ABRAFRIGO apoia investigações, mas pede urgência na mudança na legislação sanitária para resolver problema da presença da salmon
Preocupada com os efeitos desta terceira etapa da Operação Carne Fraca sobre o patrimônio empresarial do setor de frigoríficos brasileiros que levou décadas para ser formado, gerando mais de 4 milhões de empregos e com a possível perda da confiança internacional sobre os produtos brasileiros que visam o mercado exportador, a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) defendeu em nota a “urgente mudança na legislação sanitária para resolver problema da presença da salmonella nas carnes”.
“Nós já encaminhamos um expediente a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária em maio do ano passado solicitando “uma urgente e eficaz revisão da legislação sanitária vigente que possa estabelecer os padrões microbiológicos de alimentos para consumo humano, em especial a incoerência da questão da Salmonella”, cuja presença nas carnes levou a suspensão da produção e comercialização de alguns produtos de empresas em decorrência da Operação “Carne Fraca”, da Polícia Federal e que agora volta a ganhar notoriedade em virtude de uma nova ação da Polícia Federal.
“Se há irregularidades a ABRAFRIGO defende investigações aprofundadas e corretas que levem a exemplar punição aos envolvidos, mas é preciso lembrar que este problema aflige a indústria de carnes há muitos anos. Notadamente aquelas empresas que se dedicam ao processamento industrial de embutidos tendo como matéria-prima carnes cruas como os fabricantes de hambúrgueres, almôndegas e outros produtos formatados cujos ingredientes incluem a carne de frango e a carne suína. A legislação atual, emanada tanto do Ministério da Agricultura, do Ministério da Saúde e da própria ANVISA é dúbia, subjetiva e contraditória. Como pode um setor industrial utilizar a matéria-prima em cuja presença a salmonella não é proibida e obter um produto acabado sem salmonella?”, indaga a entidade que reúne empresas que representam mais da metade do mercado de carne bovina do país. “É por isso que solicitamos reiteradamente que se busquem normas regulatórias que ofereçam segurança para o consumidor e que respeitem o direito das empresas em trabalhar com parâmetros legais certos e definidos para resolver este tipo de problema e evitar situações como a encontrada pela terceira etapa da Operação carne Fraca”, conclui a nota.
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