BRF afunda na BM&F Bovespa e leva junto outros frigoríficos, principalmente o JBS
Como se esperava do primeiro dia da Operação Trapaça, arrastando a BRF na esteira da Operação Carne Fraca, as ações do grupo despencaram 19,75%. O principal papel ordinário, BRFS3.SA vai abrir esta terça (6) cotado a R$ 24,75, com os investidores pagando o preço pelas fraudes que tapeavam as notificações de salmonela animal em granjas integradas do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Goiás, além de problemas em uma planta de ração.
Até o meio da tarde de ontem, com os ativos da empresa rolando ladeira abaixo, a estimativa era de uma perda de mais de R$ 5 bilhões em valor de mercado. Ao final do pregão - com o Ibovespa subindo 0,3%, a pouco mais de 86 pontos - possivelmente a perda de valor da BRF somando o número de papés em circulação e o valor de face foi ampliado.
Para um grupo que sofreu prejuízo recorde de mais de R$ 1 bilhão em 2017, com o presidnete do Conselho, Abílio Diniz, tendo a cabeça pedida pelos principais acionistas (Petrus, por exemplo) – foi convocada uma reunião do Conselho para dia 26 - e o risco de um alastramento dessa crise atingir grandes mercados de seus mais de 150 compradores internacionais, a situação ficou mais crítica.
Em efeito manada, os traders trataram também de liquidar posições mantidas dos outros grupo frigoríficos, JBS, Marfrig e Minerva. Pelas dúvidas, caso as investigações chegassem a eles, ou, mais provavelmente, pelo impacto negativo no exterior contaminando todos os exportadores de proteína animal – igual no estopim da Carne Fraca, em 2017 -, foram dadas ordens de venda.
A JBS foi a que mais sentiu. Afinal, ela está no setor de aves também – e foi uma das principais envolvidas nas fraudes descobertas o ano passado. O JBSS3.SA, a ação mais negociada do grupo, perdeu 5%, cotada a R$ 9,50.
Marfrig e Minerva saíram menos chamuscadas da Bovespa, relativos a seus pesos no mercado, mas saíram. Perderam em torno de 1,5 a 2%.
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