ANÁLISE DA REUTERS – Brasil tomará liderança dos EUA na exportação de milho em 5 anos
CHICAGO (Reuters) - O Brasil pode eclipsar os Estados Unidos como o maior exportador de milho dentro de cinco anos, dando fim a décadas de domínio norte-americano do mercado de um dos alimentos básicos do mundo.
Produtores dos EUA, que por gerações se orgulham de estar no celeiro do mundo, agora sofrem com os preços dos grãos e infraestrutura envelhecida. Os esforços de Washington para renegociar acordos comerciais também podem afetar as exportações.
Ao mesmo tempo, o Brasil está colhendo os benefícios de seu investimento massivo em infraestrutura para exportação. Em 2012/13, o país sul-americano ultrapassou os EUA como maior exportador de soja. Três anos depois, a Rússia desbancou os EUA do primeiro lugar na exportação de trigo.
"Se você olhar cinco, dez anos adiante, o Brasil vai competir com os EUA para ser o primeiro exportador de milho do mundo", disse Michael Cordonnier, presidente da consultoria Soybean and Corn Advisor.
"Eles têm terra: centenas de milhões de hectares que podem ser voltados para a produção; eles têm o clima; eles têm o know-how. Do ponto de vista agronômico, não há limites a vista."
Bilhões de dólares investidos nos portos do Brasil, principalmente no Norte, encerraram anos de atrasos crônicos na exportação, tornando o envio mais barato, impulsionando compras de consumidores como a China.
Além de soja, o Brasil também é o maior fornecedor de carne bovina, de frango, açúcar, café e suco de laranja.
O Brasil está aquém dos EUA em infraestrutura rodoviária, mas melhorias graduais são esperadas na área. Os fazendeiros norte-americanos enfrentam seus próprios desafios.
Um bloqueio no sistema de barragens nos rios do Meio-Oeste feriu a reputação dos EUA como fornecedor de grãos mais confiável do mundo.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) projeta que as exportações de milho dos EUA vão diminuir em 6,2 milhões de toneladas, volume avaliado em aproximadamente 1 bilhão de dólares, no atual ano comercial.
Enquanto isso, espera-se que as exportações de milho do Brasil aumentem em 1 milhão de toneladas ante o ano anterior, acelerando a ascensão do Brasil no setor.
"Se nós não olharmos para o futuro, terá um ponto em que seremos empurrados para o segundo lugar", disse Fred Helms, um fazendeiro de Illinois que viajou recentemente pelo Brasil e pela Argentina com o Illinois Farm Bureau para ter uma noção da competição.
"Não é divertido ser o número dois."
O clima mais quente do Brasil dá aos produtores uma temporada mais longa do que seus equivalente nos EUA. A maior parte dos produtores brasileiros pode semear o milho logo após colher a soja, plantando duas safras de milho por ano. Os fazendeiros dos EUA têm que esperar o inverno passar.
Isso levou a um salto nas plantações de milho brasileiras já que os fazendeiros lutam para impulsionar a produção de soja para satisfazer a demanda da China, disse Cordonnier.
Espera-se que o milho dos EUA represente apenas 33,8 por cento das exportações globais de milho no ano-safra de 2017/18, caindo dos 62,6 por cento de uma década atrás, de acordo com as projeções do USDA.
As projeções do Brasil da exportação de milho de 35 milhões de toneladas corresponderiam a 22,7 por cento dos embarques globais.
Apenas 20 anos atrás, o Brasil exportou apenas 6 milhões de toneladas, menos de 1 por cento do total mundial.
"Dez anos atrás ninguém acreditaria que o país alcançaria isso", disse Sérgio Mendes, diretor-geral da Anec, a associação dos exportadores de cereais do Brasil. "Os produtores do Brasil são muito eficientes e as coisas aconteceram rápido."
Os dados mais recentes do governo do Brasil mostram que o país exportou 3 milhões de toneladas de milho em janeiro, mais que o dobro das 1,45 toneladas enviadas para exterior um ano antes.
