Ibovespa recua seguindo exterior, mas temporada de balanços começa bem com Fibria

Publicado em 30/01/2018 20:06

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice de ações da B3 fechou em queda pelo segundo pregão seguido nesta terça-feira, acompanhando a realização de lucros de bolsas no exterior, mas o movimento foi atenuado por ganhos no setor de papel e celulose após resultado forte da Fibria no quarto trimestre de 2017.

O Ibovespa caiu 0,25 por cento, a 84.482 pontos. O volume financeiro somou 9,873 bilhões de reais.

De acordo com profissionais da área de renda variável ouvidos pela Reuters, muitos investidores decidiram colocar no bolso os ganhos recentes, após o Ibovespa ter renovado máximas desde o início do ano, ultrapassando 85 mil pontos na semana passada pela primeira vez.

Um desses profissionais também citou uma presença mais fraca de estrangeiros na sessão, classe de investidor que vem dando suporte à bolsa paulista. "O volume negociado hoje foi mais fraco do que na semana passada, o que demonstra que o fluxo diminuiu", disse.

Na semana passada, o giro médio diário ficou ao redor de 12,8 bilhões de reais. No ano, é de pouco mais de 10 bilhões de reais. Já o saldo positivo de estrangeiros na Bovespa em 2018 superava 9 bilhões de reais até o dia 26.

No exterior, o norte-americano S&P 500 caía quase 1 por cento neste final de tarde.

Do lado positivo, a temporada de balanços das empresas listadas no Ibovespa começou com números fortes da fabricante de celulose Fibria. Analistas esperam, de modo geral, números sólidos e melhores do que um ano atrás para as companhias brasileiras nesta safra de resultados.

DESTAQUES

- PETROBRAS ON e PETROBRAS PN caíram 2,44 e 1,81 por cento, na esteira do recuo dos preços do petróleo no mercado internacional, além de noticiário intenso da companhia no final da segunda-feira, incluindo dados das reservas provadas da companhia.

- VALE perdeu 1 por cento, também pesando no índice, diante da queda dos preços do minério de ferro à vista na China.

- ITAÚ UNIBANCO PN fechou em baixa de 0,39 por cento, encerrando longe da mínima da sessão e ajudando a atenuar a pressão negativa. BRADESCO PN também colaborou ao reverter as perdas vistas mais cedo e encerrar em alta de 1 por cento. BANCO DO BRASIL cedeu 0,39 por cento e SANTANDER BRASIL, que divulga balanço após o fechamento, terminou com variação negativa de 0,2 por cento.

- QUALICORP cedeu 3,95 por cento, maior queda do Ibovespa. Analistas do BTG Pactual aguardam números fracos para a administradora de planos de saúde coletivos no balanço do quarto trimestre. Na contramão, ainda no setor de saúde, FLEURY subiu 2,41 por cento. Neste caso, a equipe do BTG avalia que o resultado pode surpreender, com expansão de margem.

- FIBRIA avançou 2,02 por cento, após repercussão positiva ao resultado do último trimestre, particularmente o desempenho do Ebitda ajustado. O setor de papel e celulose como um todo foi contagiado pelo balanço, com SUZANO PAPEL E CELULOSE fechando em alta de 2,88 por cento e KLABIN UNIT subindo 0,44 por cento.

Nos EUA índices caem pressionados por ações de saúde e rendimento de títulos

(Reuters) - As ações dos EUA caíram pela segunda vez consecutiva nesta terça-feira, com o Dow registrando a maior queda em dois dias desde setembro de 2016, pressionado por ações do setor de saúde e pelo aumento do rendimento dos Treasuries dos EUA.

O índice Dow Jones caiu 1,37 por cento, a 26.077 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 1,089878 por cento, a 2.822 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,86 por cento, a 7.402 pontos.

O Dow também teve sua maior retração diária desde maio de 2017 e a queda de 1,37 por cento no dia foi a segunda maior para um único dia desde a eleição de Donald Trump.

Os rendimentos do Tesouro dos Estados Unidos subiram para máximas em vários anos após o início da reunião de dois dias do Federal Reserve, banco central norte-americano, que poderia jogar luz sobre as perspectivas econômicas e de alta das taxas de juros adotadas pelo banco.

"Os investidores estão se recuperando do fato de que os juros aumentaram", disse Jonathan Mackay, estrategista de investimento da Schroders.

O movimento de venda elevou preocupações dos operadores com um possível choque de curto prazo nas ações e o indicador de volatilidade Cboe, amplamente utilizado em análises de curto prazo sobre as ações nos EUA, subiu 0,95 pontos, a 14,79, seu fechamento mais alto desde 17 de agosto.

As ações do setor de saúde derrubaram os principais índices depois de informações de que a Amazon.com, Berkshire Hathaway e JPMorgan Chase&Co formarão conjuntamente uma empresa para ajudar a controlar os custos com seus funcionários nos EUA.

O índice S&P 500 Healthcare foi o que mais recuou nesta terça-feira entre os 11 principais setores, com queda de 2,13 por cento.

Preços do petróleo caem pelo segundo dia com evidências de alta da produção nos EUA

HOUSTON (Reuters) - Os preços do petróleo caíram pelo segundo dia nesta terça-feira, impulsionados pela evidência contínua do aumento da produção de petróleo nos EUA, enquanto os investidores cautelosos venderam ações, títulos e commodities.

Os futuros do Brent para entrega em março encerraram em queda de 0,44 dólar, ou 0,6 por cento, a 69,02 dólares o barril, após tocar uma mínima de 68,40 dólares mais cedo na sessão.

Os futuros dos EUA (WTI) caíram 1,06 dólar, ou 1,6 por cento, para fechar a 64,50 dólares o barril.

"Estou inclinado a ver isso como uma pausa na parte superior. Os fundamentos técnicos agora estão dizendo para esperar por mais informações, passar para uma posição mais neutra e esperar e ver o que acontece aqui", disse Brian LaRose, analista técnico da United-ICAP

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Fonte:
Reuters

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