de fevereiro e, em contrapartida, as exportações nacionais foram corrigidas para cima e estimadas em 70,5 milhões de toneladas.
Soja nos EUA
Como esperado, os estoques finais de soja subiram e passaram am 15,1 milhões de toneladas, contra 14,42 milhões do boletim do mês passado. O mercado esperava uma média de 14,4 milhões, com um intervalo de 13,01 a 16,06 milhões de toneladas.
O esmagamento subiu e passou a 53,34 milhões de toneladas, enquanto as exportações recuaram e passaram de 57,15 para 56,2 milhões de toneladas.
Soja Mundo
A produção mundial de soja foi estimada pelo USDA em 340,86 milhões de toneladas, contra mais de 346 milhões estimadas há um mês. Já os estoques finais mundias passaram de 98,14 para 94,4 milhões de toneladas. O número fica abaixo da média esperada de 95,5 milhões, mas dentro do intervalo esperado de 93,7 a 98 milhões de toneladas.
Milho EUA
No cenário norte-americano, o USDA trouxe uma redução considerável dos estoques finais de milho do país, os quais foram estimados em 54,03 milhões de toneladas, contra 59,74 milhões de fevereiro. A média esperada pelo mercado era bem mais alta, de 58,4 milhões de toneladas.
Na outra ponta, revisou o esmagamento e as exportações americanas para cima, com números que ficaram em 141,61 milhões e 56,52 milhões de toneladas. No boletim anterior, esses dados vieram em 140,34 e 48,9 milhões de toneladas.
Milho América do Sul
Como aconteceu com a soja, o USDA trouxe para menos também a safra de milho da Argentina, a qual caiu de 39 para 36 milhões de toneladas. Ainda assim, os estoques finais foram mantidos em 5,27 milhões, mas as exportações caíram para 25 milhões de toneladas, contra 27,5 milhões do boletim de fevereiro.
No quadro brasileiro, baixa na produção de 95 para 94 milhões de toneladas, alta nos estoques finais para 11,42 milhões e manutenção das exportações em 35 milhões de toneladas.
Milho Mundo
No cenário global, destaque para a correção para baixo dos estoques finais de 203,09 para 199,17 milhões de toneladas.
2 comentários
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Vilson Ambrozi Chapadinha - MA
Enquanto a produção vai caindo, o consumo continua subindo... Há muitos anos que a taxa está ao redor dos 3%. No caso deste ano, beira 10 milhões de ton. Portanto este numero tem que ser acrescentado às perdas.
Andre Luis Mariani
Ai USDA, tentando tampar o sol com a peneira !