MANTER UM LUGAR
Os EUA caíram brevemente da sua posição como maior exportador de milho em 2012/13, mas isso foi causado pela seca. Da próxima vez que o Brasil ultrapassar os EUA provavelmente será algo duradouro.
Mudanças em pactos comerciais podem acelerar o declínio da participação de mercado dos EUA. Os EUA, o Canadá e o México estão renegociando o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês).
Esse acordo deu aos fazendeiros norte-americanos livre acesso ao seu principal cliente, o México, que representava 23,8 por cento dos envios de milho dos EUA no ano-safra de 2016/17.
Vendedores brasileiros já estão fazendo incursões ao México.
Por enquanto, o USDA prevê que os EUA vão se manter como o principal exportador de milho pela próxima década, mas com a participação de mercado caindo para menos de 30 por cento.
"Nós não somos mais os únicos jogadores no mundo", disse Mark Welch, professor assistente no Departamento de Econômia Agrícola na Universidade do Texas A&M.
"É crítico que os EUA mantenham um lugar à mesa em se tratando em acordos comerciais, relações comerciais e parceiros comerciais."
Na FOLHA: Brasil dominará o mercado de commodities em 10 anos (relatório do USDA)
Estimativas são previsões que nem sempre se confirmam, mas, a apostar no que diz um relatório do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) desta quinta-feira (15), o Brasil abocanhará uma boa parcela do mercado mundial de commodities nos próximos dez anos.
O país será responsável pelo fornecimento de quase metade (47%) dos 205 milhões de toneladas da soja que será comercializada no mundo daqui a uma década.
Em dez anos, a China vai ter uma elevação de 47% na importação de soja, atingindo um patamar de 143 milhões de toneladas da oleaginosa. Mas não vai ficar nisso: os chineses vão incrementar também as compras de milho. Em 2028, deverão adquirir 7,5 milhões de toneladas do cereal, um aumento de 150%.
Segundo as previsões do Usda, a elevação do padrão de renda na China tornará o país mais dependente do mercado externo também em relação à aquisição de proteínas. As importações de carne bovina deverão crescer 73%, atingindo 1,6 milhão de toneladas, e as de frango, 36%, num total de 660 mil toneladas.
Leia a notícia na íntegra no site da Folha de S. Paulo.
Cálculos de emissão de carbono e de uso de água pela pecuária estão superestimados (por Marcos Sawaya Jank)
De um lado, grupos internacionais propõem a taxação do consumo de carne bovina em razão do carbono emitido pela pecuária de corte. Não faltam acusações de que a pecuária é causa direta do desmatamento, prejudica o clima e consome água em excesso.
Do outro, passou despercebida a notícia que a Indonésia, quarto país mais populoso do mundo, com 260 milhões de habitantes, vai abrir seu mercado de carne bovina para o Brasil. O país consome só 3 kg/habitante/ano e não quer depender apenas da carne cara da Austrália ou da carne de búfalo de baixa qualidade da Índia. Ocorre que a grande maioria das pessoas do planeta quer consumir mais carnes, e o Brasil tem lugar central para satisfazer esse desejo.
É fato que a pecuária ocupa 20% da superfície do país, o dobro da área usada pela agricultura. Por isso o uso da água e as emissões de gases de efeito estufa são proporcionalmente maiores, o que coloca os bovinos sob intenso tiroteio.
Mas é preciso considerar a verdade dos fatos e as grandes mudanças que estão acontecendo nesse setor.
O cálculo dos altos volumes de carbono emitidos pelos bovinos está correto. Mas há um erro crasso na estimativa do balanço do ciclo de vida da atividade, que desconsidera o sequestro (captura) de carbono pelas pastagens e a grande quantidade de carbono retida e incorporada pelos capins no solo.
Incapaz de consumir todo a quantidade disponível, os bovinos retiram apenas de 30% a 40% do que é produzido nas pastagens. O restante volta ao solo e se junta às raízes, reciclando todos os nutrientes do material, inclusive o carbono.
Há ainda uma controvérsia em relação ao potencial de aquecimento global dos diferentes gases —principalmente em relação ao cálculo do metano emitido pelos bovinos—, cujas emissões estariam sendo superestimadas na metodologia atual.
