PEQUIM (Reuters) - O crescimento do setor industrial da China desacelerou em dezembro uma vez que a repressão à poluição do ar e o esfriamento do mercado imobiliário começam a pesar sobre a segunda maior economia do mundo.
Os dados sustentam a visão de que a economia está começando a perder força gradualmente após crescer 6,9 por cento nos nove primeiros meses do ano, acima do esperado, mas não parecem sugerir o risco de uma desaceleração mais intensa nesse momento.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial divulgado neste domingo caiu a 51,6 em dezembro, de 51,8 em novembro e em linha com as expectativas de economistas em pesquisa da Reuters.
Mas a leitura como um todo ainda parece relativamente sólida, e marcou o 18º mês seguido em que o setor registra expansão, ao permanecer acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
Os números mostraram que o crescimento econômico da China no ano de 2017 ficará em cerca de 6,9 por cento e em torno de 6,5 por cento para 2018, de acordo com a Federação da China para Logística e Compras, que compila o PMI. Ambas as projeções são um pouco mais fortes do que as da pesquisa da Reuters. [ECILT/CN]
"No geral, o desempenho econômico de 2017 continua a ser constante e bom, estabelecendo uma base boa para 2018", disse a federação.
Em mais um sinal de resiliência, o setor de serviços da China, que já é robusto, acelerou em dezembro, com seu PMI indo para a máxima de três meses de 55 sobre 54,8 em novembro.
China recupera US$112 mi de fundos para combate à pobreza que haviam sido desviados
PEQUIM (Reuters) - Autoridades chinesas recuperaram 730 milhões de iuanes (112,20 milhões de dólares) de fundos desviados como parte de uma investigação sobre o programa nacional para redução da pobreza no país, informou a agência oficial de notícias Xinhua neste sábado.
Cerca de 450 pessoas foram acusadas de delitos relacionados aos fundos mal utilizados em uma inspeção em 28 províncias, afirmou a Xinhua, citando o Ministério das Finanças e o conselho nacional para combate à pobreza.
O relatório não forneceu detalhes sobre como os fundos foram mal utilizados.
O governo da China prometeu erradicar a pobreza até 2020, visando 70 milhões de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza, mas pesquisadores e assistentes sociais dizem que uma solução duradoura demorará muito mais.
Nos últimos quatro anos, a China gastou 196,1 bilhões de iuanes (30,14 bilhões de dólares) em combate à pobreza, disse a Xinhua.