Zona núcleo da Argentina estaria vivendo seca mais importante dos últimos 70 anos, diz entidade rural
De acordo com a Sociedade Rural de Rosario, a seca em vários lugares da zona agrícola núcleo da Argentina - Santa Fe, o norte de Buenos Aires e o sudeste de Córdoba, onde estão as terras mais produtivas - seria a mais importante dos últimos 70 anos.
"Apenas no verão de 1945 que tivemos registros pluviométricos semelhantes aos atuais, com apenas 25mm a 35mm", indicou a entidade.
Segundo um documento publicado pela Sociedade no Facebook, "as chuvas que caíram ao longo do ano representam apenas 15% da média de chuvas para este período, que são de, geralmente, 200mm para janeiro e fevereiro. Cabe destacar que este verão também foi particularmente quente".
A entidade destaca ainda que a soja poderá ter perdas por volta dos 10 milhões de toneladas em relação ao volume esperado a nível de país.
Para a zona núcleo, a Bolsa de Comércio de Rosario (BCR) estimou, na última sexta-feira (16), que a produção de soja na região cairia em quase 4 milhões de toneladas em relação ao ano passado, já que a colheita 2017/18 nessa região seria de 16,8 milhões de toneladas, contra 20,6 milhões do ciclo anterior.
A nível país, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires aponta que há mais de 13 milhões de hectares com soja, milho e girassol com uma condição de cultivo entre regular e ruim.
"O cultivo de milho segue o mesmo padrão de deterioração em seus rendimentos", aponta a Sociedade Rural de Rosario, que acredita que essa incerteza é aumentada pelo fator clima e também pelo aumento dos custos de produção, dos impostos, dos incrementos no preço do diesel, na falta de controle da inflação e na alta taxa de juros, entre outros itens.
Tradução: Izadora Pimenta
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