Revoltado, produtor derruba 450 mil pés de café na Bahia

Publicado em 28/12/2017 12:26

O cafeicultor Wanderlino Medeiros Bastos, de 76 anos, resolveu derrubar os 450 mil pés de café conilon que mantinha no sul da Bahia. Além disso, demitiu cerca de 600 profissionais. Segundo ele, a razão para medidas tão radicais seria uma perseguição da Justiça do Trabalho.

“Começou de uns dois anos para cá. Na cabeça deles, quem contrata 600 funcionários tem de ter algum erro”, diz o produtor. Segundo ele, intimações e visitas de fiscais passaram a ser constantes.

A abordagem mais assustadora aconteceu no dia em que um juiz visitou a propriedade de Bastos, na zona rural de Arataca (sul da Bahia), acompanhado de policiais federais. “Meu filho estava na fazenda e foi receber as pessoas. Quando tentou cumprimentá-los, um policial disse: ‘Parado aí’. E eles estavam com as metralhadoras em punho. Ficamos assustados”, lembra o produtor.

A gota d’água que motivou Bastos a derrubar seu cafezal foi uma intimação sem denunciante recebida há duas semanas. “Meu advogado foi lá, e o pessoal do tribunal inventou uma razão qualquer na hora. Como constrangimentos desse tipo já tinham acontecido várias vezes, cansei.”

Leia a notícia na íntegra no site da Revista Cafeicultura.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Revista Cafeicultura

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

3 comentários

  • jepherson cola dona castelo - ES

    É por que nós somos medrosos, mas o certo é todos fazermos isso pra mostrar para esses grandões que não somos escravos deles e sim trabalhadores, que estamos tentando sobreviver em uma agricultura defasada onde produzimos e não somos valorizados.

    0
  • Euclides de Oliveira Pinto Neto Duque de Caxias - RJ

    Possivelmente estão tentando forçar o produtor a desistir de seu negócio, para comprar suas terras a preço vil. Possivelmente, para implantar o cultivo de soja, beneficiando o agronegócio multinacional...

    coisas do Brasil...

    8
    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Euclides, se você notar as culturas do café, algodão são culturas migratórias. O Paraná até a geada de 1975, era o Estado maior produtor de café. Após a geada, houve uma tentativa de retomar a produção, mas com a redemocratização do país (e seus planos econômicos mirabolantes), o café migrou para Minas Gerais.

      O mesmo aconteceu com o algodão, cuja produção se encontra no Mato Grosso e Oeste da Bahia.

      São novas realidades para que os produtores obtenham renda. Isto os obriga migrarem para regiões onde possam produzir com um custo menor.

      0
    • carlo meloni sao paulo - SP

      Sr Paulo, muito bom o seu comentario, que viu no episodio um problema pontual de rentabilidade e produtividade, nao obstante a atividade em si nao esteja nadando de braçadas... Cada dia que passa mais me convenço que o Brasil e' governado por fora, e por eles mantido em estado semi-moribundo-----Fazem isso atraves de um tele-comandado no Banco Central-----O Banco Central atraves de duas simples ferramentas comanda a economia como bem quiser---Essas ferramentas sao o cambio e o compulsorio bancario----Houve drastico aumento de compulsorio na queda da Dilma, e agora o Meirelles aos pouquinhos esta' reduzindo para acelerar a maquina---Somos simples marionetes nas maos deles---

      1
    • carlo meloni sao paulo - SP

      O estado semi-moribundo direciona para o pagamento de juros bancarios---

      0
  • Wagner A. Coleraus Lodi Caràzinho - RS

    É absurdo oque fazem com empresários, produtores, e demais empreendedores que geram empregos e renda neste pais, agora ele planta soja, com 10 a 50 empregados e olha lá ainda, depende muito da área... Ou vende tudo e vai pra EUA....

    0