Situação de vulnerabilidade produtiva segue vigente na Argentina, diz Bolsa de Rosario
Segundo o Guia Estratégico para o Agronegócio (GEA) da Bolsa de Comércio de Rosario (BCR), as chuvas do último final de semana não foram capazes de reverter os danos produtivos para o milho e a soja na região dos Pampas. "A mudança climática que se iniciou em novembro de 2017 e colocou toda a província de Buenos Aires em uma situação de grande vulnerabilidade produtiva segue vigente", aponta o boletim.
O ciclo de frentes frias que entra pelo sul do país, apesar de serem frentes que geram um grande contraste térmico, não contam com a carga de água adequada para gerar chuvas abundantes em grande escala. Essas são frentes secas que, se não encontram umidade em seu caminho, não geram chuvas. Segundo a BCR, não se observa, a curto prazo, uma mudança nesses mecanismos que hoje produzem as chuvas que a Argentina recebem. Alguns especialistas falam de mudanças para essa quinzena, o que suporia uma melhora, mas atualmente não há nenhum fundamento técnico para sustentar essa projeção.
As chuvas do final de semana "estiveram longe do esperado", até mesmo na província de Córdoba. Algumas zonas receberam 40mm, mas os departamentos de Marcos Juárez e Unión receberam apenas 20mm cada.
Santa Fe recebeu registros maiores, que superaram os 80mm, mas se trata de uma área limitada do centro-sul da província. Zavalla foi a área com o maior registro: 110mm.
Grande parte do norte de Buenos Aires, por sua vez, voltou a ficar de lado. Em áreas onde era fundamental que chovesse, foram acumulados menos de 20mm.
Até 11 de janeiro, 420 mil lotes de soja de primeira etapa se encontravam em condições regulares, assim como 15% do milho de primeira etapa na região.
Entre quarta e quinta-feira dessa semana são esperadas novas chuvas sobre a região núcleo. Até então, tudo indica que estas chuvas viriam em montantes menores, ainda que em alguns casos isolados poderiam ocorrer acumulados mais relevantes.
Com informações do Infocampo.com.ar
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