Em sistemas com pastagens mais produtivas e maior desempenho animal, a incorporação de carbono pelas pastagens neutralizaria o que é emitido pelos bovinos. Pesquisas recentes da Embrapa enriquecem a base de conhecimento sobre tema, derrubando a crença comum de que a pecuária seria necessariamente emissora líquida de carbono.
Já a associação da pecuária com o desmatamento baseia-se na história da ocupação do território. Durante meio século a falta de infraestrutura e versatilidade da criação de gado fez a pecuária ser a única alternativa viável para colonizar as áreas de fronteiras. Não é mais o caso.
Entre 1990 e 2016, a área de pastagens caiu de 190 milhões para 165 milhões de hectares. No mesmo período, o rebanho bovino aumentou 40%, e a produção de carne bovina duplicou. A tese do desmatamento causado pela pecuária não faz mais sentido, ainda que ele ainda ocorra como exceção, e não como regra.
O uso da água também compõe o arsenal de ataques à pecuária. Quando se diz que a pecuária usaria 15 mil litros de água por kg de carne produzida, nunca se esclarece que 99% desse volume vem das chuvas que caem sobre pastos, que retornam para a atmosfera pela chamada evapotranspiração do sistema solo-planta. As plantas são verdadeiros dutos, pelos quais a água está sempre subindo das raízes até as folhas, que transpiram e devolvem essa água para a atmosfera, à semelhança do que ocorre nas florestas.
O fato é que o Brasil é um dos melhores lugares do mundo para produzir gado a pasto, pois temos maior abundância de sol, clima favorável, água de chuva e tecnologia. É claro que há grandes disparidades na pecuária brasileira e bastante ainda a melhorar. Mas os ganhos de produtividade e a tendência de intensificação sustentável da pecuária são inquestionáveis.
Eficiência produtiva com sustentabilidade é o caminho, e o Brasil tem os instrumentos para tanto.
Este artigo foi escrito em parceria com MAURICIO PALMA NOGUEIRA, engenheiro agrônomo e consultor em agronegócio. Marcos Sawaya Jank é especialista em questões globais do agronegócio. Vive em Cingapura.
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Guilherme Frederico Lamb Assis - SP
Sobre a primeira reportagem (a análise da Reuters quanto às exportações brasileiras de milho em 5 anos): Me assusta uma previsão assim, baseada em teorias e deixando de lado a realidade. É o tipo de análise que acaba criando bolhas financeiras e prejudicando o setor produtivo.... Vou por partes:
1). Atribuir perda de market share das exportações de milho as renegociações de acordos comerciais dos EUA com seus parceiros não passa de terrorismo político de quem esta assustado em perder uma teta para mamar. Já alardearam que o Brasil iria ganhar muito mercado de milho no México ano passado e esse ano, e no final era pura torcida e propaganda. 2). Dizer que o Brasil está investindo pesadamente em logística me parece meio míope, pois na pratica não vemos quase nenhuma melhoria efetiva, apenas manutenção do que está ruim ou meio ruim. Não temos e nem teremos novos modais ativos e efetivos em 5 anos e acho que nem em 10 anos. Mesmo os EUA que agora estão começando a sentir o peso dos anos sobre as eclusas do Mississippi e algumas linhas férreas, ainda sim estão anos luzes a frente de nós e isso não vai mudar em décadas. O problema deles é de muito mais fácil solução que o nosso. Basta ver a diferença do custo médio de frete aqui e lá. Não adianta esses ditos pesados investimentos em portos se para o grão chegar no porto é um inferno, literalmente. Não vejo também uma mudança drástica o nosso sistema prontuário, vejo melhorias, mas melhorias em relação ao que tínhamos antes, não comparado aos países de primeiro mundo. Resumindo, todos têm problemas, mas se comparar os problemas dos EUA com o Brasil em infraestrutura, fica óbvio que eles estão em ótima condição nesse caso. Não me recordo exatamente, mas foi no evento Commodity Classic em San Antonio no Texas em 2016 que um palestrante disse aos Americanos "vocês acham as estradas aqui ruins?, precisam ver o que é estrada ruim no Brasil". 3). Basear-se em uma previsão de queda de exportação de milho este ano nos EUA e uma leve alta na do Brasil para afirmar que isso é uma tendência de longo prazo é desconsiderar sazonalidade e particularidades do mercado. Também dizer que tomaremos lugar de outro produtor pois somos o primeiro em soja, suco e laranja e outras commodities carece de fundamentação técnica. 