Em relatório especial, INTL FCStone analisa mercado de commodities em 2018
O clima continua roubando a cena. Neste primeiro trimestre de 2018, este fator deve configurar o centro das atenções do mercado de milho, sendo importante não só para o desenvolvimento das lavouras que já foram plantadas na América do Sul, mas também para o cultivo da ‘safrinha’ no Brasil e para a finalização da semeadura na Argentina. Nos Estados Unidos, a definição da área da safra 2018/19 deve ser central, com grande possibilidade de novo recuo.
Para a soja, o ano de 2018 começa com preocupações com o clima na Argentina, em meio à ocorrência do La Niña. “No Brasil, as perspectivas para a safra 2017/18 estão positivas, mas o clima no Sul também é acompanhado de perto”, alerta a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi. Já nos Estados Unidos, as perspectivas são de novo aumento de área no ciclo 2018/19, com ganhos sobre o milho e também sobre o trigo.
Falando no cereal, o foco do trigo para o próximo trimestre, segundo o grupo, será a apuração da qualidade e produtividade das lavouras de trigo nos Estados Unidos e Mar Negro, que estarão saindo da dormência.
No primeiro trimestre de 2018, os destaques para o café serão a avalição dos campos no Brasil em janeiro e fevereiro (que permitirá maior precisão nas estimativas de produção) e o fluxo de exportações do Vietnã como indicador da produção de 2017/18.
Já em relação ao cacau, a INTL FCStone destaca que a elevada produção mundial deve manter os preços da commodity sobre pressão no trimestre, embora o ciclo de desvalorizações pode estar próximo do fim.
Para o mercado de algodão, o primeiro trimestre marca o início da safra 2017/18 nos países do hemisfério sul, com o algodão do Brasil e Austrália plantado e entrando na fase de desenvolvimento reprodutivo no final de março. Os Estados Unidos adentram temporada de intensificação de exportações e definição de área plantada, enquanto iniciam-se os leilões da reserva estatal da pluma na China.
Já no campo macroeconômico, as eleições gerais de 2018 constituem o principal evento no horizonte de curto prazo a definir as expectativas dos agentes para este e para os próximos anos. “As perspectivas para o crescimento do PIB, para a inflação, taxa de juros e taxa de câmbio estarão fortemente ligadas à orientação de política econômica que terá sucesso nas urnas”, atenta o analista de mercado, Vitor Andrioli.
Em relatório, a INTL FCStone ainda afirma que as restrições à produção de fertilizantes na China tornaram o balanço de oferta e demanda global mais estreito, impulsionando as cotações dos adubos.
Em relação ao setor sucroalcooleiro, passado o período de baixa volatilidade, as perspectivas para a safra 2018/19 de açúcar devem der decisivas para o direcionamento do preço do adoçante na ICE/NY. “Em um cenário de superávit, a importância do Centro-Sul brasileiro é amplificada pelo fato de ser o único grande player com capacidade para reduzir a produção no curto prazo, graças à flexibilidade das usinas em relação à produção de açúcar ou etanol”, destaca o analista de mercado, João Paulo Botelho.
No caso do biocombustível, o cenário de oferta e demanda de etanol nos Estados Unidos aponta para um trimestre de preços pressionados no país. No Brasil, o sistema de cota de importações e a recente escalada do barril de petróleo abrem espaço para novas altas ao longo da entressafra do Centro-Sul.
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