Bovespa recua mais de 1% com exterior negativo; Embraer sobe mais de 7%
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa brasileira iniciou esta sexta-feira no terreno negativo, na esteira de perdas em praças acionárias no exterior, com as ações preferenciais dos bancos Itaú Unibanco e Bradesco entre as maiores pressões negativas do Ibovespa.
As ações da Embraer eram destaque de alta, em meio a notícia sobre acordo relacionado às negociações entre a fabricante de aviões brasileira e a norte-americana Boeing.
Às 11:15, o principal índice de ações da B3 caía 1,39 por cento, a 84.309 pontos, com alta em apenas cinco das 64 ações da carteira.
O volume financeiro no pregão somava 1,46 bilhão de reais.
De acordo com profissionais da área de renda variável, investidores aproveitavam o quadro externo ruim para embolsar lucros recentes com a forte alta das ações brasileiras neste começo de 2018.
Até a véspera, o Ibovespa acumulava elevação de 11,9 por cento no ano.
No exterior, o humor dos agentes financeiros era minado por resultados corporativos que desagradaram, incluindo os números do banco alemão Deutsche Bank, e alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.
Investidores também estão na expectativa de dados do mercado de trabalho norte-americano.
DESTAQUES
- BRADESCO PN perdia 1,99 por cento, em dia negativo no setor bancário do Ibovespa, com ITAÚ UNIBANCO em queda de 1,94 por cento. .
- VALE caía 1,15 por cento, também pesando no índice, apesar da alta nos preços do minério de ferro à vista na China.
- EMBRAER liderava os ganhos do Ibovespa, com alta de mais de 7 por cento. Em seu blog, a jornalista Miriam Leitão disse que a empresa brasileira e a Boeing vão criar uma terceira empresa, que ficará encarregada da operação comercial da fabricante de aviões.
- CIELO subia 0,74 por cento, revertendo perdas da abertura, tendo no radar resultado do quarto trimestre, com lucro líquido ajustado de 1,1 bilhão de reais e estimativas para 2018.
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON caíam 1,56 e 1,13 por cento, respectivamente, após altas fortes na véspera, em sessão sem viés claro para os preços do petróleo no mercado internacional.
- GRUPO PÃO DE AÇÚCAR cedia 2,96 por cento, entre as maiores quedas, engatando a quinta sessão consecutiva no vermelho.
(Por Paula Arend Laier)
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