'Prévia' da inflação fecha ano abaixo de 3%, mas alguns itens pesam mais
Com variação de 0,35% neste mês, acima de novembro e de dezembro de 2016, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), "prévia" da inflação oficial, fechou o ano em 2,94%, menor resultado desde 1998, segundo o IBGE. Mas alguns itens importantes no consumo diário pesaram bem mais no bolso do consumidor.
O gás de botijão, por exemplo, subiu 15,41% em 2017, bem acima da média geral. E o gás encanado teve alta de 10,94%.
Apenas em dezembro, o gás de botijão subiu 0,80%. O IBGE lembra que, no último dia 5, a Petrobras autorizou aumento médio, nas refinarias de 8,9% no preço do gás vendidos em botijões de 13 quilos. O gás encanado teve aumentou de 0,48%, reflexo de reajuste no Rio de Janeiro.
Outro item importante, a energia elétrica residencial, teve aumento de 10,38% neste ano. No mês, esse item subiu 0,77%.
O grupo de maior peso, Alimentação e Bebidas, variou -2,15% em 2017. O item alimento no domicílio caiu 5,18%. Entre os itens básicos da mesa, o preço do arroz recuou 10,32%, enquanto o feijão, conforme o tipo, teve quedas entre 35% e 43%. O tomate caiu 7,97%, a cebola subiu 2,58% e a cenoura, 24,15%. Hortaliças e verduras tiveram aumento médio de 1,24% no ano, enquanto o preço das frutas recuou 16,36%.
Em dezembro, o grupo variou -0,02%. De acordo com o IBGE, vários produtos influenciaram o resultado, como feijão carioca (-5,02%), batata inglesa(-3,75%), tomate (-2,88%), frutas (-1,40%) e carnes industrializadas (-1,29%). Entre os aumentos, destaque para o óleo de soja (1,92%) e as carnes (0,41%).
A principal alta de dezembro foi do grupo Transportes (1,16%), com pressão da gasolina (2,75%). Sozinho, esse item representou impacto de 0,11 ponto percentual no IPCA do mês. No ano, a gasolina subiu 10,93%.
Também subiram em dezembro passagens passagens aéreas (22,34%) e etanol (4,34%). Já o item ônibus urbano (-1,04%) teve o maior impacto negativo (-0,03%), por causa de redução da tarifa no Rio.
O instituto cita ainda as altas, em dezembro, de plano de saúde (1,06%), empregado doméstico (0,52%) e roupa masculina (0,99%).
Entre as regiões, o maior índice foi registrado em Brasília (0,83%), com refleto de aumentos das gasolina e das passagens aéreas. E o menor, em Salvador (-0,09%, com redução da refeição fora de domicílio e das frutas. Na região metropolitana de São Paulo, o IPCA-15 foi de 0,55%, ante 0,44% em novembro. No Rio, passou de 0,18% para 0,45%.
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