Mini usina é viável para grupo de produtores em linhas diferenciadas ou etanol para consumo próprio
O segmento das usinas de pequeno porte pode ser uma opção rentável para cooperados e consorciados, como conta Dirceu Martins de Azevedo, consultor da E-usinas. Para os pequenos produtores, o benefício vem diretamente ao encontro de um momento no qual muitas das grandes usinas estão fechadas, encontrando uma forma de consumir a cana de açúcar que seria entregue.
Com uma capacidade de moer até 10 mil litros por dia, a empresa pode ser rotulada como uma microdestilaria. Passando deste número e alcançando até 60 mil litros por dia, ela é tida como uma mini usina.
Independentemente da operação de grandes usinas ou não, os produtos que são produzidos pelas pequenas possuem grande demanda no mercado, já que, a partir da cana, é possível obter mais de 30 produtos além do etanol e do açúcar. Assim, nichos de mercado como o açúcar mascavo, o melado de cana, o álcool industrial e para cosméticos, entre outros produtos, podem ser explorados neste trabalho.
Uma mini usina também conta com uma operação completa de processamento da cana de açúcar, que vai desde a sua recepção até o armazenamento e a distribuição. Cada estado possui programas específicos que os produtores podem acessar para financiar estes projetos.
Azevedo destaca ainda grupos ligados a outras atividades, que podem produzir etanol para consumo próprio, bem como outras possibilidades, como o açúcar de beterraba e o etanol de milho - lembrando, neste último caso, que a utilização da biomassa da cana de açúcar para essa produção é a forma mais viável.
2 comentários
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Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
Vocês já pararam para pensar sobre a situação do etanol no Brasil? Segundo o entrevistado nessa reportagem, e concordo com ele, etanol de milho só é viável com o preço do grão baixo... e é isso o que as grandes usinas irão trazer aos produtores, um monopólio na compra e com dinheiro público. Agora pensem no que o sujeito afirma sobre a mandioca com alto teor de açucar, que produz 300 litros de etanol por tonelada. No estado do Paraná produzem 40 toneladas por ha. Com uma produtividade dessas são 12000 litros por ha, ou seja, em 100 ha 1200000 litros, supondo que o produtor venda a 1,50 direto ao consumidor em 100 ha tem uma receita de 1.800.000 reais. Por que afinal o governo não libera a comercialização? E mais, se cobrar o que valem os maquinários, sem os impostos abusivos cobrados, o que sobraria de uma empresa estatal como a petrobrás? Essa aí é toda a explicação que precisamos saber sobre a atitude do governo e do por que nossos deputados, senadores depois de eleitos passarem invariavelmente a apoiar todo tipo de governo socialista. Quem tem o dinheiro do leite de pata do governo não quebra.
Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
Um dos maiores absurdos existentes no país é a proibição da comercialização diretamente pelo produtor. Além disso o governo também tributa pesadamente as empresas produtoras de usinas, para aumentar o custo de implantação, é uma politica deliberada de inviabilização de pequenas e médias empresas para favorecer os grandes produtores de etanol sustentados pelo dinheiro do BNDES. E assim acontece em todas as atividades agropecuárias em maior ou menor grau. O governo brasileiro nunca quis produtores independentes e fomenta a dependencia através de regulamentações, proibições e cobrança de impostos. E é assim que as lideranças da classe ruralista mantem o poder e todos os outros produtores no cabresto.
Sem contar na parte ambiental... Quanto menos taxas e impostos... Mais polui... Tem que fechar e voltar novamente para a Petrobrás... Parece piada... Mais é Brasil...