4). Quanto a parte agronômica e climática, nós temos terras sim, mas temos código florestal, temos burocracia, temos socialismo atrapalhando tudo e todos. Quanto custa no Brasil, abrir um hectare de terra, nem digo de mata nativa, fiz uma cotação para destocar, limpar e corrigir uma área de pinheiros comerciais, entre operações de destoca, limpeza, correção de solo (calagem, gessagem, fosfatagem e potassagem) e operacões referente a essas correções se gasta tranquilamente 15 mil reais em um hectare. Isso que nem precisa de licenças ambientais e tudo mais, só em operação e corretivos/fertilizantes. Quanto a ter clima, vejo isso do clima tropical mais como propaganda ufanista, nosso clima não é tudo isso que dizem. É irregular quanto a regime pluviométrico, temperatura escaldante sendo tudo isso propicio a aparecimento de pragas, fungos e ervas daninhas nas lavouras. Nesses aspectos os climas subtropicais e temperados são muito mais favoráveis para a produção agrícola. Estabilidade e "baixa" pressão de pragas. Temos diversas questões agronômicas do clima tropical que são complexas sim. O que mais me assusta quanto ao milho, e aí faço coro ao que o colega Elcio Sakai comentou, duas safras não é vantagem alguma, estamos sendo forçados a fazer mais safras sobre a mesma área para conseguir diluir os pesados custos fixos e alguns semi variáveis como folha de pagamento operacional. Isso não está sendo vantagem alguma, estamos apenas jogando produção no mercado que acaba por desequilibrar ainda mais as relações de oferta e demanda das commodities e deprimir preços, apenas para conseguirmos manter as operações. Imaginem se o Brasil deixa de fazer uma safrinha de milho, vai fazer com que a soja suba, o milho suba o trigo suba e tudo mais, devido a competição por área que isso vai gerar. 5) Particularidades agronômicas, no caso do milho, temos enormes entraves nessa cultura, fato evidente na perda de área de verão ano após ano no Brasil. Basta comparar a produtividade média dos EUA com a nossa, literalmente a média por hectare lá é o dobro da Brasileira. Milho é muito mais sensível a stress hídrico e oscilações de temperatura do que a soja, nesse caso o clima tropical não ajuda muito, tanto que estamos empurrando o milho para segunda safra, onde o clima é mais amenos apesar de menos chuvas. Sem contar questão do manejo de nitrogênio (N), o qual o milho é altamente dependente via aporte mineral/químico, nos falta tecnologia e técnicas para diagnosticar as necessidades e os momentos ideias da cultura além de nossas fontes do produto terem diversas interrogações. E o custo disso tudo, um kg de N hoje no Brasil custa bem mais que um Kg de N nos EUA, sendo que as vezes estamos aplicando esse fertilizante caro sem ferramentas que de diagnóstico e aplicação que tragam resposta desse investimento, coisa que fica evidente na produtividade média Brasileira em relação aos EUA. Duas safra de milho sequenciais é inviável, a de verão já está inviabilizada por custos de produção do milho serem o dobro da soja, imagine esse risco em pais como nosso, com clima instável e riscos financeiros altíssimos sem seguro agrícola. Produtor de milho de verão no Brasil está fazendo roleta russa, isso sim. Imagine fazer uma sequência de milho sobre milho, onde a área não vai ter a fixação natural de N que a soja propicia, aliás esse é um dos principais motivos da safrinha ainda ser viável no Brasil, a soja deixa de brinde em torno 80 kg de N no solo por há, reduzindo a necessidade compra de fertilizante químico/mineral. Vejo com muita ressalva essa análise, temos problemas sérios demais para mudar esse quadro que está sendo pintado. Não posso me estender mais no comentário agora durante a colheita, problemas demais para resolver.Guilherme esse seu comentatio me fez lembrar a estoria do CORVO e da RAPOSA,
onde a RAPOSA fica elogiando e enchendo a bola do CORVO no intuito do Corvo deixar cair o queijo que esta' segurando na boca---
Exatamente Carlo, vamos a alguns números. Esse ano safra que abrange o período de fevereiro de 2017 a janeiro de 2018 o Brasil exportou 30,8 milhões de toneladas de milho, nosso Record em um ano safra.
