Soja: Extensão do plantio no PR abre discussão sobre possibilidade da safrinha

Publicado em 21/12/2017 08:53

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná - ADAPAR - divulgou, nesta quarta-feira (20), uma portaria permitindo, em caráter exepcional para a safra 2017/18, o plantio da soja atér 14 de janeiro em todo o estado na sucessão do milho ou do feijão. 

Segundo a nota da agência, a medida se deu em razão "das condições meteorológicas adversas no mês de setembro de 2017, registradas em dados oficiais, que dificultaram o estabelecimento e o desenvolvimento das culturas de milho e feijão, postergando a semeadura da cultura da soja, em segunda safra". 

Nota Adapar

A portaria acabou abrindo espaço para uma retomada das discussões entre lideranças e produtores brasileiros, além de pesquisadores do assunto, sobre a safrinha de soja. No entanto, em entrevista ao Notícias Agrícolas, o diretor presidente da agência afirma não se tratar de uma liberação do plantio de soja safrinha. Um dos focos principais da discussão é a questão da ferrugem asiática. 

Ainda segundo Kroetz, as ferramentas disponíveis permitem com que os solos fiquem 90 dias sem hospedeiro vivo para mitigar o risco de doenças. A partir de 10 de setembro de 2018, um novo plantio de soja está liberado, desde que, neste período, ainda não haja planta verde no solo.

"É uma extensão em função das adversidades climáticas ocorridas durante o calendário oficial do estado do Paraná este ano para esta safra 2017/18", diz. A colheita destas lavouras que podem ser cultivadas até 14 de janeiro deve ser concluída até 15 de maio. "Foi tudo calculado e suportado pela pesquisa científica. Esperamos ter feito o melhor em conceder esses 14 dias", completa. 

Veja mais, na íntegra da entrevista de Inácio Kroetz:

>> Safra 2017/18: Portaria da Adapar estende calendário de plantio da soja no Paraná

Na outra ponta do debate, o pesquisador da Embrapa Soja, Rafael Moreira Soares, afirma que a portaria da Adapar traz preocupações, especialmente porque as lavouras cultivadas mais tarde estão mais suscetíveis à ferrugem. 

Afinal, um dos mecanismos utilizados no Paraná para o manejo da doença tem sido o de adiantar o plantio para escapar de uma pressão maior da ferrugem. "Tecnicamente, em relação à ferrugem, ficamos um pouco mais preocupados em relação a essa medida, que exige uma atenção redobrada para a doença", salienta.

No link a seguir, confira mais informações na entrevista de Rafael Soares:

>> Soja: Com ampliação do período de plantio no Paraná, produtores devem redobrar atenção com a ferrugem

De acordo com informações do Consórcio Antiferrugem, o estado paraense lidera os casos de ferrugem nesta temporada, com 13 casos reportados até o momento. 

Consórcio Antiferrugem

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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2 comentários

  • Cesar Schmitt Maringá - PR

    Difícil de entender... Por que remexer em uma polêmica já sepultada??!!!. É tirar a carniça de debaixo da terra. A questão é de pura ética. A Adapar tem capacitação técnica para "peitar" a pesquisa, tanto oficial como as das cooperativas? Creio que não. O funcionário que assinou isso é capacitado? Tem autonomia ou poder para isso? E, principalmente, quem será beneficiado com isso?. Prejudicado, com toda certeza, será a agricultura paranaense. Em protesto, a partir de agora, não mais comprarei sementes do sudoeste do Paraná. Convido os amigos do norte e noroeste a tomarem a mesma atitude.

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    • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

      Pesquisa das cooperativas? Só serve para dizer que funciona aquilo que a diretoria decidiu vender .

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    • nilo otavio baqueta Mamborê - PR

      Amigo, vc parece bem inteligente... então me diga uma coisa, o fungo da ferrugem respeita a alfandega??, ou seja, ele não cruza a fronteira do Paraguai para o Paraná?

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    • CESAR AUGUSTO SCHMITT Maringá - PR

      Não, se você souber filtrar as informações... Há bons profissionais atuando nesse setor. Bem melhor que no setor publico. Sem dúvida.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Cesar qual é a "marca" do filtro que você usa? Não é de acordo com sua verdades?

      Você achava o Dr. Flávio Moscardi da EMBRAPA Soja de Londrina um bom profissional? Por que o seu método de controle da lagarta do soja não se tornou uma regra?

      As moléculas presentes nos fungicidas foram desenvolvidas por qual empresa? Quem recebe os royalties? A convivência com essas formas de vida (parasitas), no meu simples entender tem muitas nuances e controles. Somos condicionados a trilhar o caminho só do "Chimico" ... Nos tempos onde ainda se usava matutar se escrevia "Quimica" com "CH"...

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    • CESAR AUGUSTO SCHMITT Maringá - PR

      Sr. Paulo, permita-me chama-lo de amigo. Meu amigo, vou te dizer uma coisa: Em 2018 completarei 40 anos como Eng. Agro, muitos desses dedicados ao desenvolvimento dentro dessas grandes multinacionais, o restante como agricultor, continuando uma tradição familiar. Posto isso, digo-lhe a marca do filtro que uso, aliás, são duas marcas: COERÊNCIA E TECNOLOGIA...

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    • CESAR AUGUSTO SCHMITT Maringá - PR

      Sr. Nilo, obviamente o fungo cruza a fronteira, não só a do Paraguai como a da Bolívia... Portanto, não precisamos criá-lo dentro de nosso quintal.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      He! He! (risos). Num quesito "ganho" de você. Faz 43 anos que recebi o "diploma", o papel já está amarelado pelos anos vividos... Quanto ao outro quesito, nunca trabalhei para multinacionais, mas encontrei muitas "pedras" no caminho.

      Diante do meu tempo maior de "formado", sinto-me no direito de repetir o meu dizer acima :..."Somos condicionados a trilhar o caminho só do "Chimico" ... Nos tempos onde ainda se usava matutar, se escrevia "Chimica" com "CH"...

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  • Celso de Almeida Gaudencio Londrina - PR

    Safrinha é quando se semeia uma espécie após a cultura de verão... exemplo: soja, milho ou milheto. Por exemplo Milho safra normal - Milho safrinha (semeado até 10 de março).

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