Os EUA no ano safra deles que abrangem um período diferente, deve atingir 52 milhões de toneladas.
É muita distancia para se tirar em 5 anos com a nossa realidade, onde o milho verão perde área ano após ano por inviabilidade econômica e safrinha com riscos enormes para produtor também pode estar alcançado um limite de área.
Eu mesmo esse ano reduzi 30% da área de milho safrinha, com planejamento financeiro para poder suportar os custos e despesas do período, pretendo não mais plantar safrinha em toda área salvo uma mudança radical no panorama de produção.
Milho verão esta impraticável, custo altíssimo, risco climático, problemas de liquidez e mercadológicos.
Difícil acreditar que vamos dobrar a nossa produtividade em 5 anos e chegar nos níveis dos EUA, e o mesmo ficara estagnado ou mesmo aumentar a area de milho no pais com essas condições.
O que tem mais chances de crescer em área é soja.
José Roberto Mantuani Dourados - MS
Parabéns por divulgar estas informações. É assim que pouco a pouco vamos conscientizando nosso povo para onde temos que focar no Brasil... Nossa verdadeira vocação... AGRONEGÓCIO é o nosso futuro e de nossos filhos...
elcio sakai vianópolis - GO
Lembro que a 10 anos atrás, falava-se que o Brasil iria ser o celeiro do mundo num futuro próximo, compramos a ideia e hoje produzimos muito mais do que aquela época, abastecendo o mundo com mais cereais, carne, etc., ficamos reféns de nossas produtividades, sempre produzindo mais e o custo sempre acompanhando. Do que adianta viver numa utopia, onde matamos a fome do mundo e como consequência descapitalizamos anos após anos. Do pouco lucro que temos, somos obrigados a financiar este governo onde a fome é crescente, pagamos e produzimos com orgulho, porem cada ano que passa somos mais penalizados. Temos uma capacidade enorme de produzir produtos primários, mas será que não é a hora de dar uma parada e refletirmos se está sendo viável essa ideia que sempre nos vende e sempre compramos. Não está na hora de dividirmos este peso que sempre jogam em nossas costa, com a indústria. Se temos umas das melhores matérias primas, com o melhor custo benefício do mundo, já não passou da hora da indústria processar uma quantidade maior, valorizando ainda mais a sua marca, e ajudando ainda mais este nosso maravilhoso BRASIL, assim como a agricultura vem todo ano fazendo.
Sr ELCIO, a maioria das industrias processadoras de soja sao multinacionais comandadas por funcionarios onde o salario individual pesa mais do que o interesse global da empresa... Ja tive um colega que me disse: Por que você se preocupa em arranjar mais trabalho e problemas se o nosso salario permanece num determinado patamar?
Em economia estudamos na função de produção, fatores de produção quantidade produzida depois quantidade produzida - renda. Estamos no que chamamos renda marginal onde ao incrementarmos fatores de produção diminuímos nossa renda. A Agroindústria é isso, é assim que funciona pulveriza fornecedores de matéria prima com isso a certeza do fornecimento por parte de produtores. Impõe preços a seus produtos, se eu não fornecer outro o faz. Me fornece assistência técnica, me fornece insumos, me fornece credito. A saída , unica saída é o agro negocio a verticalização da produção por parte só produtor , agregar valor ao seu produto final e participar financeiramente desse resultado. Quando lemos Brasil exporta, o correto seria agroindústria multinacional na maioria exporta. Produtor só trabalha!!!!!
Sálvio Gonçalves Gonçalves Alfenas - MG
Vamos ocupar o lugar reservado ao Brasil na Agropecuária mundial. Grande noticiário. Obrigado.